quinta-feira, 31 de outubro de 2013

SEM FINS E CONFINS


E, mais uma vez, a natureza nos presenteia com imagens espetaculares, devaneios visuais, formados pela gigante cúpula celeste que abstrativamente se metamorfoseia sobre quase seis milhões de cabeças metropolitanas. Dadas as chuvas, os irradiantes tons das serras mineiras encobrem a terceira maior metrópole do Brasil tal qual um ventre que acolhe um rebento; e nos faz pensar que a cidade brotou dali como se fosse naturalmente semeada, sem intervenções humanas. Grandes são as metrópoles que acolhem seus cidadãos organicamente, sem utopias de convivência e sintetismos de modo de proliferação. Grandes são as urbes que abreviam o contato entre a natureza e o progresso. Grande... a perder de vista... como nossa cidade... sem fins... e Confins.

Tenham uma excelente noite!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PALÁCIO DAS ARTES


Situado na Avenida Afonso Pena, praticamente dentro da área do Parque Municipal, o Palácio das Artes é um dos maiores centros de produção, formação e difusão cultural da América Latina. Foi fundado em 1971 e tem projeto original assinado por Oscar Niemeyer, o qual passou os esboços para o arquiteto Hélio Ferreira Pinto, devido a entraves políticos da época. O palácio dispõe de três teatros (sendo o principal um dos maiores do Brasil), os quais possuem recursos acústicos do mais elevado padrão técnico para a realização de óperas, peças teatrais, concertos de orquestra, espetáculos de dança e shows musicais. Dispõe também de além de salas adequadas para exposições, salas de cinema, foyers para lançamento de livros, palestras, congressos e seminários. Ademais, o espaço abriga em seu interior um delicioso café com vista para o parque e uma livraria focada em publicações artísticas. Além do foco em exibições, no Palácio das Artes funciona o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, com centenas de cursos profissionalizantes de música, dança e teatro.

Faz jus ao nome... e a cidade onde está inserido.

Boa noite a todos!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CÃO NOSSO DE CADA DIA: ADOTEMOS!

Dedico essa postagem à minha esposa, Lígia Tôrres, graças ao seu cativante amor aos bichos, de qualquer espécie.

Todos os dias nos deparamos com dezenas de cãezinhos abandonados nas ruas da cidade. Quando eu e minha esposa viemos de Brasília para morar em BH, notamos que aqui a presença de cães de rua é numerosa e alastrada. Segundo a secretaria Municipal de Saúde, apenas no município de Belo Horizonte temos cerca de 27 mil cães abandonados, número que pode dobrar se considerarmos toda a sua região metropolitana. A Lei 4.323, de 13 de janeiro de 1986, e Decreto 5.616, de 15 de maio de 1987 diz é terminantemente proibido o abandono de animais. Apesar disso, é recorrente a renúncia e o desprezo ao melhor amigo do homem, sendo abandonados por motivos desprezíveis e repugnantes. Se não temos mais como sustentar o animal que adquirimos, deveríamos tratar de conduzi-lo a um lugar que possa acomodá-lo, com pessoas acolhedoras e pacientes; e não apenas largá-lo nas ruas, sem o que comer e beber. Cães domésticos são muito dependentes e necessitam do apoio e do carinho de alguém. Isso já está na genética dele, segundo um estudo que vi recentemente. Domesticamos tanto a raça canina que hoje ela é dependente, diferente dos gatos, que são instintivamente emancipados. Com base nisso, não tem nada mais cruel que o abandono de um cachorro. Nos dias de hoje, temos centenas de instituições na cidade que tratam de animais abandonados, deixando-os limpos e medicados, prontos para a adoção. E o melhor de tudo, não cobram 1 real sequer pelo cãozinho. Cães alegram as residências, unem irmãos: fraternizam! Além disso, são ótimos companheiros, curam até depressão. Portanto, faço da fotografia de hoje um apelo: não comprem animais de raça. Cães de rua são tão (ou mais) lindos que os da estirpe; e com a grande vantagem de serem únicos e singulares, diferentes dos demais. Vamos tratar de, aos poucos, mudar esse triste cenário de Belo Horizonte. 

Tenham uma ótima noite!

domingo, 27 de outubro de 2013

AUTOMÓVEL CLUBE


Situado no coração financeiro, cultural e comercial de Belo Horizonte, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Álvares Cabral, o Automóvel Clube de Minas Gerais - à direita da fotografia - foi fundado em 17 de dezembro de 1925 como um espaço destinado ao desenvolvimento do automobilismo na cidade e no estado, promovendo os principais encontros da elite mineira, tornando-se sinônimo de status social e nobreza. Foi projetado por Luís Signorelli, que utilizou-se de elementos neoclássicos para desenhar o edifício, o qual conta com aproximadamente 4.000m² de área. Ainda hoje, os sócios do Automóvel Clube (dentre políticos, empresários e demais aristocratas) dispõem de jantares,  chás, recepções, eventos, além do restaurante do clube, comandado pelo renomado chef italiano Francesco Carli.

Boa semana para todos!

sábado, 26 de outubro de 2013

OUTUBRO ROSA


Outubro Rosa é uma campanha de conscientização mundial sobre a importância da prevenção do câncer de mama; e consiste na iluminação artificial em cor-de-rosa nos conhecidos edifícios e marcos das cidades. O movimento surgiu em 1990 em Nova York, e desde então, promovida anualmente na cidade. Apenas em 1997 tal manifestação começou a alastrar por outras cidades dos Estados Unidos, mais tarde chegando também ao Brasil. Na foto, o Conservatório e Escola de Música da UFMG.

Boa noite a todos!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BEAGHOTAM CITY


Toda cidade esconde seus segredos, suas mazelas, delírios e confissões. As metrópoles possuem seus esgotos, abarrotados de restos históricos, alimentados de recessos. Esgotos imundos, cheios de bifurcações, que ora levam nossos excessos aos rios, ora levam à outros esgotos ainda mais sujos. Cruzamentos semelhantes aos das ruas ou avenidas, que contam com interseções que costumam me colocar em profunda reflexão. Ali, naquele ponto, você tem várias opções de caminho a seguir. Caminhos bons, caminhos ruins. Costumo pensar nas divergências que a vida nos impõe. No descrédito que temos com as nas bifurcações da vida. Costumamos já ter em mente qual percorrer... ou estar predestinados a seguir determinado percurso. Mas já parou pra pensar que, ali, você está num ponto o qual costuma ter três, quatro ou mais destinos distintos? Nunca se perguntou onde daria cada uma daquelas vias que ali se intersectam? A vida costuma nos pregar peças parecidas. Te coloca em situações em que você pode escolher pegar o caminho mais fácil e confortável, o qual você já está acostumado e sabe onde vai dar. Conhece cada centímetro daquilo ali. Parece bom... mas é fastio! O cidadão urbano moderno é criado para percorrer caminhos já exaustivamente seguidos pelos outros, como se aquilo ali fosse o sinônimo do sucesso. Raramente paramos num cruzamento para analisar onde cada um daqueles caminhos podem nos dar e quais surpresas nos esperam no final de cada percurso. Essas encruzilhadas ferem, instigam, deprimem e/ou excitam as almas mais inquietas. Na Região Central de Belo Horizonte todas as interceptações entre avenidas recebem o nome de praças. Praça da Savassi, Praça Sete, Praça Tiradentes, Praça do ABC, Praça da Bandeira (canto inferior esquerdo da foto), dentre muitas outras. Essas praças nada mais são que avenidas que se fundem, mesmo por um breve momento, para depois cada uma seguir novamente para onde foram predestinadas. Numa praça um cidadão faz uma pausa, senta-se, relaxa, reflete sobre sua vida para depois continuar seguindo. Poética a forma que nossa querida capital mineira distingue seus cruzamentos entre vias...

Tenham uma excelente noite!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

VISÕES DE OUTRORA


O Centro de Belo Horizonte é um dos locais mais interessantes da metrópole, como eu já disse inúmeras vezes aqui no blog. Dentre suas mais diversas características, um fato que me chama a atenção são os senhores aposentados que vivem na região. São centenas, talvez milhares de proprietários da terceira idade que diariamente perambulam pelas quadras que circundam a Praça Sete. Encontramos eles disputando partidas de damas e xadrez no nível térreo do antigo prédio do BEMGE, tomando cafés frescos no tradicional Café Nice, perambulando pelas ruelas do Parque Municipal e jogando conversa fora sentados nos diversos bancos do quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro. Em sua grande maioria, os senhores são aposentados e antigos moradores do Centro, de uma época em que lá eles trabalhavam e viviam suas vidas de maneira provinciana e tranquila. Observo no olhar deles o saudosismo por um tempo que se foi, como é comum nessa idade. A atmosfera nostálgica se dá provavelmente pelo fato de não termos mais o bucolismo de outrora, em uma cidade que cresceu explosivamente nos últimos cinquenta anos.

Um abraço para vocês e até amanhã.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

FLORESTA


Nascido como subúrbio, o Bairro Floresta é hoje um dos principais bairros da Zona Leste de Belo Horizonte. Acolheu os operários que trabalharam na construção da então nova capital mineira. Várias histórias sugerem a origem do nome do bairro; uns dizem que um antigo Hotel Floresta teria motivado o nome, enquanto uma outra versão diz que o nome está ligado à paisagem verde que se avistava, olhando a partir do Centro. A região abrigou ilustres personalidades, como o poeta Carlos Drummond de Andrade, Pedro Aleixo, Negrão de Lima; e até o compositor carioca Noel Rosa, que veio passar uma temporada em Belo Horizonte em busca da cura da tuberculose que o afetava, já que o clima da cidade era considerado um dos melhores do país. Outro compositor, Rômulo Paes, cantou o bairro em versos: Minha vida é esta, subir Bahia, descer Floresta. Nos dias de hoje, o Floresta é um bairro moderno, e possui infra-estrutura completa, com shoppings, bancos, hotéis, supermercados, restaurantes variados, além de abrigar as primeiras lojas de duas conhecidas redes de doces e tortas da cidade: a Lalka e a Confeitaria Momo, respectivamente.

Tenham uma ótima noite!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

TURMAS DO CURSO DE FOTOGRAFIA DO ESTÚDIO METRÓPOLE


Hoje a foto do dia é sobre um tema diferente. Não quis mostrar as ruas da cidade, nem seus belos panoramas, como costumo fazer. Venho compartilhar com vocês uma foto dos nossos alunos do Curso Completo de Fotografia, pelo quais eu e minha esposa, Lígia Tôrres, estamos muito orgulhosos. Galerinha dinâmica e muito enveredada com as aulas e com os colegas. Nosso curso contempla as mais diversas áreas da fotografia; e visa estimular no aluno um olhar próprio e distinto, aguçando nele cada vez mais a vontade de possuir um estilo singular no seu trabalho. Nas turmas que já formamos, percebemos esse avanço, sendo que a grande maioria dos nossos pupilos saíram do curso como verdadeiros artistas! Todos vocês estão de parabéns... e nós do estúdio, completamente satisfeitos.

Para maiores informações, acessem: www.estudiometropole.com

Abraços a todos!

domingo, 20 de outubro de 2013

A CASA VERDE DE TATZU NICHI


Eis que, dirigindo sobre o Elevado Leste, indo para a Av. Antônio Carlos, fui pego de surpresa por uma casinha em cima de uma chaminé que avistei em meio à perturbação urbana típica do Centro de Belo Horizonte. Incomum e intrigante, a obra intitulada “A Correnteza de Modernização” foi concebida pelo artista japonês Tatzu Nishi e faz parte do projeto BHÁsia, movimento artístico que levou instalações gigantescas aos locais emblemáticos da metrópole mineira, criadas por artistas asiáticos renomados: os chineses Zhang Huan e Jennifer Wen Ma; o indiano Subodh Gupta e o japonês Tatzu Nishi. Eles conceberam para o evento, respectivamente, uma ilha artificial, um barco gigante, uma urna ancestral e a pequena casa verde em cima de uma chaminé que vemos na foto acima. Claro que não podia deixar de registrar tal singularidade. Eu e minha esposa mudamos rapidamente nossa rota e fomos à Praça Boca do Túnel (da qual se tem uma vista privilegiada para a região onde está instalada a peça artística) para produzirmos a fotografia. Durante a semana vamos tentar visitar as outras instalações. Aguardem novidades!

Tenham uma excelente semana!

sábado, 19 de outubro de 2013

METAMORFOSE ANALÓGICA


Como eu disse ontem, hoje é dia de mais uma fotografia resultante de experiência analógica. Fiz a foto acima usando uma Canon AE-1 de 1976 em conjunto com uma lente 55mm f/1.2 de 1964, retratando parte da Praça Raul Soares. Costumo dizer que grandeza de um lugar não é representada apenas por sua imponência ou por sua história. É também simbolizada pela capacidade que o local tem de se reerguer quando parecer não haver mais esperanças para ele. A famosa Praça Raul Soares, marco zero de Belo Horizonte, é um exemplo dessa metamorfose. Em outrora, foi tomada por sujeira, mendigos e histórias pra lá de assustadoras. Antes de sua recente reforma, ninguém arriscava cruzar a praça, onde hoje o verde e a vivacidade tomam conta. A Raul Soares possui traçado em estilo francês e desenhos de motivos indígenas, formados pelas belas pedras portuguesas em seu calçamento. Já foi palco de grandes revoluções, passeatas; deu origem a um grande bairro; acomodou simbólicos eventos e diversos festivais. Hoje, madura, ela se reserva a ser apenas um local de descanso e desfrute do cidadão que por ali vive ou trabalha. Possui música erudita como som ambiente, em auto-falantes espalhados pela região. Sua fonte central acompanha a música conforme sua intensidade se discrepa. Nada mais sublime, no coração da mais verticalizada região da metrópole.

Boa noite!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

FRIO ANALÓGICO


Mais um experimento analógico, desta vez usando um filme colorido ISO 100, filme o qual não costumo usar. Mas gostei do resultado; a ausência de ruído deu um aspecto limpo e nítido na imagem. Gostei também da tonalidade de cores que este filme proporcionou, combinando muito bem com o clima frio e fechado que vem tomando a atmosfera de Belo Horizonte nas últimas semanas. Amanhã tem mais ensaios analógicos!

Abraços e bom fim de semana.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

OESTE


Localizada em ponto estratégico, a Zona Oeste de Belo Horizonte é uma das maiores reginais da metrópole. Faz divisa com Contagem, e por conta disso, recebe grande parte do fluxo de caminhões que saem carregados das indústrias do referido município, rumo ao Anel Rodoviário, e por sua vez, ao resto do Brasil. O distrito conta com uma população de quase 300 mil habitantes e está em processo de expansão e exploração imobiliária. A região conta também com a sede de um dos maiores e mais importantes centros de educação tecnológica do país, o CEFET - MG; além de outras instituições de notório destaque, como o Parque de Exposições da Gameleira, a sede da centenária Orquestra Carlos Gomes e o Centro de Feiras e Exposições Expominas. A Zona Oeste acomoda um dos bairros que mais crescem no Brasil atualmente, o Buritis (bairro destaque na capa deste blog), o qual já foi considerado o segundo maior canteiro de obras do mundo até o final da década passada, depois da cidade de Pequim.

Tenham uma excelente noite!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A SOCIEDADE DO ANEL II


Uma das mais perigosas avenidas urbanas do Brasil, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi projetado para ser uma via expressa de ligação entre as principais rodovias federais que cortam a cidade. Em seus quase 30 quilômetros de extensão habitam milhares de famílias carentes, oriundas de diversas partes do país que vieram à BH em busca de novas oportunidades. Foram aglomerando-se às margens da via e proliferando-se em favelas conforme as necessidades surgiam. Com o crescimento da metrópole, a massa urbana "engoliu" o Anel, o transformando em uma avenida comum da cidade, mas extremamente perigosa, devido ao seu traçado sinuoso e diferentes números de faixas de rolamento no trajeto. Por se tratar de uma via expressa, ou seja, sem semáforos ou interrupções, o transito por lá é sempre muito intenso, com habitantes da Grande BH dividindo as pistas com carretas carregadas, vindo ou saindo da cidade, fato que expõe as famílias que moram na região à um perigo ainda maior. Por ser de jurisprudência federal, nem a Prefeitura nem o Governo do Estado tomaram uma atitude, no tocante à transferência das pessoas à um local mais seguro. A esperança é que o projeto feito pelo Governo Federal de reforma do Anel saia do papel o mais breve possível. A promessa garantia que a obra ficaria pronta antes da Copa do Mundo. Mas como promessa de político no Brasil é tão sólida quanto mel, vamos aguardar as cenas do próximo capítulo.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AO SOM DE CLARA NUNES


Situado na Região Nordeste de Belo Horizonte, no miolo entre as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, o Renascença é um bairro de classe média alta, tipicamente residencial e tradicional. As origens do bairro Renascença se devem à instalação da Fábrica de Tecidos Renascença, inaugurada em 1936. Na época, o bairro se chamava Vila Renascença, e era destinado à acomodação dos operários da fábrica. Seria uma indústria comum, se não fosse pelo fato de já ter tido como funcionária uma das maiores e mais icônicas cantoras brasileiras: Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, mais conhecida pelo codinome Clara Nunes. Ela trabalhou como tecelã, tempos antes de ser conhecida em todo país por sua encantadora voz. Foi na própria fábrica que ela esboçou as primeiras apresentações, deixando os colegas trabalhadores boquiabertos com tamanha técnica e astúcia. Por conta disso, tempos depois nomearam uma das principais avenidas do bairro com o nome de Avenida Clara Nunes.

Boa noite pessoal!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

BBC MINEIRO


Tomando a ideia do ABC Paulista, zona com a maior concentração de indústrias da Região Metropolitana de São Paulo, conseguimos visualizar algo semelhante aqui na grande BH: o BBC Mineiro, no caso, a Regional do Barreiro, além dos municípios de Betim e Contagem, região que contabiliza mais de 1,3 milhão de habitantes, ou seja, 1/4 de toda a metrópole mineira. Eles são 100% conurbados com BH, e é graças a eles que nossa Região Metropolitana de Belo Horizonte é o segundo maior polo industrial do Brasil. Nessa região se concentra mais de duas mil indústrias, sendo a maioria delas metalúrgicas e de transformação. Claro, assim como na grande metrópole paulista, outros municípios beneficiam a atividade fabril da região, como Ibirité, Vespasiano e Pedro Leopoldo, além da própria capital, mas fica a cargo do BBC Mineiro a maior porcentagem de indústrias de toda a massa urbana, e também de todo o estado.

Tenham uma ótima noite!

domingo, 13 de outubro de 2013

METROPOLIS LOUNGE


Ele evoca nos ouvintes a sensação do sublime, do intenso. Ele irradia dissonantes e multiculturalidades, emanando a sensação do fogo que arde sem se ver, da ferida que dói e não se sente. Nobre por natureza, noturno por opção e cosmopolita por vocação, ele ignora cerimônias, cintilando e perpetuando a sentença selvagem e elegante dos ouvintes. Com notas improvisadas numa plataforma polirrítmica e síncopa, esse é o lounge, um estilo musical nascido no jazz, mas recentemente emancipado, graças à sua identidade própria, consistente, sólida e irreverente. Tem um pouco de soul, de funk e de bossa. Estilo de ritmos variados e acordes audaciosos. Ora é pão de queijo com café, ora vinho e canapé, mas não dispensa a boa companhia. 

Até amanhã!

sábado, 12 de outubro de 2013

SILVEIRA


Situado na Região Nordeste de Belo Horizonte, o Bairro Silveira é um bairro nobre, bastante valorizado graças ao fato de ser cortado por movimentadas avenidas, como a Cristiano Machado e José Cândido da Silveira. Faz divisa com o nobre e badalado Bairro Cidade Nova, fato que ajudou o bairro a crescer e se desenvolver. Desde 2005 o bairro vem apresentando diversos residenciais de alto padrão graças ao crescimento da região, além da construção de diversos empreendimentos hoteleiros de alto luxo no perímetro das avenidas que o circundam. O bairro possui centenas de restaurantes de bom padrão, casas de fast food, drogarias, supermercados, além de pequenos shoppings. A região acomoda também um parque bastante aconchegante e charmoso, o Parque Municipal Orlando da Silveira (foto), o qual possui ótimos mirantes para boa parte do lado nordeste da metrópole. 

Boa noite e até amanhã!
DIA DAS CRIANÇAS


Parabéns a todas as crianças do planeta, de todas as cores, idades, etnias, crenças e descrenças. Uma homenagem do BH - Uma Foto Por Dia à criança que existe dentro de você, hoje e sempre.

Meu forte abraço!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

VIA ELEVADA CASTELO BRANCO


Contando com 1.2km de extensão, a Via Elevada Castelo Branco é um dos principais elevados de acesso ao Centro de Belo Horizonte para quem vem da região noroeste da cidade. Ele liga a Avenida Pedro II, no Carlos Prates, à Avenida Bias Fortes, já na Zona Central da cidade. Foi construído no final da década de 60 e faz parte do Complexo Viário da Lagoinha, que é um dos mais ousados projetos de estrutura viária da capital mineira. São mais de dez viadutos e três túneis, totalizando quase 8km de vias elevadas, que ligam o Centro às grandes avenidas que rumam ao norte, leste e oeste da metrópole.

Tenham uma excelente noite!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

BELVEDERE ONE


O Belvedere é um dos mais valorizados bairros de Belo Horizonte e figura entre os mais caros do Brasil. O bairro cresceu ao redor do primeiro shopping da cidade, o BH Shopping, o qual foi inaugurado em 1979. Sinônimo de luxo e magnificência, a região conta com apartamentos que podem ultrapassar os 26 mil reais o metro quadrado, além de comércio forte e diversificado, com restaurantes, bares, shoppings, edifícios empresariais e centenas de lojas de rua. Fica a aproximadamente dez quilômetros do Centro e é uma das zonas mais elevadas da metrópole, acomodando-se em uma altitude de aproximadamente 1.200 metros acima do nível mar. A partir do bairro tem-se uma vista espetacular de BH.

Tenham uma ótima noite!
FRIO NA PRIMAVERA


Eis que o frio chega, pegando de surpresa os belo-horizontinos desavisados, principalmente por se tratar de uma época do ano cujo clima padrão é o calor. Tardes temperadas, com máximas de 17 graus, se entrepõem às manhãs e noites com mínimas de 10 ou 11 graus. Condições climáticas que nos deixam mais introspectivos, e ao mesmo tempo, aconchegados em nossos casacos, paralelizam-se com as belíssimas nuances celestes. Cores quentes tomam nossas cabeças em matizes rajadas alucinantes.

Tenham um ótimo início de primavera!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

CONTINGENTE VIL NA CHAPA DE FILME ILFORD 3200


Quem diariamente acompanha o BH - UMA FOTO POR DIA sabe que sou fascinado por experiências que envolvem câmeras analógicas e, consequentemente, fotografia de filme. Já, inclusive, postei aqui no blog várias fotos que produzi com película. Bom, o meu último experimento foi com um filme da marca Ilford, modelo Delta ISO 3200. Pra quem não sabe, o ISO é a sensibilidade de superfícies fotossensíveis utilizadas na fotografia. Quanto mais alto o ISO, maior a absorção de luz ao filme. Em termos práticos, quanto maior o ISO, maior a facilidade de se fotografar em situações com pouquíssima luz, dispensando o uso de flash, como é o caso da fotografia que fiz acima. O problema é que, quanto maior o ISO, pior é a qualidade da imagem produzida, gerando uma imagem granulada e com pouca definição. ISOs altos em câmeras digitais profissionais, nos dias de hoje, são quase imperceptíveis, mas em filmes eles se mostram constantes. Ainda que muitos abominem, esse grão, se bem utilizado, pode proporcionar uma estética interessante à imagem, especialmente se considerarmos a nova atmosfera de baixa iluminação que estaremos abordando.

Tenham uma ótima noite!  

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

IGREJINHA DA PAMPULHA


Toda grande cidade possui seu símbolo maior. Um signo, uma marca que indica e nos faz situar ao local onde estamos. E, claro, BH não foge a regra, fazendo escola nesse quesito. Muitos acreditam que o principal emblema de Belo Horizonte é o obelisco da Praça Sete, no hipercentro nervoso da metrópole, mas foi a Igreja de São Francisco de Assis, popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha, que projetou a cidade internacionalmente. Tanto a cidade, quanto o arquiteto da obra, Oscar Niemeyer, já que foi graças ao Complexo Arquitetônico da Pampulha (onde a igreja está inserida) que ele se consolidou como um dos principais arquitetos modernistas que já se teve notícia. A pequena igrejinha é considerada a obra-prima do conjunto, pois foi no projeto dela que Oscar Niemeyer faz os primeiros experimentos em concreto armado. Mas Niemeyer não foi o único que alavancou a carreira a partir desse projeto. Outros grandes artistas de renome, como Cândido Portinari, Burle Marx, Alfredo Ceschiatti e Paulo Werneck tiveram seus nomes projetados em todo o planeta depois da conclusão da obra. O interior e fachada exterior da igreja abriga painéis de Portinari, considerados uma de suas obras mais significativas; no exterior também encontramos um painel  abstrato de Werneck; os jardins são assinados por Burle Marx e Ceschiatti esculpiu os baixos-relevos em bronze do batistério. Uma verdadeira obra de arte projetada e produzida em conjunto por idealizadores das mais alta classe artística brasileira. Niemeyer considerava o edifício um de seus mais expressivos e relevantes desenhos, sendo ele fruto de inspiração para novos projetos até nos dias atuais, antes do seu falecimento. Não é atoa que o arquiteto costumava chamar a Pampulha, carinhosamente, de mãe de Brasília.

Uma excelente noite à todos!

domingo, 6 de outubro de 2013

A CIDADE E A SERRA


É interessante a visão que temos do mundo quando estamos no topo. Não, não estou falando de situação social ou disposição hierárquica. Me refiro ao topo físico mesmo... tetos, terraços, mirantes e elevados andares de um edifício. Aqui em BH nós possuímos uma certa vantagem nesse quesito, pois, além dos inúmeros miradouros que hão na metrópole, proporcionados pela topografia acidentada, a cidade possui uma densidade absurda de prédios altos. Nesses locais, temos uma vista privilegiada dos arredores, a qual nos favorece um macro-panorama do nosso desalinhado e corruptível sistema. Do cume de um edifício avistamos avenidas rasgando a cidade com faixas de rolamento sendo desobedecidas... hippies na porta de uma igreja vendendo badulaques artesanais... um engravatado perdendo o que lhe restou de juízo por conta de uma discussão ao telefone... um vendedor de chips de uma operadora de celular se cansar de ficar em pé e sentar-se ao meio fio... um velho jogando damas com outro velho e uma multidão saindo de um curso de pré-vestibular, ignorando-os... motoristas fechando o cruzamento e obstruindo a passagem de outros motoristas... um palhaço no sinal pedindo esmolas... um rapaz dividindo um copo de café com a companheira... uma garota de cabelos roxos passeando com seu cão... um homem de chapéu panamá parado em uma esquina observando a rua... um cadeirante levando caixas em uma espécie de reboque acoplado em sua cadeira de rodas... enfim, vemos do topo o que estamos acostumados a ver ao nível da rua. O curioso é que, além de fitar nosso cotidiano, no topo observamos também os topos. Sim, o alto inabitado das nossas colmeias. Conhecemos as ruas, fachadas e interiores, mas não conhecemos os terraços. Ganharíamos espaço se soubéssemos aproveitar nossos terraços com espaços de lazer ao ar livre. No Centro de Belo Horizonte, os edifícios novos fruem a posse de plataformas de heliponto ou terraços inclinados para a acomodação de placas de energia solar. Mas os antigos possuem coberturas vazias! Espaços que poderiam se tornar praças suspensas; largos de desfrute panorâmico. Além das belas vistas, ganharíamos espaço nas ruas e calçadas. Poderíamos ter passarelas suspensas entre as edificações para facilitar os acessos. Tudo à um custo ínfimo, que poderia ser reavido com a exploração comercial desses lugares, com cafés, restaurantes, lanchonetes... comércios que só ajudariam a enriquecer o apelo recreativo dos terraços. Bom, eu sei que é uma visão utópica, vide nossas autoridades engessadas e nada criativas... mas não custa sonhar! Afinal, já é domingo a noite e eu estou indo pra cama.

Boa noite à todos!
PLURALISTA


Modernista, contemporânea, barroca, manuelina, brutalista, neoclássica, eclética, art-déco, industrial, gótica, neocontemporânea, clássica...

Belo Horizonte possui uma mescla de estilos arquitetônicos que definem o caráter pluralista e cosmopolita da metrópole. A urbe se destaca no cenário internacional com seu acervo arquitetônico que remete os principais estilos dos séculos XIX e XX. Ao andarmos pela cidade, especialmente pela sua Região Central, percebemos nitidamente os estilos se fundindo por entre quadras e quarteirões com uma perfeita plasticidade e volubilidade. Tal fato talvez queira nos transmitir o espírito flexível e mutável do cidadão mineiro; a forma como ele se renova conforme o tempo dita as regras. A terceira maior cidade do país se mostra por si só um curso de arquitetura ao ar livre... e seus habitantes, uma aula de delicadeza, caráter e hospitalidade.

Uma boa noite pra vocês e tenham um excelente domingo!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

GUTIERREZ


O Gutierrez é um bairro nobre e está localizado na Zona Oeste de Belo Horizonte. Fica a menos de cinco quilômetros do Centro da cidade, possui comércio forte e agitado, com restaurantes, bares, shoppings e agências bancárias; dentre outros serviços. Está localizado em posição estratégica, entre duas regionais (Oeste e Sul) e é circundado por três grandes avenidas: Contorno, Amazonas e Raja Gabáglia. Apesar do perfil residencial, a alta valorização do bairro faz com que algumas casas cedessem espaço gradativamente à escritórios de pequenas empresas, além de empreendimentos residenciais de alto padrão.

Tenham um ótimo fim de semana!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

FASHION POINT


O Barro Preto é um dos principais bairros da Zona Central de Belo Horizonte. Ele pode ser considerado como uma extensão do próprio Centro, acomodando alguns edifícios empresariais, comerciais e residenciais, além de hotéis e milhares de lojas especializadas em moda. Estrategicamente ele é vizinho do bairro Prado, um dos bairros com maior concentração de confecções e escritórios de estilistas do Brasil. O Barro Preto foi colonizado por imigrantes italianos - e talvez por conta disso acomoda a sede do Cruzeiro Esporte Clube, time de origem italiana cujo primeiro nome foi Palestra Itália. Apesar da tradição futebolística, o que se destaca mesmo no bairro é o pólo de moda que abriga, o que faz dele a região predileta das mulheres belo-horizontinas.

Tenham uma ótima tarde!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

AGLOMERADO DA SERRA


Contando com cerca de 50 mil habitantes, o Aglomerado da Serra é a segunda maior favela da metrópole mineira, se situando na divisa entre as zonas Leste e Sul de Belo Horizonte. Apesar de ser considerada uma favela pacífica, não são raros os casos de traficantes e líderes de gangues conhecidas encontrados na região. Icônico, o aglomerado é um dos mais antigos da cidade; e abriga importantes núcleos artísticos e culturais, além de uma das maiores rádios independentes do Brasil, a Rádio Favela, a qual já rendeu um longa-metragem sobre sua história.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

PALÁCIO DA LIBERDADE


Inaugurado em 1897, o Palácio da Liberdade, que fica em frente à praça homônima, foi durante muitos anos a sede do governo de Minas Gerais. Com um traçado neoclássico, o palácio mescla estilos arquitetônicos que vão desde o eclético ao mourisco; e conta, em seu interior, com painéis que retratam a Revolução Francesa; lustres e cristais da Boêmia; um piano de cauda da Bechstein; escadarias fabricadas na Bélgica e fundidas na Alemanha; móveis da Letônia; além da inconfundível decoração ao estilo Luís XV. Os jardins eram prolongamentos da própria Praça da Liberdade, porém, sem as grades que hoje cercam o palácio. A estrutura do prédio é constituída por três pavimentos que serviram de moradia aos governadores e suas famílias, além de abrigar o escritório de despachos. Teve como hóspedes os ilustres ex-governadores e ex-presidentes da República Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. Atualmente não serve mais de sede ao Governo de MG nem de moradia aos governantes, já que os mesmos ficam a cargo do Palácio dos Mangabeiras, na Zona Sul, e do Palácio Tiradentes, na Zona Norte, respectivamente. Apesar disso, o local hoje serve de recepção às autoridades que visitam Belo Horizonte, sendo realizados no interior do palácio, almoços e jantares de boas-vindas.

Tenham uma excelente noite!