segunda-feira, 7 de outubro de 2013

IGREJINHA DA PAMPULHA


Toda grande cidade possui seu símbolo maior. Um signo, uma marca que indica e nos faz situar ao local onde estamos. E, claro, BH não foge a regra, fazendo escola nesse quesito. Muitos acreditam que o principal emblema de Belo Horizonte é o obelisco da Praça Sete, no hipercentro nervoso da metrópole, mas foi a Igreja de São Francisco de Assis, popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha, que projetou a cidade internacionalmente. Tanto a cidade, quanto o arquiteto da obra, Oscar Niemeyer, já que foi graças ao Complexo Arquitetônico da Pampulha (onde a igreja está inserida) que ele se consolidou como um dos principais arquitetos modernistas que já se teve notícia. A pequena igrejinha é considerada a obra-prima do conjunto, pois foi no projeto dela que Oscar Niemeyer faz os primeiros experimentos em concreto armado. Mas Niemeyer não foi o único que alavancou a carreira a partir desse projeto. Outros grandes artistas de renome, como Cândido Portinari, Burle Marx, Alfredo Ceschiatti e Paulo Werneck tiveram seus nomes projetados em todo o planeta depois da conclusão da obra. O interior e fachada exterior da igreja abriga painéis de Portinari, considerados uma de suas obras mais significativas; no exterior também encontramos um painel  abstrato de Werneck; os jardins são assinados por Burle Marx e Ceschiatti esculpiu os baixos-relevos em bronze do batistério. Uma verdadeira obra de arte projetada e produzida em conjunto por idealizadores das mais alta classe artística brasileira. Niemeyer considerava o edifício um de seus mais expressivos e relevantes desenhos, sendo ele fruto de inspiração para novos projetos até nos dias atuais, antes do seu falecimento. Não é atoa que o arquiteto costumava chamar a Pampulha, carinhosamente, de mãe de Brasília.

Uma excelente noite à todos!

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