segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

BURITIS


Parabéns! Você acaba de ganhar 1 dia a mais no ano. Um dia inteiro pra curtir da forma como bem quiser, pra trabalhar com mais ânimo, pra tocar seus projetos com mais afinco, pra amar com mais intensidade as pessoas que estima, para divertir, ler um livro, ver um filme, criar, fazer esportes ou simplesmente observar o magnífico céu que desponta na paisagem maravilhosamente. O dia 29 de fevereiro só acontecerá novamente daqui a 4 anos. Aproveite-o!

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 28 de fevereiro de 2016

PERTURBAÇÕES URBANAS


Sob a ótica da Fuji, minha companheira de explorações fotográficas, oriunda das longínquas regiões nipônicas, faço registros urbanos instigantes, presentes e inquietos. Fotografo as cidades e suas entranhas venosas, seus céus riscados de contrails, as favelas e seus mandamentos. Gosto do arranjo barafundo, da geometria dissimétrica, da rua sobre a rua, do fio que energiza o lar. Tendo ao meu testemunho o cidadão urgente, a metrópole crescente e o expectador convergente, sigo descobrindo os nós que amarram nossa Belo Horizonte, afim de desatá-los em grandes imagens.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sábado, 27 de fevereiro de 2016

FÚLMEN PERSPECTIVO



Bravos raios urraram forte na noite de ontem, estremecendo Belo Horizonte e iluminando com vigor os acinzentados céus que engrossavam-se demasiadamente ao cair da tarde.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

SALVE ESPONTANEIDADE


Sou um grande devoto da fotografia espontânea. Outros colegas de trabalho lidam com a fotografia de forma cinematográfica, ou seja, gostam de produções pensadas e posadas. É bacana e eu aprecio. Mas meu estilo atualmente é estritamente espontâneo, despretensioso, inocente e natural. A fotografia pra mim é a grande expressão gráfica da vida... e a vida é espontânea. Gosto de capturar os momentos humanos em seu máximo despojamento. Sou apaixonado pela luz natural, pois ela sempre representa de fato a atmosfera do ambiente no ato do disparo fotográfico. Não uso flash, pois como diria o grande Cartier-Bresson, um dos maiores fotógrafos de todos os tempos, usar flash é como dar um tiro de espingarda em uma sinfonia. E de fato, a luz ambiente é maravilhosa, quando bem aproveitada. Devemos saber utilizá-la ao nosso favor, ao invés de criar luzes sintéticas e desproporcionais à cena (salvo fotografias que necessitam desse tipo de setup, como fotografia publicitária, de moda, dentre outras). A fotografia espontânea é pragmática. E é por isso que a rua é meu ateliê, pois é o lugar onde as pessoas reproduzem o seu próprio viver de uma forma instintiva. Nas ruas, as pessoas são espontâneas, os cachorros, o clima e até as nuvens, que de forma despretensiosa, pitam os céus da cidade, transformando-os em imensas telas artísticas, proporcionando panoramas maravilhosos todos os dias de forma gratuita e sincera.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

ANIL DOCE


E o céu vai desobstruindo-se nas entranhas das edificações belo-horizontinas, deixando rastros suaves nas oblíquas linhas serranas, memorados pelo clique de minha câmera aflita, num ato harmônico da relação natureza - homem - urbe.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia
COTIDIANO DA MADRUGADA


A grande metrópole camufla segredos em suas entranhas, mistérios e artimanhas. Esconde em seus guetos as mazelas latinas; os delírios e confissões citadinas. Esgotos urbanos insensatos, passagens secretas putrefatas. A noite no Centro adentra os becos, ilumina os guetos e clareia os tetos da metrópole apática de gente empática. Cidade luz no Olimpo, cidade treva na senzala contemporânea, reféns do capitalismo natural onde criam hienas naturais, sanguessugas da sociedade. Estou no cerne metropolitano, dá esmola pro fulano, sente o drama do baiano, sai daqui seu bichano, mate aquele coreano. A noite é minha bro, bora pra rua arrepiar as mina, jogar bilhar na esquina, bater beck e mescalina. O lixo dos porcos comandantes que recolhe sou eu, estou aqui pra azarar. Ao cair da lua somos meros urubus. Partiu pra Guaicurus?

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

ILUMINAÇÃO CENICO-URBANA


Belo Horizonte e suas entranhas douradas, cânions urbanos em tons aguçados do mais belo flavo alvorecente. O flare pincela as ruas e avenidas, transformando o panorama citadino em uma pintura renascentista in real time. Uma música clássica em forma de paisagem.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CONSCIÊNCIA


As boas fotografias são como os mais profundos sentimentos: elas sempre vão significar muito mais do que conseguimos expressar.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 21 de fevereiro de 2016

NASCER DO SOL NAS LADEIRAS DO CAMARGOS


O Camargos é um bairro privilegiado. Ele foi construído sobre uma região alta e côncava, proporcionando as mais belas vistas aos seus moradores. A Fazenda dos Camargos era um rancho que existia desde o século XIX, na época do Curral Del Rey, no extremo oeste do município. Com a inauguração de Belo Horizonte, a fazenda se transforma em um pequeno núcleo populacional. Em meados da década de 1950 os herdeiros da antiga fazenda, temendo invasões populacionais promovidas por pessoas que viriam a trabalhar na na vizinha Cidade Industrial, resolveram lotear a área em terrenos, formando assim o novo bairro. Na década de 1970, com a abertura da Via Expressa, que liga Betim e Contagem ao Centro de Belo Horizonte, o Bairro Camargos entrou no “mapa”, recebendo um fluxo maior de moradores. Na década de 1980, a construção do metrô incentiva nova leva de loteamentos na região; e já no final da década de 1990 a construção do Itaú Power Center, na época o maior centro de compras da América Latina, acaba por valorizar ainda mais o bairro, o qual hoje possui ótima infra-estrutura e qualidade de vida, com supermercados próximos, shoppings, duas estações de metrô e um clima muito agradável durante o ano todo, especialmente por se acomodar em uma área alta e isolada.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sábado, 20 de fevereiro de 2016

TELA SOBRE ÓLEO


“O verdadeiro ato de descoberta não consiste na busca de novas terras, mas em vê-las com novos olhos.”

O francês Marcel Proust não poderia estar mais lúcido ao conceber essa frase. Somos frutos da imposição de um sistema regido pela rotina e pela sequência de fatos diários, que nos colocam numa cadeia de acontecimentos, ora distintos, ora semelhantes... os quais, mesmo que interpostos, fazem do conjunto uma massa de única e inalterável. Somos programados a estudar pra entrar na faculdade, formar pra conseguir um bom emprego, trabalhar pra conseguir uma promoção, nos exercitar pra ter saúde, ver notícias pra ter o que comentar, se impor para não se abalar, acreditar em um deus pra não ter medo do dia seguinte. Somos programados pra isso desde o berço, porém não nos damos conta. Nos vangloriamos por ter opinião formada, mas poucos se tocam que essa opinião não passa de uma reestruturação do conceito de outro indivíduo. Por mais que tentamos olhar pra frete ou para o alto, nossa visão periférica sempre vai enxergar o próprio nariz. Na teia em que vivemos raramente olhamos para os lados. Mas quando olhamos, descobrimos um mundo novo. Um mundo de possibilidades. Um mundo onde podemos construir outros mundos, mesmo que dentro do próprio quarto. Quando aprendermos a enxergar as coisas além do ensinado, estamos nos instruindo a dar valor aos pequenos detalhes mundanos, dar mais doçura ao nosso dia-a-dia e descobrindo novas possibilidades. Vamos beber os mares e comer montanhas, como disse Pablo Neruda. Vamos observar as pessoas e compreender que todos dizem a mesma coisa, fazem a mesma coisa, e a poesia da vida está na descoberta no diferente, no distinto. Vamos andar por caminhos tortos a fim de amar as curvas. Isso é fotografia! É poesia! É a verdadeira caixinha de surpresas. Viver de fato, não apenas existir. 

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CENTRAL ENERGÉTICA


Eis um frame analógico. Um take fabril, da gélida Cidade Industrial. Um frame do rolo de filme, da forma vetusta de fotografar. Minha câmera tem filme ASA 100 e tem sede de sensibilizar a atmosfera do lugar. Cidade hexágona, contagense, que funde e solda em ritmo ininterruptível. A Cidade Industrial é fria e tem odor químico, ora de plástico, ora de borracha queimada. O silêncio diurno se dá na forma de ruídos constantes, de maquinários incessantes. A Cidade Industrial é uma ilha urbana, conectada à metrópole por trilhos e vias expressas, desprovida de entretenimentos. O regime de ordem é o trabalho. A máquina. A solda. O forno. O trem carregado com rolos de cabo de aço. O metrô.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

METRÔ DE BELO HORIZONTE


O Metrô de Belo Horizonte é um sistema metroferroviário operante dentro da área urbana da Grande BH, sendo hoje o quarto maior sistema de metrô do país em número de passageiros, transportando cerca de 250 mil usuários por dia; perdendo para São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. São 35 trens na frota, que percorrem os 30km de sua única linha concluída, entre a Regional de Venda Nova e a região industrial de Contagem, passando pelo Centro, Região Leste, Oeste, dentre outras regiões. O sistema possui também uma linha incompleta (Linha 2), que conta com aproximadamente 10km de extensão e liga o Bairro Calafate, na Região Oeste, ao Barreiro. Por questões políticas essa linha ainda não foi concluída, bem como a Linha 3, que estava em fase de projeto executivo até há pouco tempo atrás, o qual foi suspendido pelo atual governador do estado. Ela ligaria a Lagoinha à Savassi, num trecho total de 5km de extensão. Nisso, várias linhas anexas estão sendo sugeridas e projetadas, mas quase nada saiu do papel, somente a aquisição de 10 novos trens, que possuem ar condicionado, telas informativas, câmeras, portas maiores e integração completa entre os vagões, sendo possível transitar entre eles com o trem em movimento. Apesar das novas composições, o Metrô de BH possui aspecto arcaico, especialmente suas estações, cujos projetos são antigos e um tanto ultrapassados. Porém, ao contrário do que muitos dizem, é um sistema eficiente por onde passa, pois vive extremamente cheio em todos os horários comerciais.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

ÁUREA TEMPESTADE


Em meio a um grande temporal percebi uma maravilhosa luz do sol penetrando a cidade, cobrindo os elementos urbanos com um flavo alvor, banhando em ouro cada gotícula que caía, transformando a Avenida Augusto de Lima em pura poesia visual.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

CADÊNCIAS COTIDIANAS


Em vários os momentos de nossas vidas nos deparamos com situações em que temos que dar tudo de nós para alcançarmos um objetivo. O nome disso é: processo. Todos nós passamos por processos ao longo de nossa existência. Porém, tenho notado uma falta de persistência generalizada nos cidadãos, que se encontram cansados e abatidos, fartos de suas rotinas diárias e sem perspectivas para começar algo novo. E quando começam, não gozam de obstinação necessária para insistir naquele processo. Esquecem de que qualquer constância na vida precisa de energia para seguir evoluindo. É como uma avenida... para chegarmos ao nosso destino, não podemos desviar da rota. Pode parecer básico isso, mas não é, pois a maior dificuldade do ser humano é a compreensão do valor da persistência. Abatem-se com certa facilidade frente às barreiras interpostas aos acontecimentos da vida, fazendo com que um determinado processo seja interrompido no ápice da sua constância. Vários são os tipos de processo e cada um tem um nível de dificuldade, seja inicial ou final, mas em todos eles, sem exceção, adquiri-se sucesso ao término da jornada. Se ainda não obteve, é porque a caminhada ainda não chegou ao fim.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A CHUVA NA REGIÃO CENTRAL


A arte e a chuva... muitas horas de concepção, poucos minutos de apreciação. Paz que me envolve na chuva que cai. A flor do frio toque da água sobre meus pulsos arrefece meu inquieto coração e põe-me a meditar sobre esse maravilhoso momento. A chuva é a recompensa da natureza pelos acalorados dias e pelos agitados períodos que vive nossa gente. Na rua, o piso molhado rebate as luzes da cidade, intensificando a luminosidade, tornando o objeto urbano mais vívido, mesmo sob o negrume crepuscular. Os cidadãos, acolhidos por suas umbelas molhadas, fecham-se em sua própria atmosfera e põem-se a  contemplar os próprios pensamentos. Flagrante oportuno.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 14 de fevereiro de 2016

DOMINGÃO MARAVILHOSO


E o sol se ausenta da face urbana de Belo Horizonte, levando consigo o tão estimado domingo; entregando seus nobres raios louros no horizonte, os quais misturam-se com as escarlates nuances crepusculares da atmosfera que estão presentes neste momento. Foi-se embora o sossego de um domingo relaxante, deixando conosco todo o gás e a esperança por uma semana que recomeça. Sou apaixonado pelas segundas-feiras! É o dia que representa um novo fôlego para tocarmos adiante nossas apostas pessoais. Se a segunda-feira para você é um fardo, é porque não soube escolher bem seus propósitos de vida. Não podemos tocar nossa rotina em prol dos fins de semana e das poucas horas "livres" que temos a noite. Se pararmos para pensar, restam-nos poucos anos de vida ao ansiarmos e vivermos intensamente apenas os momentos de folga. O ofício há de ser prazeroso a ponto de não o enxergarmos como ofício. O trabalho pode se tornar tão aprazível quanto o lazer; e quando isso acontece, sua vida passa a fazer mais sentido. Lembrando que nunca é tarde para recomeçar e empreender por novos desafios, mirar em novos alvos: redescobrirmos! Que venha a segunda-feira recheada de expectativas por novos projetos e pela continuidade dos que já estão em pauta.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sábado, 13 de fevereiro de 2016

SUBMERSÃO


A mesma chuva que faz falta na seca e refresca o ardor veraneio, é a chuva que alaga, destrói e mata em Belo Horizonte.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

PICO


Em qualquer caminho, em qualquer direção, sempre haverão obstáculos.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

EMBALOS CARNAVALESCOS


Gostaria imensamente de estar lhes presenteando com fotografias do maravilhoso carnaval de Belo Horizonte, que segue de vento em popa figurando entre os maiores e melhores carnavais do país, resgatando a cultura das folias e marchinhas tradicionais de Minas Gerais. Porém, não pude ficar em BH nesse período, pois devia uma visita aos meus familiares em Brasília. Prometo que em 2017 farei um trabalho dedicado ao carnaval na metrópole mineira, ficando inteiramente à disposição das folias. Por ora, fiquem com uma foto da região do Barro Preto, produzida na última sexta-feira, dia 05.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ARCOS DO SANTÊ


Eis o segundo mais icônico signo do Centro de Belo Horizonte; o qual atualmente passa por uma das maiores reformas em sua estrutura visual e funcional. Projetado pelo engenheiro blumenauense Emílio Henrique Baumgart, o Viaduto Santa Tereza foi construído em 1929 para ligar o Hipercentro ao bairro que mais crescia naquele período, o bairro Floresta. O traslado por entre essas duas regiões era custoso, devido às diversas obstruções que haviam (e ainda há) entre elas, como o Rio Arrudas, a Avenida dos Andradas, as linhas de trem (e metrô, atualmente), dentre outras oclusões; e sua construção garantiu acesso rápido e dinâmico entre os locais. Com quase meio quilômetro de comprimento, por muitos anos ele foi o maior elevado da cidade e um dos maiores do país; e era considerado uma obra cara e complexa para a época. Em razão do crescimento da metrópole, o viaduto perdeu a mão dupla, ficando com o cargo apenas de levar trabalhadores do Centro à outros bairros da Região Leste, deixando a mão contrária à ofício do Viaduto Floresta, a cerca de 1km dali.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 7 de fevereiro de 2016

KARNEVAALI


Seja aqui ou na Finlândia, o carnaval faz com que as pessoas usem as ruas para algo além do translado automobilístico típico, do trajeto cotidiano, do vai-e-vém rotineiro. O carnaval transporta as pessoas para as ruas com a única e lúdica finalidade de se entreterem, divertirem, exaltarem o corpo e reiniciarem a alma. É no carnaval que o cidadão volta a ver a rua com bons olhos, com boas lembranças, sentindo que aquele espaço público não serve apenas para conexões entre logradouros. Ao contrário do que muitos pensam, a rua é para as pessoas, e não para os carros. Infelizmente, com o advento do automóvel, confundimos as coisas e cedemos espaço demais pra eles, reduzindo nossa área de uso às delgadas calçadas; algo que não acontecia nas áreas urbanas há 100 anos atrás. Mas estamos enganados. A rua é nossa e devemos usar e abusar de suas possibilidades. Por isso, neste carnaval, aproveitem a rua! Pulem, dancem, gastem sapato e caminhem bastante. Um dia, em breve, teremos a rua novamente pra nós, pedestres.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

CARNIS VALLES


Os intensos céus carnavalescos de fevereiro e suas chamuscadas nuances folionas.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia
POMBOS NA ESCADARIA


Seguindo a corrente levando em frente descendo a ponte que mora o carente que bebe aguardente rente ao requinte da forma inerente da vida incessante de um pobre gerente. Este é o abrigo que mora o perigo não pago nem ligo pro joio ou pro trigo eu quero um amigo que não ligue pro umbigo do antigo fulano que não anda comigo que come figo no próprio jazigo. Moro em Beagá que só anda devagá se o carro estragá ou o se bebum embriagá com o próprio paladá ou pará pra cagá. Moro no Centro sem anfiteatro a um centímetro do bueiro nojento que cheira gasômetro. Minha vida é esta subir Bahia descer Floresta com sol na testa olhei pela fresta me chamaram de besta do boom econômico e o planalto faz festa. Peguei o metrô pra casa num vô feliz num estô sou dono da rua nem lar me sobrô.

Boa tarde, dotô!

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

PRESUNÇÃO


Excesso de incompetência sempre gera fogo onde não deve.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SENTIMENTOS VESPERTINOS


Por mais tardes maravilhosas como essa, com cheiro de pão de queijo, um café coado na hora e muita prosa no ar.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia