CLÁSSICA, E COM ORGULHO!
Ontem tive a infelicidade de ler um comentário de um seguidor do BH - UMA FOTO POR DIA dizendo que em Belo Horizonte nós bajulamos muito os edifícios antigos; que se BH não começasse a construir edifícios "luxuosos", a cidade nunca iria pra frente. É mole? As grandes metrópoles do planeta, como Paris, Nova Iorque, Chicago ou Londres jamais repudiaram suas construções históricas. Muito pelo contrário, elas estão inseridas no cenário urbano com maior apreço que as novas edificações. E em BH não é diferente! Não podemos simplesmente ignorar nosso passado arquitetônico. Ele tem muito a nos contar! Estulto tal pensamento. Grandiosas são as cidades que estimam o futuro sabendo preservar sua história. Com isso, as grandes metrópoles brasileiras, como Porto Alegre, Rio, Sampa, Curitiba, Recife, tem feito a lição de casa. Além disso, o que não falta em BH são edificações atualíssimas. Basta uma volta no alto da Afonso Pena, ou na Savassi, no Vila da Serra, no Lourdes ou Funcionários para ver com os próprios olhos centenas de edificações "luxuosas". Santo Agostinho, São Bento, Raja, Belvedere, Gutierrez, Luxemburgo, Sion, Anchieta, Cruzeiro, Serra, Buritis, Santo Antônio... enfim, o que não falta em BH é arquitetura contemporânea de qualidade. A cidade é referência nisso, especialmente no que tange às edificações residenciais. Belo Horizonte possui uma mescla de estilos arquitetônicos que definem o caráter pluralista e cosmopolita da metrópole. A urbe se destaca no cenário internacional com seu acervo arquitetônico que remete os principais estilos dos séculos XIX e XX. Com o conjunto arquitetônico da Pampulha, a cidade é berço da brilhante carreira do maior arquiteto brasileiro de todos os tempos, Oscar Niemeyer - o qual costuma dizer que a Pampulha é a mãe de Brasília. Ao andarmos pela cidade, especialmente pela sua Região Central, percebemos nitidamente os estilos se fundindo por entre quadras e quarteirões com uma perfeita plasticidade e volubilidade: Modernista, contemporânea, barroca, manuelina, brutalista, neoclássica, eclética, art-déco, industrial, gótica, neocontemporânea, clássica.... Tal fato talvez queira nos transmitir o espírito flexível e mutável do cidadão mineiro; a forma como ele se renova conforme o tempo dita as regras. A terceira maior cidade do país se mostra por si só um curso de arquitetura ao ar livre. Aí me vem um sujeito dizer que BH só vai crescer o dia que tiver construções modernas e luxuosas. Valha-me paciência...
Uma boa noite pra vocês!