quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A SOCIEDADE DO ANEL II


Uma das mais perigosas avenidas urbanas do Brasil, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi projetado para ser uma via expressa de ligação entre as principais rodovias federais que cortam a cidade. Em seus quase 30 quilômetros de extensão habitam milhares de famílias carentes, oriundas de diversas partes do país que vieram à BH em busca de novas oportunidades. Foram aglomerando-se às margens da via e proliferando-se em favelas conforme as necessidades surgiam. Com o crescimento da metrópole, a massa urbana "engoliu" o Anel, o transformando em uma avenida comum da cidade, mas extremamente perigosa, devido ao seu traçado sinuoso e diferentes números de faixas de rolamento no trajeto. Por se tratar de uma via expressa, ou seja, sem semáforos ou interrupções, o transito por lá é sempre muito intenso, com habitantes da Grande BH dividindo as pistas com carretas carregadas, vindo ou saindo da cidade, fato que expõe as famílias que moram na região à um perigo ainda maior. Por ser de jurisprudência federal, nem a Prefeitura nem o Governo do Estado tomaram uma atitude, no tocante à transferência das pessoas à um local mais seguro. A esperança é que o projeto feito pelo Governo Federal de reforma do Anel saia do papel o mais breve possível. A promessa garantia que a obra ficaria pronta antes da Copa do Mundo. Mas como promessa de político no Brasil é tão sólida quanto mel, vamos aguardar as cenas do próximo capítulo.

Tenham uma ótima noite!

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