terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014


Que 2014 seja um ano definitivo na vida de todos!

Meu caloroso abraço,

Charles Tôrres

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

COLÉGIO BATISTA


Situado na Região Nordeste de BH, o Colégio Batista é um bairro de classe média, muitas vezes confundido com seu vizinho-irmão Floresta. Até meados da década de 90, a região não era considerada como um bairro autônomo e pertencia efetivamente ao bairro Floresta. Como os próprios moradores sempre chamaram o local de Colégio Batista, a prefeitura resolveu reconhecê-lo como tal, desmembrando-o do Bairro Floresta e o emancipando. A origem do nome do bairro estão ligados ao Colégio Batista Mineiro, uma instituição de ensino inaugurada em 1º de março de 1918 que fica na Rua Ponte Nova, dentro do referido bairro. A título de curiosidade, praticamente todas as ruas do bairro possuem nomes de cidades do interior de Minas Gerais. Nada mais justo, pois apesar da delgada proximidade com o burburinho do Centro, o bairro é estritamente residencial, possuindo uma atmosfera bucólica na maioria de suas ruas, ares típicos das mais tradicionais cidades mineiras.

Tenham uma ótima noite!

sábado, 28 de dezembro de 2013

FEUDO


Belo Horizonte não é uma metrópole a qual podemos chamá-la de velha, como Rio de Janeiro ou Salvador. Ao mesmo tempo, não está entre o olimpo das jovens cidades brasileiras, como Palmas ou Brasília. A cidade possui apenas 116 anos da criação política, mas seus arredores já contam com quase 400 anos de história, graças às cidades de Santa Luzia, Sabará e Caeté. Dentro do próprio município de BH já haviam tradicionais vilarejos cujas origens remetiam ao século XVII. Por isso, a grande capital mineira sempre foi referência em diversidade arquitetônica no Brasil, fato que se consumou ainda mais com a criação da Pampulha. Na foto, um interessante conjunto típico da década de 30 do século passado, localizado no Bairro Floresta, na Zona Leste da cidade.

Tenham uma ótima noite!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DOWNTOWN


A fotografia é uma experiência fascinante. Depois da música, é o estilo artístico que mais me seduz. Quem bem utiliza a técnica é capaz de transmutar os ambientes e elevar o motivo fotografado à um nível mágico, sublime. Ele congela o espaço e eterniza a atmosfera de forma conseguirmos penetrarmos na imagem e sentir aguçadamente toda a plangência e o regozijo do retrato apresentado. Ainda que muitos questionem, a principal ferramenta do fotógrafo é o seu olho. A essência do olhar fotográfico é exaustivamente discutida desde que o homem resolveu representar sua vida graficamente. Existem centenas de obras literárias a cerca do assunto, mas não há conclusões palpáveis, apenas teorias. O olhar e a percepção dos momentos fazem do fotógrafo um artista de condições plenas e capacitadas. Fica a minha dica pra quem está começando: não importa o motivo, não importa o equipamento. Desenvolva seu olhar e mergulhe nesse maravilhoso mundo fotográfico. É das mais sensacionais experiências!

Tenham um otimo dia e... fotografem!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

MAIS DO MESMO: ZONA SUL

E a linda Zona Sul belo-horizontina nos presenteia mais uma vez com seus belos panoramas, com suas verdes avenidas recheadas de frondosas formações arbóreas e um inigualável céu que só a grande metrópole mineira pode nos oferecer. Essa fotografia foi produzida na semana passada. Como estou em Brasília, tive que fazer algumas fotografias antecipadamente para que o projeto não fique sem fotos durante o período. Dia 28 estarei de volta com fotografias feitas no próprio dia, como de costume.

Abraços!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CAOS TOTAL


Hoje Belo Horizonte bateu seu recorde, pelo menos ao meu ponto de vista. Foi o dia mais tumultuado da cidade nesse ano. Caos total, centenas de quilômetros de engarrafamentos, chuvas intensas e incessantes, tumulto no comércio e muita... muita gente nas ruas e avenidas. A verdadeira barafunda da perturbação urbana. Ingenuamente, arrisquei ir ao Centro, afim de resolver algumas pendências, mas fui recebido com uma cidade completamente parada, me tomando mais de 4h de locomoção, apenas no curto trajeto de 15km entre minha residência e a zona central da metrópole. E como se não bastasse, quase tive os olhos perfurados pelos guarda-chuvas dos cidadãos de estatura mais baixa que não se preocupam com os demais quando estão empunhando um guarda-chuva. Eu, com meus 1,80 metros de altura, sofro com isso, pois tenho que ficar desviando das arestas afiadas dos guarda-chuvas alheios. Por isso gente, faço um apelo: ao passar por alguém, levantem o guarda-chuva de vocês! Prestem mais atenção nos irmãos-cidadãos. A principal função do Natal é o ensinamento de que temos que ser mais tolerantes uns com os outros. Vamos tomar cuidado com os guarda-chuvas. Principalmente dentro de marquises. No Centro de BH praticamente não há calçada sem marquise. Portanto, você só precisa abrir o guarda-chuva ao atravessar uma rua. Não se esqueçam disso, ok? Garanto que os belo-horizontinos de maior estatura irão agradecer também.

E evitem passar pela região central da cidade...

Boa noite para vocês!

sábado, 21 de dezembro de 2013

COLAPSO


O natal vem chegando na cidade do mais belo e infinito horizonte. São cerca de 7 milhões de habitantes do Colar Metropolitano que parecem se concentrar todos na região central da cidade para fazer suas compras natalinas. É muita gente por metro quadrado! Junto com as comemorações do fim de ano, chegam as chuvas para renovar o espírito do cidadão mineiro, lavando a atmosfera carregada de um ano intenso, esmerando o entusiasmo pelo tão aguardado 2014. Época de grandes renovações e reorganização de esperanças... reformamos perspectivas, regeneramos as expectativas. Vamos festejar! 

Bom domingo para vocês.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O TOPO


Não gosto muito de repetir os textos que já escrevi, mas quando fiz essa fotografia, achei que esse texto abaixo, escrito já há algum tempo, tem tudo haver com a imagem. Vamos lá...

É interessante a visão que temos do mundo quando estamos no topo. Não, não estou falando de situação social ou disposição hierárquica. Me refiro ao topo físico mesmo... tetos, terraços, mirantes e elevados andares de um edifício. Aqui em BH nós possuímos uma certa vantagem nesse quesito, pois, além dos inúmeros miradouros que hão na metrópole, proporcionados pela topografia acidentada, a cidade possui uma densidade absurda de prédios altos. Nesses locais, temos uma vista privilegiada dos arredores, a qual nos favorece um macro-panorama do nosso desalinhado e corruptível sistema. Do cume de um edifício avistamos avenidas rasgando a cidade com faixas de rolamento sendo desobedecidas... hippies na porta de uma igreja vendendo badulaques artesanais... um engravatado perdendo o que lhe restou de juízo por conta de uma discussão ao telefone... um vendedor de chips de uma operadora de celular se cansar de ficar em pé e sentar-se ao meio fio... um velho jogando damas com outro velho e uma multidão saindo de um curso de pré-vestibular, ignorando-os... motoristas fechando o cruzamento e obstruindo a passagem de outros motoristas... um palhaço no sinal pedindo esmolas... um rapaz dividindo um copo de café com a companheira... uma garota de cabelos roxos passeando com seu cão... um homem de chapéu panamá parado em uma esquina observando a rua... um cadeirante levando caixas em uma espécie de reboque acoplado em sua cadeira de rodas... enfim, vemos do topo o que estamos acostumados a ver ao nível da rua. O curioso é que, além de fitar nosso cotidiano, no topo observamos também os topos. Sim, o alto inabitado das nossas colmeias. Conhecemos as ruas, fachadas e interiores, mas não conhecemos os terraços. Ganharíamos espaço se soubéssemos aproveitar nossos terraços com espaços de lazer ao ar livre. No Centro de Belo Horizonte, os edifícios novos fruem a posse de plataformas de heliponto ou terraços inclinados para a acomodação de placas de energia solar. Mas os antigos possuem coberturas vazias! Espaços que poderiam se tornar praças suspensas; largos de desfrute panorâmico. Além das belas vistas, ganharíamos espaço nas ruas e calçadas. Poderíamos ter passarelas suspensas entre as edificações para facilitar os acessos. Tudo à um custo ínfimo, que poderia ser reavido com a exploração comercial desses lugares, com cafés, restaurantes, lanchonetes... comércios que só ajudariam a enriquecer o apelo recreativo dos terraços. Bom, eu sei que é uma visão utópica, vide nossas autoridades engessadas e nada criativas... mas não custa sonhar! Afinal, já é noite e eu tenho que ir dormir.

Bom fim de semana para todos!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

VILA ITAÚ


Situada no meio-oeste da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Vila Itaú é um aglomerado que fica ao redor de uma extinta indústria homônima, a Itaú Powerland, a qual foi uma das principais fábricas do polo industrial da Grande BH durante quase 60 anos. Ela se instalou no bairro Cidade Industrial, no município de Contagem, em 1941; e encerrou suas atividades em 1988, por conta de protestos da população contra a poluição excessiva que ela gerava. A pequena vila urbana começou a ser erguida na década de 1940, a partir da proposta do governo do Estado para criação de um pólo industrial em Minas Gerais, que alavancou a economia da cidade de forma nunca visto antes. Com isso, os aglometados foram se formando ao redor das fábricas, sendo os primeiros moradores, serventes, pedreiros e mestre de obras, dentre funcionários do governo que trabalhavam abrindo e calçando as ruas da nova zona industrial da jovem metrópole.

Boa noite e até amanhã!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SAVASSI


Ahh, Savassi... nome que rima com café, prosa, footing, boemia, comida saborosa, cultura e livraria. Situada na Região Central de Belo Horizonte, a Savassi é o irmão esnobe do Hipercentro. Sede de pequenas empresas e grandes negócios, a região conta com infra-estrutura comercial e empresarial completa, com centenas de prédios corporativos, bancos, restaurantes e lojas para todos os gostos. Lá também concentram-se várias empresas alternativas, como escritórios de design e agências de publicidade. A noite, enquanto os designers e engravatados dormem, a Savassi vira point. Aliás, um dos maiores points da metrópole. Seus ares europeus nos remete à mais sofisticada atmosfera parisiense, com quarteirões fechados para pedestres, mesas nas ruas, charmosos cafés e ótimas livrarias. Soma-se à isso as quase diárias apresentações musicais de jazz e bossa nova, tudo ao vivo. Um espetáculo quase que constante!

Boa noite e até amanhã.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A CIDADE, A SERRA E O CÉU


O clima de montanha, o céu inconstante, o cidadão misterioso, a urbe gigante, as imensas avenidas que rasgam bairros ao meio como navalhas. Ando pela cidade sentindo sua atmosfera de metrópole, pensando como pode haver um lugar tão intenso e extenso, com milhares de cidadãos vivendo em uma relativa harmonia. Prédios que parecem querer tocar os céus, civis com apreço pelo futuro. Uma urbe poderosa e magnânima; com culturas e tradições que vão se ponderando e alternando conforme vamos nos avançando em suas longínquas regiões. Como pilar central da economia de um dos principais estados da nação, Belo Horizonte pulsa e o mundo toma nota. E conforme o tempo avança, a cidade se transforma, afim de se destacar cada vez mais entre o olimpo das maiores metrópoles do planeta.

Tenham uma excelente noite e até amanhã!

domingo, 15 de dezembro de 2013

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL


Impressionante, com intensificação do significado da palavra! É assim que consigo definir o maior CCBB do Brasil. Ele demorou, mas chegou. O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte já veio recheado de superlativos. Além de ser o maior do país, é um dos maiores espaços culturais da metrópole, perdendo apenas para o Palácio das Artes e para Inhotim. E põe grande nisso! A primeira impressão que temos ao entrar no suntuoso edifício é que estamos visitando uma construção européia, tamanho estilo e elegância de suas acomodações. Inaugurado este ano, o CCBB-BH integra o Complexo Cultural da Praça da Liberdade, um dos maiores complexos culturais da América Latina, reunindo antigos prédios da administração pública que se tornaram espaços artísticos, museus e outros centros de lazer. O CCBB é dotado de numerosas salas de exposições, teatro, cinema, salas multi-uso e um charmoso pátio interno, o qual conta com dois deliciosos cafés, sendo um deles o conceituado Café com Letras, referência gastronômica e cultural da Savassi. Projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli, fundador da Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais, o prédio foi erguido em 1926 para abrigar a Secretaria de Segurança e Assistência Pública. Mais tarde ele abrigou outros instrumentos da gestão pública, como a Secretaria do Interior, Segurança e Assistência Pública; depois Comando Geral das Forças Revolucionárias durante a Revolução de 1930; e, por último, a Secretaria da Defesa Social e a Procuradoria Geral do Estado. Enfim, vale a visita! E não deixem de experimentar o café do Café com Letras...

Tenham uma excelente semana!

sábado, 14 de dezembro de 2013

O NATAL NA PRAÇA DA LIBERDADE


Hoje tive o prazer de fazer um passeio pra lá de maravilhoso, acompanhado de minha esposa. Fomos à Praça da Liberdade, com direito a um passeio pelo Circuito Cultural da Praça. Como já é tradição em Belo Horizonte, a bela Praça da Liberdade se enfeita para o natal. É impressionante como consigo me surpreender, mesmo indo à referida praça todos os anos nesta época. Parece que a cada ano que passa, a praça está ainda mais bela no natal! Além disso, esse ano foi ainda mais especial, pois a Praça da Liberdade está recheada de cultura, de exposições, de novos espaços culturais, cafés e cinemas. Hoje, sábado a noite, ela estava lotada, pois aconteciam várias apresentações culturais simultaneamente: peças, corais líricos, orquestras, apresentações pirotécnicas, dentre outras. Tudo muito lindo! Quem não foi, recomendo veementemente.

Tenham uma ótima noite!

FLORESTA


Nascido como subúrbio, o Bairro Floresta é hoje um dos principais bairros da Zona Leste de Belo Horizonte. Acolheu os operários que trabalharam na construção da então nova capital mineira. Várias histórias sugerem a origem do nome do bairro; uns dizem que um antigo Hotel Floresta teria motivado o nome, enquanto uma outra versão diz que o nome está ligado à paisagem verde que se avistava, olhando a partir do Centro. A região abrigou ilustres personalidades, como o poeta Carlos Drummond de Andrade, Pedro Aleixo, Negrão de Lima; e até o compositor carioca Noel Rosa, que veio passar uma temporada em Belo Horizonte em busca da cura da tuberculose que o afetava, já que o clima da cidade era considerado um dos melhores do país. Outro compositor, Rômulo Paes, cantou o bairro em versos: Minha vida é esta, subir Bahia, descer Floresta. Nos dias de hoje, o Floresta é um bairro moderno, e possui infra-estrutura completa, com shoppings, bancos, hotéis, supermercados, restaurantes variados, além de abrigar as primeiras lojas de duas conhecidas redes de doces e tortas da cidade: a Lalka e a Confeitaria Momo, respectivamente.


Tenham um ótimo fim de semana!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

AOS 116, ELA DÁ UM SHOW!


Sim, eu sei... Belo Horizonte ainda tem muito a melhorar, assim como toda grande metrópole brasileira. Nosso metrô não atende a cidade toda, os engarrafamentos são quilométricos e constantes, a gestão pública é atrasada, o sistema de saúde é deficitário. Como dizem, não existe rosa sem espinhos, e BH não foge a regra. Mas, no contexto brasileiro, a grande metrópole mineira é referência em vários quesitos. Para começar, a Grande BH reina isoladamente em expansão populacional, econômica e financeira, sendo a metrópole brasileira que mais cresceu nos últimos cinco anos, além de ocupar por mais de 50 anos o posto de terceira maior área urbana do país, terceiro maior polo comercial e empresarial, terceiro maior polo cultural; e recentemente subiu uma posição no ranking fabril, sendo o segundo maior polo industrial da nação. É sede de oito entre as cem maiores empresas brasileiras, ocupando também o terceiro lugar no ranking nacional desta classificação. São vários os adjetivos da cidade... moderna, dinâmica, acolhedora... aliás, esse último é uma das principais qualificações da urbe. Mesmo em uma massa urbana que acomoda quase 6 milhões de habitantes, o cidadão conseguiu preservar o mais carismático perfil acolhedor, incomum nos cidadãos de outras grandes cidades. BH é a cidade sorriso, pois são muitos os que recebemos todos os dias. Parabéns, BH, pelos seus 116 anos de sucesso!

Boa noite a todos e até amanhã!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O CENTRO E AS LUZES DE NATAL


Todos os anos, como já é tradição, Belo Horizonte se enfeita abundantemente para o natal. O adorno geral tem elementos bastante mutáveis... ora temos árvores de natal enormes na Pampulha, ora detalhes típicos nas casas do Santa Tereza, ora luzes iluminando antenas de rádio e celular nas serras... mas tem uma região que sempre arrasa com a decoração: o Centro! O coração financeiro e comercial da metrópole mineira recebe uma das mais belas iluminações natalinas que já conheci. Praticamente toda a região central se enfeita... os prédios mais icônicos, as árvores, as praças... tudo fica muito bonito e aconchegante, deixando BH com a típica atmosfera natalina. Até o dia 25 deste mês farei algumas fotos mostrando essa deslumbrante ornamentação, que começa na Estação Central de metrô e vai até a Savassi, passando pela Praça Sete, Avenida Afonso Pena (foto), Avenida Brasil, Praça da Liberdade, Assembléia, Praça do Papa e por diversos outros entroncamentos.

Boa noite a todos e até amanhã!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

ACONCHEGO


Após dias e dias de calor abundante vivido pelos belo-horizontinos, com máximas que chegaram a 34º, alto para o padrão da cidade, veio as chuvas torrenciais amenizar a temperatura e a inquietação dos cidadãos. Os marcadores dos termômetros despencaram no fim de semana, não passando de 24º a tarde, acompanhada de intensos temporais. Tal situação deixou a Grande Belo Horizonte com uma atmosfera pra lá de aconchegante, com o céu encoberto por nuvens de tonalidade azulada e brizas úmidas bastante refrescantes. Quando eu era mais novo, tinha uma certa predileção pelas temperaturas baixas; talvez por morar em Brasília, onde o clima é muito quente e seco em todas as épocas. Mas desde que me mudei pra BH, eu não tenho mais preferência... aprendi a gostar de todas as estações do ano, de todas as temperaturas, de todas as situações climáticas, pois cada período nos proporciona um visual singular, gerando ambientes de diferentes dramaticidades. Cada época é única... e vale uma contemplação.

Boa noite a todos!

sábado, 7 de dezembro de 2013

SION


O nobre e tradicional Sion, localizado na Zona Sul de Belo Horizonte, revela-se como um dos mais densos bairros da cidade. Ele é dotado de ótima infraestrutura comercial, além de prestigiadas escolas, parques e praças. Situando-se ao lado da badalada Savassi, o Sion recebeu parte do perfil agitado da vizinha, se transformando em um novo point gastronômico da metrópole, especialmente por conta dos excelentes restaurantes e bares da rua Pium-Í, no coração do bairro. Seu nome se deve ao Colégio Santa Dorotéia (o qual foi uma das primeiras construções da região), que em outrora, se chamava Colégio Sion, sendo um núcleo educacional voltado apenas às garotas. A título de curiosidade, a grande maioria das praças e ruas do bairro recebem nomes de países e cidades latino-americanos, como Montevidéu, Uruguai, Assunção, Venezuela, Valparaíso, etc.

Tenham uma ótima noite!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O METROPOLITANO


Trem suburbano expresso comboio cidade industrial eldorado superfície rápido trilho eficaz ineficiente velho estação central moderno retrô sucateado pantógrafo reformado falido planejado vintage elétrico locomotiva operante bitola contagem automático linha metrominas controle gameleira terminal vila oeste bilhete licitação vilarinho sindimetro maria fumaça túnel music station cbtu roda são gabriel usuário embarque estrutura concreto ramal águas claras foto filme analógico integração vagão dilma propõe plataforma nada acontece depois da faixa amarela... metrô.

Até amanhã!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

HORA DOURADA


Eis que louros raios penetram os edifício da metrópole, no período áureo do dia. A cidade parece silenciar-se com o aspecto da atmosfera fulva e brilhante, acalorando de forma irreverente os cidadãos, numa sucinta temporada matutina, nos acariciando com tais vislumbres flavescentes logo no despertar da manhã... momento o qual, nós fotógrafos, chamamos de Golden Hour. Na foto, o Belvedere, as 6h30 da manhã.

Boa tarde!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ELEVADO SOBRE A VIA LESTE - OSTE


O quinto elevado do Boulevard Arrudas liga o bairro Prado ao Calafate, na Zona Oeste; e passa sobre linhas de trem e metrô, além de algumas ruas de retorno e o Rio Arrudas. Conta com meio quilômetro de extensão, 25 metros de largura e 30 metros de altura, sendo uma das mais altas obras viárias da metrópole mineira. Foi construído para desafogar o trânsito para quem acessa o Centro vindo de Contagem, e vice-versa. Ele acomoda-se na Via Leste - Oeste, um dos maiores complexos viários de da cidade, que conta com cerca de 40km de extensão. A avenida interliga importantes regiões da urbe, como a Zona Oeste, Leste, Noroeste, Central, Contagem e Betim. Cerca de 22km da via é expressa, ou seja, não possui interceptações ao longo do trecho.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

UAI


Acredito que não tenha nome melhor para dar título a uma fotografia de Belo Horizonte. Neste caso, o contexto é ainda mais específico, pois se trata do prédio que abriga o maior UAI de Minas Gerais. Mas o que vem a ser um UAI? Não, não estou falando da nossa típica gíria mineira... UAI quer dizer Unidade de Atendimento Integrado, que é um órgão estatal de serviços prestados à população em geral, como emissão de cédula de identidade, atestado de antecedentes criminais, retificações em documentos, inscrição em CPF, extratos de multas, DUT; dentre outros. Construído no final do século XIX, o prédio foi concebido para ser sede do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de Minas Gerais, sendo projetado pelo arquiteto italiano Luis Olivieri. Uma verdadeira obra-prima em estilo eclético, que viu privilegiadamente a cidade crescer e se proliferar, já que ele se acomoda em um dos maiores formigueiros humanos da América Latina, a Praça Sete, sendo o mais antigo edifício da referida região.

Boa noite a todos e até amanhã!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O CÉU E A TRÉGUA


Com o clima oscilante e inconstante que assola BH nos últimos meses, são raros os dias que conseguimos um céu assim. Na foto, a redoma celeste encobre a Zona Oeste de Belo Horizonte e todo o lado ocidental da metrópole, região que recebe grande parte do fluxo de caminhões que saem carregados das indústrias da zona industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte, rumo ao Anel Rodoviário, e por sua vez, ao resto do Brasil. O lado oeste da Grande BH conta com uma população com mais de 1 milhão e meio de habitantes e está em processo de expansão e exploração imobiliária. A região conta também com a sede de um dos maiores e mais importantes centros de educação tecnológica do país, o CEFET - MG; além de outras instituições de notório destaque, como o Parque de Exposições da Gameleira, a sede da centenária Orquestra Carlos Gomes, a grande lagoa Varzea das Flores e o Centro de Feiras e Exposições Expominas, além de inúmeros shoppings, dentre os maiores da cidade. É composta pelas regionais Oeste, Barreiro, além dos municípios de Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Igarapé e Juatuba.

Tenham uma excelente noite!

domingo, 1 de dezembro de 2013

CONCÓRDIA & RAJA GABÁGLIA


A fotografia é uma extraordinária forma de arte realista. Ela nos possibilita distorcer o mundo e criar formas e situações muito singulares, que fogem do que estamos acostumados a ver, mesmo fotografando a vida real e o cotidiano. São tantas as possibilidades que ficamos até confusos sobre qual técnica usar em determinados momentos. É o caso da fotografia acima, que mostra duas regiões separadas por quase oito quilômetros, produzida a partir de um bairro ainda mais afastado. Na foto, temos o Concórdia, bairro encravado no coração da metrópole, entre as duas principais avenidas que ligam o centro ao Vetor Norte da cidade. É dos bairros mais antigos de Belo Horizonte e nasceu a partir de um loteamento criado no local para abrigar famílias que moravam na Praça Raul Soares, no início do século XX. Fica ao lado de bairros nobres como o Silveira e o Cidade Nova, bairros de classe média como o Bairro da Graça e Renascença; e uma favela, a Pedreira Prado Lopes. Já a segunda região retratada na imagem é o início da aristocrática Avenida Raja Gabáglia, via que possui provavelmente a maior concentração de empresas de Tecnologia da Informação por metro quadrado do Brasil. A avenida, que conta com aproximadamente 7km de extensão, é polo empresarial e abriga incontáveis escritórios de empresas de tecnologia dos mais diversos ramos. É nela que se acomoda a filial mineira da gigante Totvs, que por sua vez, é responsável pelas relações internacionais da empresa e desenvolvimento de software para o mercado externo. É na Raja que fica também o maior estúdio de jogos eletrônicos de Minas Gerais e um dos maiores do Brasil, a Ilusis Interactive Graphics. A via é ainda o logradouro de empresas de outras áreas com superlativos adjetivos, como a sede nacional da MRV; inúmeros órgãos públicos do estado e empresas de comunicação. Mas é na área de tecnologia da informação que a região se destaca, além de ser um dos principais percursos aos moradores de uma das mais abastadas regiões de BH, a Zona Sul. É o aristocrático se misturando com o democrático em uma única foto, criando um efeito pra lá de intrigante. Produzi a fotografia com uma lente telescópica de 300mm a partir do Bairro Palmares (ainda mais distante que as regiões retratadas). Quando aproximamos o motivo fotografado usando uma lente tele, dá essa impressão de que um lugar está muito próximo ao outro, por isso consegui colocar o Concórdia e a Raja em uma única fotografia. A luz não estava muito bacana, mas eu gostei do resultado, contrastando com as nuvens por cima da Serra do Rola Moça ao fundo. 

Tenham um ótimo domingo!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

BICICLETAÇO ANALÓGICO


Desde que compramos nossas bicicletas, eu e minha esposa temos vividos grandes aventuras na perturbada malha urbana da metrópole mineira. Estamos indo diariamente de casa para o estúdio pedalando (e vice-versa), trajeto que nos garante cerca de 30km de pedaladas por dia. É interessante observar a cidade sob a perspectiva do ciclista. Vemos mais detalhes, mais belezas, mais degradações. Topamos com alinhamentos que não conhecíamos antes, como a ciclovia de 7km que liga a Gameleira, na Zona Oeste, ao Centro de BH. Nos deparamos também com desalinhamentos, como a ausência de semáforos na entrada para o Anel Rodoviário, no momento em que ele cruza com a Via Expressa. De carro tudo é uma maravilha! O asfalto é perfeito e todas as vias foram feitas pra gente. De bike a coisa toma outro rumo, pois ora estamos reféns das marginais das agitadas vias expressas, ora estamos reféns da ciclovia de calçada... boa, mas com vários obstáculos. Independente de qualquer coisa, esses 30km diários tem sido uma experiência inigualável. Ao invés de perdermos horas e horas na academia, malhando apenas em prol da forma física, estamos torrando nossas calorias com lago simples e eficiente: o trajeto diário para o trabalho. Dizem por aí que o veículo do futuro é a bicicleta; eu concordo plenamente com tal arguição. Percebemos o quanto é fácil deslocar pela cidade de bicicleta. Os empecilhos encontrados pelo caminho nem chegam aos pés dos monstruosos engarrafamentos que Belo Horizonte acomoda todos os dias, muito menos do transporte público ineficiente. Pelo contrário... percebemos o quanto é prazeroso pedalar! O quanto é prazeroso deixar o carro em casa e molhar a camisa, fazer exercício físico, observar a cidade. Claro que, com isso, tenho deixado meus equipamentos fotográficos digitais em casa ou no estúdio, pois são muito pesados. Tenho optado pelas analógicas, pois são leves e pequenas. Estou fotografando com minhas companheiras Nikon FE e Canon AE-1, ambas de 1976. Fiquei analógico no transporte e ainda mais na fotografia. Somos escravos do mundo moderno, das fotos digitais, do transporte motorizado, das amizades cibernéticas, fato que está nos tornando cada vez mais padronizados... homogeneizados... esquecemos o quanto pode ser prazeroso voltar às origens e fazer algo diferente. Como já dizia a Fabiana, uma amiga nossa e ex-aluna do Curso de Fotografia do Estúdio Metrópole: sejamos mais analógicos!

Boa noite.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ZONA LESTE


Hoje a chuva deu uma trégua para Belo Horizonte. Até choveu, mas foi pouco, em pontos isolados. Eu fico estasiado com essas épocas chuvosas, que misturam climas quentes e frios em dias de chuvas intercaladas. O céu proporcionado por tal situação climática é inconstante e abstrato, nos proporcionando imagens maravilhosas. Na fotografia, a mesma regional da foto de ontem, porém com nuvens menos agressivas e mais bailantes. A Zona Leste é uma região bem interessante. Possui uma densidade demográfica absurda, beirando os 9 mil habitantes por km² (maior que a total de Tóquio) e caracteriza-se pelos bairros históricos e pela tradicional família mineira. É reduto boêmio, possuindo os mais icônicos bares e restaurantes da capital. Abriga o glorioso Estádio Independência, palco da gloriosa vitória do Atlético Mineiro na Libertadores deste ano. A regional leste também foi o berço de grandes grupos da música mineira, como o Clube da Esquina, Skank e os metaleiros do Sepultura. Apesar de tantos rótulos, é a menor das regionais do município. Faz divisa com Sabará, apesar de não sabermos onde exatamente ficam tais divisas, tamanha a conurbação entre as áreas urbanas.

Boa noite pessoal!
PURPLE RAIN


E as chuvas despencam no lado leste da metrópole, metamorfoseando a atmosfera dos bairros tradicionais da região. Na foto, o bairro Santa Inês, que é a essência da Zona Leste de Belo Horizonte. Tranqüilo e com pouco movimento, sua atmosfera beira o bucolismo. É um bairro de classe média-alta, abraçado à oeste pela linha de metrô e à leste pela Avenida Contagem. É o último bairro do extremo leste do município, já que, do outro lado da referida avenida, temos o bairro Ana Lúcia, já no município de Sabará. Possui ruas com arborização frondosa e casas bem antigas e muito estilosas, muitas delas erguidas entre as décadas de 40 e 60. Conta com 12 mil habitantes, sendo que em uma boa porcentagem das residências vivem simpáticos casais idosos. É comum passarmos pelo bairro de manhã e notarmos velhinhos varrendo a varanda e a calçada em frente sua casa, tirando a folhagem excessiva das calçadas. É um bairro com infra-estrutura completa, contando com shoppings, vários supermercados, agências de bancos e comércio muito intenso; além de acomodar duas estações de metrô.

Excelente noite a todos!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

AS LUZES DA SÃO JOSÉ


A Igreja São José já apareceu aqui no blog umas duas ou três vezes. Isso se deve ao fato dela estar no ângulo de visão da varanda do Estúdio Metrópole; e eu gosto bastante da composição urbana a qual ela está inserida. O edifício é um dos destaques da arquitetura manuelina em Belo Horizonte, e está localizada em frente à Avenida Afonso Pena, na confluência entre ruas Espirito Santo e Tamóios, no Hipercentro da cidade. O templo foi inaugurado em 1910 e era o edifício mais alto da urbe nesse período, época em que ainda distinguia-se ares interioranos na capital mineira, com seus parcos 30 mil habitantes. Hoje a paróquia se destaca por entre edifícios modernistas que formam uma espécie de cânion, no coração financeiro da metrópole. 

Tenham uma ótima noite!

domingo, 24 de novembro de 2013

VETOR NORTE


Com o desenvolvimento da Zona Sul, Oeste e Leste; além da escassez quase completa de terrenos disponíveis nas referidas regiões da cidade; o mercado voltou seus olhos para o Vetor Norte. Compreendido pelas regionais da Pampulha, Venda Nova e Norte, além de 13 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Vetor Norte é a nova aposta do governo mineiro e dos empresários da cidade, graças à competitividade da região pela oferta de áreas disponíveis para o crescimento urbano; além da influência de elementos já estabelecidos, como a presença dos dois maiores aeroportos da metrópole, Confins e Pampulha; além do Estádio Mineirão e da Cidade Administrativa de Minas Gerais. É uma área que não para de crescer e receber investimentos, como shoppings, condomínios e indústrias. O Vetor Norte abriga, aproximadamente, dois milhões de habitantes, e é recortado por enormes vias de acesso, como a Linha Verde, Pedro I, Catalão e Antônio Carlos, além de várias rodovias, o que garante maior facilidade para o crescimento econômico e industrial da região. 

Tenham uma ótima semana!

sábado, 23 de novembro de 2013

CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA E FOTOGRAFIA


Belo Horizonte tem um dos maiores números de institutos culturais por metro quadrado do Brasil e do mundo. Como se não bastasse as centenas de casas existentes na cidade, praticamente todos os meses várias outras instituições são inauguradas. Apenas no Centro de BH, num raio de 1,5km do Estúdio Metrópole, eu consegui contabilizar 41 espaços destinados à divulgação e propagação de arte e cultura; e este número limita-se apenas aos lugares que conheço. Em breve farei uma apuração mais detalhada e posto aqui para vocês. Na fotografia de hoje temos o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, espaço dedicado às artes visuais gerido pela Fundação Clóvis Salgado, mesmo órgão que administra o Palácio das Artes, a Serraria Souza Pinto, Centro Técnico de Produção, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais.  O referido espaço acima é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e o Instituto Moreira Salles. O edifício em questão foi inaugurado em 1925 para abrigar a sede mineira do Banco do Brasil; e possui estilo eclético, com imponentes colunas coríntias que lembram os mais suntuosos palácios romanos. Posteriormente foi adquirido pelo banco dos Moreira Salles, poderosa família de banqueiros mineiros e desde 1997 o espaço é destinado principalmente às exposições fotográficas.

Tenham uma ótima noite!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

BELO HORIZONTE


E o grande astro solar adormece em mais uma agitada sexta-feira na poderosa metrópole do mais cativante panorama. Belo Horizonte possui um nome privilegiado, pois explica nele próprio a sua origem. Não temos o nome de um santo conhecido; nem de um político famoso; de um rio; e muito menos de origem indígena, como outras cidades. Temos um nome sugestivo, que de cara explicita o perfil de uma urbe que soma mais de 5 milhões de habitantes em toda a mancha urbana. Viva a capital de Minas Gerais e seus infinitos horizontes!

Tenham um excelente fim de semana!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

METRÓPOLE


Ainda que muitos não percebam, há algo demasiadamente excitante em viver em uma grande metrópole. A liberdade de expressão, a criatividade, a galhardia e as possibilidades se potencializam conforme o tamanho da urbe. São locais que nos proporcionam a deliberação de opiniões sem julgamentos. Nas mega-cidades somamos maiores quilometragens no ir e vir sem que isso se torne tedioso, conforme curioso for o cidadão. São tantos eventos e acasos acontecendo simultaneamente que temos uma certa dificuldade de abstrair tudo; e quando não conseguimos ingerir todas as perspectivas com as quais topamos durante o dia, chegamos em casa exaustos. Para entender o que estou querendo dizer, basta passear uma manhã no Centro de Belo Horizonte. Costumo dizer que há mais coisa entre Venda Nova e o Barreiro; e entre Sabará e Betim; que julga nossa vã filosofia. De qualquer modo, as metrópoles para mim são sinônimos de emancipação. Nelas, temos autonomia para fazer, refazer, mudar, voltar, criar, tentar novamente. Ousamos, persuadimos, somos persuadidos, nos inspiramos. Corremos contra o tempo e à favor dele. Lugar de se misturar invisivelmente na multidão. As possibilidades beiram o infinito de modo desconhecermos cada vez mais o mais explorados espaços. Quando contraímos o espírito metropolitano, destememos e quebramos quaisquer que sejam os padrões, a fim de conviver com o novo. Vivam os milhões de habitantes e suas opiniões. Viva o pão de queijo que ainda me surpreende, mesmo sendo meu velho conhecido.

Um grande abraço pra vocês e tenham uma ótima noite!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CÂNION DA AMAZONAS


Acho belíssima a riqueza arquitetônica que há na Avenida Amazonas, especialmente na parte onde a via passa no miolo do perímetro da Contorno. Eclética, a via recebeu obras de todos os estilos do século XX, do art déco ao contemporâneo. Ela recebeu o modernista Conjunto Habitacional Juscelino Kubitscheck, cujo maior edifício chega a 36 andares de altura. Grande, a Amazonas faz parte de um único complexo viário que conta com quase 35km em trecho urbano, partindo do hipercentro de Belo Horizonte até o município de Betim, onde termina a mancha urbana.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A NOITE NO CAMARGOS


O Camargos é um bairro privilegiado. Ele foi construído sobre uma região alta e côncava, proporcionando as mais belas vistas aos seus moradores. A Fazenda dos Camargos era um rancho que existia desde o século XIX, na época do Curral Del Rey, no extremo oeste do município. Com a inauguração de Belo Horizonte, a fazenda se transforma em um pequeno núcleo populacional. Em meados da década de 1950 os herdeiros da antiga fazenda, temendo invasões populacionais promovidas por pessoas que viriam a trabalhar na na vizinha Cidade Industrial, resolveram lotear a área em terrenos, formando assim o novo bairro. Na década de 1970, com a abertura da Via Expressa que ligava Betim e Contagem ao Centro de Belo Horizonte, o Bairro Camargos entrou no “mapa”, recebendo um fluxo maior de moradores. Na década de 1980, a construção do metrô incentiva nova leva de loteamentos na região; e já no final da década de 1990 a construção do Itaú Power Center, na época o maior centro de compras da América Latina, acaba por valorizar ainda mais o bairro, o qual hoje possui ótima infra-estrutura e qualidade de vida, com supermercados próximos, shoppings, duas estações de metrô e um clima muito agradável durante o ano todo, especialmente por se acomodar em uma área alta e isolada.

Tenham uma ótima noite!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

GUERRA E PAZ - PORTINARI


No penúltimo fim de semana eu tive o prazer de visitar, em companhia de minha esposa, uma das mais belas exposições que vi em minha vida: Guerra e Paz, de Cândido Portinari, que está sendo exibida no Cine Theatro Brasil, no Hipercentro de Belo Horizonte. Arrisco dizer, com veemência, que foi a exposição mais bem estruturada que eu já visitei. Já fui à exposições cujos artistas produziram obras que me chamam mais a atenção, como Anish Kapoor ou Sebastião Salgado, mas nunca vi nada tão bem apresentado como a exposição do referido artista brodosquiano. Tudo muito interativo, muito bem explicado e muito imponente. As obras são numerosas, dos esboços às telas finais; e estão expostas ao longo de quatro andares inteiros do Cine Theatro Brasil. As duas principais peças são as obras Guerra e Paz, mostradas na fotografia acima, sendo que cada uma delas mede 14 metros de altura. As demais são rascunhos e croquis que o artista esboçou antes de pintar, de uma vez por todas, as duas gigantescas telas. Duas grandes pinturas que exaltam a astúcia artística de Candinho (como era chamado), que nos faz ficar hipnotizados pela sua imponência e por seu conteúdo que ao mesmo tempo choca e cativa. Ambas as telas formam uma única série, e foi encomendada na década de 50 para decorar a sede da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque. As peças vieram direto da ONU para essa turnê pelo Brasil, passando por Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, ficando expostas até o dia 24 deste mês, seguindo para Paris após essa data para uma breve mostra na capital francesa antes de voltar definitivamente para suas acomodações na grande metrópole americana. Para quem ainda não foi, fica a dica!

Abraços.

domingo, 17 de novembro de 2013

BAIRRO DAS INDÚSTRIAS


Estar lá é vivenciar um lugar de atmosfera completamente diferente das zonas mais tradicionais da cidade. Temos a sensação de estarmos na cena de um filme americano que se passa em Chicago ou em Detroit, tamanha a atmosfera industrial da região. Cidadãos que vivem em função das fábricas que circundam suas residências, crianças brincando nas ruas... em contraste com áreas públicas abandonadas, como praças de esporte e lazer. O excesso de viaturas policiais passa a impressão de se tratar de um lugar perigoso, apesar do perfil do bairro não transparecer isso. Barulhento, lá escutamos todos os tipos de som, o tempo todo, em qualquer lugar. Marteladas, labaredas, vapores. Pude escutar também alguns zunidos constantes; chiados que lembram roldanas e engrenagens. Ao sair da Cidade Industrial, as enormes fábricas vão ficando para trás, dando lugar às ruas e avenidas relativamente calmas e tipicamente residenciais que acomodam simpáticos e simples edifícios de quatro pavimentos, em uma atmosfera que lembra a região do IAPI, porém bem mais plana e arborizada. Estamos no Bairro das Indústrias, bairro operário que, apesar do nome, praticamente não possui fábricas em seu núcleo. O bairro foi concebido para abrigar os trabalhadores da Cidade Industrial, do Jardim Industrial e de outras zonas fabris que rodeiam a região, no lado oeste da Grande BH. É rodeado por imponentes indústrias, mas conseguiu preservar a atmosfera bucólica em seu interior. Apesar disso, o cheiro de plástico, de ferro fundido, dos químicos e da madeira queimada são odores comuns no bairro, devido à proximidade com a zona industrial ao seu redor. Situa-se a aproximadamente 16km do Centro de BH, na Região Administrativa do Barreiro; e é cortado por grandes avenidas, como a Via do Minério, Tereza Cristina, Tito Fulgêncio, além do Anel Rodoviário. Mas o bairro é mais que isso, mais que dados ou informações. É um lugar bastante empolgante, especialmente para fotógrafos inquietos. Vale uma visita!

Tenham uma ótima semana!

sábado, 16 de novembro de 2013

TRIBAL FUSION


Hoje a foto do dia será um pouco diferente. Não teremos viadutos, densidades, arquitetura, serras ou o cotidiano do belo-horizontino... mas sim, uma fotografia produzida pelo Estúdio Metrópole em uma realização artística pra lá de interessante. Para não dizer que não tem BH na foto; a escadaria onde as moças da Cia. Ansatta Bellydance se encontram acomodadas pertencem à Igreja São José, na Av. Afonso Pena. 

Vejam as outras fotografias da produção: Estúdio Metrópole

Abraços e boa noite!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

AFONSO PENA ANALÓGICA


A Avenida Afonso Pena é uma das principais vias da Zona Central de BH. Seus 5 quilômetros de extensão se estendem de noroeste a sudeste, encontrando-se no trecho grande diversidade e riqueza arquitetônica em estilos de diferentes épocas. Larga, a via possui em alguns trechos mais de dez faixas de rolamento para veículos. A avenida forma um enorme cânion de aço e concreto, graças ao adensamento de edifícios. É uma das vias mais democráticas da metrópole, ligando o coração comercial da urbe, na Praça Sete, ao coração empresarial e financeiro, na Savassi. Calcula-se que quase dois milhões de pessoas passam pela Afonso Pena todos os dias.

Tenham uma ótima noite!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

AVENIDA BRASIL


A Avenida Brasil é uma das mais importantes vias da Zona Central de Belo Horizonte. Ela liga duas das mais belas praças da cidade, a Praça da Liberdade e a Praça Floriano Peixoto, conhecida popularmente como Praça do BG (por estar em frente ao Batalhão da Guarda Municipal). Pequena, seus quase 3km de comprimento são estritamente comerciais e empresariais, com inúmeros edifícios destinados a esse fim. Na via também encontramos órgãos públicos, escolas e hospitais. Apesar da intensa movimentação diária, a Avenida Brasil é muito charmosa e arborizada, possuindo em uma de suas extremidades uma quadra cortada por uma enorme fileira de palmeiras, como mostra a fotografia de hoje.

Tenham um excelente domingo!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AS CORES DA RUA PADRE EUSTÁQUIO


Quem passa pela Rua Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte, não costuma reparar a riqueza cromática que há na via, devido ao seu patrimônio arquitetônico datado da primeira metade do século passado, período o qual as residências e edificações comerciais recebiam pinturas das mais intensas cores. Delgada e extensa, a rua é referência aos moradores da regional a qual ela se acomoda, cortando os importantes bairros Carlos Prates e Padre Eustáquio, esse último homônimo à via. Antigamente, na época da fundação da cidade, a rua era uma estrada que ligava Contagem à zona central de BH e era o principal acesso ao centro da capital para quem vinha do lado oeste da metrópole. A rua foi povoada respeitando o curso da antiga estrada e só trocou de nome após o falecimento em 1943 do padre holandês Humberto Van Lieshout, chamado popularmente de Padre Eustáquio, que morava em BH e era bastante conhecido. Apesar de possuir um acervo histórico muito importante, a maioria das casas e comércios carecem de reforma, pois estão pichados e muito sujos. Ainda sim, é uma rua que me chama bastante a atenção, tanto pela movimentação frenética quase 24h, quanto pelas casas furta-cor e o estilo delas.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

SKYSCRAPER


A foto de hoje não terá um texto meu... cederei a palavra ao mineiríssimo Rubem Alves, que descreveu como ninguém a essência do olhar fotográfico. Degustem:

“Lá vão pelo caminho a mãe e a criança, que vai sendo arrastada pelo braço – segurar pelo braço é mais eficiente que segurar pela mão. Vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho. Bleke dizia que a árvore que o tolo vê não é a mesma árvore que o sábio vê. Pois eu digo que o caminho porque anda a mãe não é o mesmo caminho porque anda a criança.

Os olhos da criança vão como borboletas, pulando de coisa em coisa, para cima, para baixo, para os lados, é uma casca de cigarra num tronco de árvore, quer parar para pegar, a mãe lhe dá um puxão, a criança continua, logo adiante vê o curiosíssimo espetáculo de dois cachorros num estranho brinquedo, um cavalgando o outro, quer que a mãe também veja, com certeza ela vai achar divertido, mas ela, ao invés de rir, fica brava e dá um puxão mais forte, aí a criança vê uma mosca azul flutuando inexplicavelmente pelo ar, que coisa mais estranha, que cor mais bonita, tenta pegar a mosca, mas ela foge, seu olhos batem então numa amêndoa no chão e a criança vira jogador de futebol, vai chutando a amêndoa, depois é uma vagem seca de flamboyant pedindo para ser chacoalhada, assim vai a criança, à procura dos que moram em todos os caminhos, que divertido é andar, pena que a mãe não saiba andar por não ter os olhos que saibam brincar, ela tem muita pressa, é preciso chegar, há coisas urgentes a fazer, seu pensamento está nas obrigações de dona de casa, por isso vai dando safanões nervosos na criança, se ele conseguisse ver e brincar com os brinquedos que moram no caminho, ela não precisaria fazer análise …

A mãe caminha com passos resolutos, adultos, de quem sabe o que quer, olhando para a frente e para o chão. Olhando para o chão ela procura as pedras no meio do caminho, não por amor ao Drummond, mas para não dar topadas, e procura também as poças d’agua, não porque tenha se comovido com o lindo desenho do Escher de nome Poça d´água, uma poça de água suja na qual se refletem o céu azul e os ramos verdes dos pinheiros, ela procura as poças para não sujar o sapato. A pedra do Drummond e a poça de água suja do Escher os adultos não vêem, só as crianças e os artistas …

A mãe não nasceu assim. Pequenina, seus olhos eram iguais aos do filho que ela arrasta agora. Eram olhos vagabundos, brincalhões, que olhavam as coisas para brincar com elas. As coisas vistas são gostosas, para ser brincadas. E é por isso que os nenezinhos têm esse estranho costume de botar na boca tudo o que vêem, dizendo que tudo é gostoso, tudo é para ser comido, tudo é para ser colocado dentro do corpo. O que os olhos desejam, realmente, é comer o que vêem. Assim dizia Neruda, que confessava ser capaz de comer as montanhas e beber os mares. Os olhos nascem brincalhões e vagabundos – vêem pelo puro prazer de ver, coisas que, vez por outra, aparece ainda nos adultos no prazer de ver figuras. Mas aí a mãe foi sendo educada, numa caminhada igual a essa, sua mãe também a arrastava pelo braço, e quando ela tropeçava numa pedra ou pisava numa poça de água, porque seus olhos estavam vagabundeando por moscas azuis e cachorros sem-vergonha, sua mãe lhe dava um safanão e dizia: “Olha pra frente menina!”.

“Olha pra frente!” Assim são os olhos adultos.

Coitados dos adultos! Arrancaram os olhos vagabundos e brincalhões de crianças e os substituíram por olhos ferramentas de trabalho. Os olhos tornam-se escravos do dever. Os olhos solicitam: “ Brinquem comigo! É tão divertido! Se vocês brincarem comigo, eu ficarei feliz, e vocês ficarão felizes …”.

Boa noite!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MODA


Inaugurado em 1914, o edifício que acomoda hoje o Centro de Cultura Belo Horizonte é um marco na história da arquitetura na cidade. O prédio neogótico, que também abriga o Centro de Referência da Moda, foi erguido em estilo manuelino e se destaca por entre os arranha-céus da região central da metrópole, tamanha sua imponência e magnitude. Em seus quase cem anos de vida, acomodou importantes órgãos históricos e culturais, como o Conselho Deliberativo Municipal; uma Biblioteca Pública; a primeira rádio da cidade (a Rádio Mineira); a Escola de Arquitetura da UFMG; a Câmara Municipal; e por último, o Museu de Mineralogia, o qual hoje se encontra na Praça da Liberdade. Atualmente ele sedia um centro cultural e um centro de referência da moda, cujas acomodações são dotadas de biblioteca (a qual possui acervo enfocado em obras sobre artes, cultura e humanidades); hemeroteca (coleção de jornais e revistas); salão de leitura; galeria para exposições; auditório; terminais de computador com acesso gratuito à internet; dentre outras conveniências. Lá são executados diariamente debates temáticos, exposições artísticas e mostras de audiovisual. O local também pretende mobilizar o mundo da moda, promovendo debates, estudos, desfiles, exposições, seminários e cursos.  Sem dúvida um dos mais interessantes edifícios históricos de Belo Horizonte; tanto pelo seu conteúdo, quanto pelo seu patrimônio arquitetônico.

Tenham uma ótima noite!

domingo, 10 de novembro de 2013

AGITO METROPOLITANO


Hoje foi dia bastante agitado no Centro de BH. Além da movimentação natural do domingo, por conta das exposições nos museus e espaços culturais da região; do típico e tradicional Quarteirão do Soul, que movimenta o coração belo-horizontino semanalmente; além dos boêmios de plantão; o Hipercentro foi tomado por cruzeirenses que comemoravam a goleada do Cruzeiro sobre o Grêmio, vitória a qual praticamente garante o título para o time celeste no campeonato vigente. Foi interessante presenciar os dançarinos ensinando passinhos de soul e funk para os torcedores, estes animadíssimos com a conquista. Inclusive, invadiram o obelisco da Praça Sete e tomaram as avenidas que o circundam. Durante a semana falarei mais sobre o Quarteirão do Soul e o movimento da black music que conquista Belo Horizonte desde a década de 60.

Abraços a todos e tenham uma excelente semana!

sábado, 9 de novembro de 2013

SUN DAY ON SATURDAY


Contrariando todas as expectativas, o dia hoje nos presenteou com um maravilhoso céu azul de suaves nuvens brancas, sol brando e brisa fresca. Fazia tempos que não víamos o sol na metrópole mineira. Hoje fomos dar aula prática pela manhã temendo chover... e, do contrário, nos surpreendemos com nosso imenso domo celeste completamente índigo. Sábado de manhã gostosa, turma animada e muita tinta! Sim, tinta. Hoje nossas turmas do curso de fotografia deixaram a câmera de lado, pegaram o pincel e puseram-se a brincar com as cores na sua forma de pigmento, para complementar a aula sobre Teoria das Cores. Levamos a galerinha ao Parque Orlando da Silveira, no bairro Silveira, na Região Nordeste da cidade, onde podemos conferir essa interessante vista para o bairro Cidade Nova. Minha esposa, Lígia Tôrres, artista plástica e especialista em matizes e suas variações, comandou a trupe e eu me pus a registrar os momentos únicos. Tudo muito bom! Para quem não conhece, fica a dica: Parque Orlando da Silveira, na rua Juruá.

Boa noite a todos e até amanhã!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PRAÇA SETE


A Praça Sete de Setembro é o coração consagrado da grande metrópole mineira, situada na Zona Central da cidade, mas especificamente em seu Hipercentro. É onde é bombeada a energia que pulsa no cotidiano de mais de sete milhões de habitantes, considerando-se o subalterno colar metropolitano. Fincada no cruzamento de duas grandes avenidas, Afonso Pena e Amazonas, a praça não é necessariamente uma praça, apesar de haver diversas áreas de convivência ao seu redor. Ela é elevada ao patamar de 'praça' por conta de uma antiga tradição belo-horizontina, a qual costuma nomear cruzamentos de grandes avenidas centrais como se fossem praças. Principal ponto de referência de Belo Horizonte, o lugar é um dos corredores mais cosmopolitas do Brasil, recebendo um fluxo de cerca de dois milhões de cidadãos e turistas diariamente, segundo estimativas recentes. Vale a pena parar para tomar um cafezinho no tradicional Café Nice e observar a intensa movimentação desse interessante núcleo urbano.  

Abraços à todos e até amanhã!