quinta-feira, 31 de março de 2016

DESCONSTRUTIVISMO NACIONAL


E nosso imenso pau-brasil segue ardendo em chamas. Os animais da floresta estão divididos, o leão está acuado, a gestão da selva está engessada, o pomar não dá frutos e as bananas seguem despencando em queda livre. Os porcos acusam os rinocerontes pela sujeira da mata, as moscas parasitas querem um lugar ao sol e ao trono. Os gatos selvagens lutam em prol do rei, as aves bicudas batalham por sua queda. Os animais descobriram um festival de subornos nunca antes exposto na floresta antes, escancarando a baixa qualidade da moral silvestre. Mas não faz mal... hoje é dia de Chester vs Coiote na Grande Arena da Mata. O pau-brasil não é meu mesmo, eles que são trouxas que se entendam.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

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SUBVERSÃO VISUAL


Um ângulo, duas verdades, três ambientes, quatro pessoas, cinco assentos, seis janelas, sete pensamentos, oito pernas, nove metros por segundo, dez-encadeando o instante único, efêmero e surreal para uma fotografia do reflexo de minha janela sentado ao metrô em direção ao Centro de Belo Horizonte.

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quarta-feira, 30 de março de 2016

MOIRAS


Política, religião, sexualidade, carreira, medos, hobbys, partidos, vontades, imagem, posição social, estabilidade, viagens, carros, compras, opiniões, sucesso... questões que circundam o indivíduo e definem sua personalidade, centralizando-o como ser humano pensador e ponderando sua função como célula dentro de uma sociedade. A magia acontece quando algo tem mais força na roda dos desejos, desestabilizando o círculo de força centrípeta e instigando cada um de nós a consumir e desbravar aquilo que tem vontade de sair pela tangente. Não basta ter hobbys, não basta torcer pra um time, não basta ser gay, petista, heterossexual ou peessedebista. Cada um de nós precisa buscar aquilo que nos leva ao nirvana pessoal, à realização máxima. Aquilo que nos tira o sono e nos faz verdadeiramente únicos no mundo.

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RUMORES SUBCONSCIENTES


A metrópole, na agitada quarta vespertina: um complexo labirinto organico-geométrico que esconde os mais intrínsecos pensamentos ideológicos sobre nossa existência. Trabalhamos em escritórios, em indústrias, em salas de aulas, nos guetos e apertos. Almoço, janta, televisão, sexo, filho, viagem, chefe, crise, congestionamento, promoção, arroz e feijão. Até que uma maçã virtual cai em nossas cabeças com o "porquê" martelando a cuca. Eis que se manifesta a fadiga. E é graças à exaustão de uma vida automatizada que surge a autoconsciência. A partir de então, nossa vida se inicia de fato. Escutemos mais nossos anseios e sejamos mais nossas ambições.

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terça-feira, 29 de março de 2016

MAR?


Serração! Rara em Belo Horizonte, a serração dá as caras na cidade apenas uma ou duas vezes ao ano. Mas quando ela aparece, muda completamente o panorama, cobrindo boa parte da metrópole e transformando as áreas mais baixas em verdadeiros oceanos de nuvens. Um espetáculo da natureza que pode ser apreciado nas áreas altas da cidade, como a Avenida Raja Gabáglia, onde fiz essa fotografia há quatro anos atrás.

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segunda-feira, 28 de março de 2016

LOOK AT ALL THE LONELY PEOPLE!


Ah, olhe todas as pessoas solitárias! Todas as pessoas solitárias… de onde todas vêm? De onde pertencem?

Adaptado de Eleanor Rigby | Beatles

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TEMPO


O tempo passa e eu continuo perdendo tempo tentando escrever sobre o tempo.

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domingo, 27 de março de 2016

RUAS DE BELO HORIZONTE


Quem faz uma fotografia abre uma janela mostrando uma porção do mundo onde se está inserido para pessoas inseridas em outras porções. Expõe um fragmento de uma realidade distinta e comove o expectador com o instante de uma história; uma cena que jamais se repetirá.

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sábado, 26 de março de 2016

LUAR DA MADRUGADA


Apenas... sintam a madrugada! O ar fresco, o anil atmosférico, o descanso, o brilho das estrelas, o luar. Uma noite linda como essa e todas as outras só me faz acreditar no que sempre creio: boas coisas nos esperam amanhã.

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FONE DE OUVIDO


Um portal de conexão aos mais longínquos universos.

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sexta-feira, 25 de março de 2016

BABYLÔNIA


Aprenda a ver o mundo por ângulos diferentes. A forma como somos criados influencia no desabrochar de nossas vidas e pode sugestionar profundamente no jeito como enxergamos as coisas e nossos conceitos. Nosso ponto de partida é a educação, porém, manter a curiosidade como nos tempos de criança, questionar e revelar nossas próprias filosofias são opções impagáveis para transformar nossas convicções em ideais singulares. Não se convença com o que lhe ensinam na TV. Descubramos novos ângulos, novos olhares, novas ideias. Vamos ampliar os horizontes! A vida é muito mais do que imaginamos.

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quinta-feira, 24 de março de 2016

CIDADE ABASTECIMENTO


A Grande BH possui uma central de abastecimento do setor de hortifrutigranjeiros que é uma enorme cidade a serviço do produtor rural: o CEASA - MG. Os Ceasa's surgiram na década de 1960 a fim de eliminar o estrangulamento do sistema de abastecimento no país. É lá que é feita a distribuição e comercialização atacadista de produtos agrícolas; concentrando e facilitando as negociações em um único lugar. Minas Gerais possui 6 Ceasa's, mas o da Grande BH é o maior deles; e o segundo maior do país. O lugar é gigantesco e por lá passam cerca de 70 mil pessoas por dia, em média. Conta com dezenas de pavilhões de exposições e lojas, 8 agências bancárias, centros de pesquisas científicas, bombeiros, agências de polícia, centros de saúde, dentre outros. Uma verdadeira cidade, destinada ao produtor mineiro e ao consumidor atacadista da metrópole mineira.

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quarta-feira, 23 de março de 2016

LUAR DA METRÓPOLE


Dentre uma finíssima e refrescante chuva, o luar majestosamente deu as caras. Um espetáculo que durou apenas 2 minutos, até desaparecer novamente em meio a espessas nuvens.


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terça-feira, 22 de março de 2016

O CAFÉ DO METRÔ


Amanhã é quarta-feira! Meiozinho da semana. As produções, os projetos, e ânimos estão a todo vapor, assim como o cheiroso café da Estação de Metrô Eldorado. Tal fato me enche de alegria e esperança por essa semana notável e inspiradora. Para estrear o dia, recomendo degustar os quitutes desse magnífico café, que fica na própria plataforma de embarque. O pão de queijo também é bem vindo! Nada melhor que um café aromático para iniciar uma viagem ferroviária até o Centro de Belo Horizonte.

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domingo, 20 de março de 2016

RUÍNAS URBANAS


Calabouços citadinos invisíveis, vísceras metropolitanas desregradas.

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sábado, 19 de março de 2016

ELDORADO


Estupenda bola de luz sobre a tez do Eldorado.

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BOM DIA, BELO HORIZONTE!


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sexta-feira, 18 de março de 2016

CONHEÇA, FAÇA PARTE, SEJA O MEIO!


Atos falhos, contratos talhos, falcatruas muras, excessos ludibriastes. Thoreau dizia, há dois longevos séculos, que homens aprenderiam que a política não se ocupa apenas do que é oportuno. No Brasil do século XXI parece retrocedermos tal pensamento. Nada mais vil que o escárnio praticado na comunicação, exibidos no prelo jornalístico e nos pixels das salas de estar. A governança precisa administrar uma mutação para que a nação não entre em colapso. Criaram raposas e coelhos. Sábio era Nietsche, que dizia que políticos dividiam a humanidade em duas classes; instrumentos e inimigos. E, de fato, cada sujeito que conheço é um instrumento e também um inimigo. Estudem história e comprovem: vivemos um eterno dia da marmota.

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quinta-feira, 17 de março de 2016

ARTE E OFÍCIO


O majestoso Museu de Artes e Ofícios é um dos principais centros culturais do Centro de Belo Horizonte. Ele funciona praticamente no mesmo prédio da Estação Central de Trem e Metrô, às margens da grande Via Leste-Oeste, que liga dois extremos cardeais da metrópole. O lugar é um espaço cultural que abriga e difunde um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios no Brasil, preservando objetos, instrumentos e utensílios de trabalho do período pré-industrial brasileiro. Interessantíssima é a perspectiva que temos do segundo anexo do museu, que fica depois de um túnel, ao lado da linha 1 do metrô. Enquanto apreciamos as obras, contemplamos o vai-e-vem dos trens do lado de fora: uma experiência singular.

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quarta-feira, 16 de março de 2016

GARE DU NOIR


Toda grande cidade possui sua estação principal de trens e metrô. Paris possui sua Gare du Nord; Nova Iorque tem a Grand Central Station; Londres a Estação de King's Cross; São Paulo a famosa Estação da Luz; e BH não fica atrás. A Estação Central de Belo Horizonte é o principal terminal de trem e de metrô da urbe. Além do metropolitano, a estação recebe diariamente os passageiros da Estrada de Ferro Vitória-Minas, a qual acomoda uma linha que vai ao Espírito Santo, passando (e parando) por diversos municípios mineiros. É lá que é feita toda a gestão da baldeação dos trens de carga que entram e saem da metrópole. Está localizada no Centro, em frente à uma dos maiores complexos viários de BH, a Via Leste-Oeste, e próxima ao Complexo da Lagoinha. A área externa da estação sedia grandes eventos culturais; show nacionais e internacionais e manifestações diversas. O prédio principal virou um museu, e é um marco arquitetônico da cidade, sendo uma das primeiras e principais construções da época da inauguração de Belo Horizonte.

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segunda-feira, 14 de março de 2016

O CÉU DE AGORINHA


E a vida segue surpreendendo.

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domingo, 13 de março de 2016

21 DE ABRIL


Tudo emoldura-se num lapso!

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TESTEMUNHA DO TEMPO


Belo Horizonte e seus aspectos expressivos e insinuantes.

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sábado, 12 de março de 2016

FENDA


Cânion formado por edifícios na Praça Sete, no quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro, no coração do Hipercentro de BH. Lugar onde cúmplices da história de Belo Horizonte hoje jogam damas e xadrez, saudosos por uma época que não tem mais volta.

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sexta-feira, 11 de março de 2016

SÍMBOLOS


A fotografia de rua é uma extraordinária forma de arte realista. Ela nos possibilita conhecer e mostrar o mundo urbano usando expressões e geometrias singulares, que fogem do que estamos acostumados a ver, mesmo fotografando a vida real e o cotidiano, nos dando a oportunidade de explorarmos o espaço urbano em que convivemos e suas milhares de óticas, versões, cores, utopias, formas e fatos. Estudamos a cidade em sua condição de massa imóvel, da mesma forma que avaliamos sua movimentação frenética para conseguirmos melhores instantes fotográficos. O ponto categórico da foto-urbe se dá na dimensão em que se encontra uma massa urbana e suas infinitas possibilidades, sem nos deixarmos cair na tentação do lugar-comum.

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quinta-feira, 10 de março de 2016

PRÓLOGO


Quinta-feira, nove da noite… dia corriqueiro na marginal ferroviária que corta o downtown belo-horizontino. Vou de metrô, e ouço diálogos constantes que paralelizam o som ambiente e infiltram-se por entre meus ouvidos conforme o diálogo encefálico se cala. Dentro de um trem metropolitano, ficamos mais dispostos à meditação do ser humano, devido à calmaria do trajeto e ausência de paisagens contempláveis. A solitude apresentada nos preserva a capacidade de questionamento interno, conforme a lucidez litigiosa do cidadão. Em tempos de ausência criativa, sacamos um bom livro para lermos, ou nos contentamos com a companhia musical de nossos players, o que não exclui o debate interior. Todos sentimos remorso e razão. Todos sentimos afeto e aversão. Todos culpamos e pecamos, independente de ideologias, predicados. Esse é o homem e a mulher demasiadamente humanos, criadores de religiões e paganismos. Inventores do dinheiro e da miséria. Produtores de armas e cenouras. Cultivadores de famílias, paridores de órfãos. Esses somos nós, irreverentemente adoradores pelo próprio umbigo. Filósofos de metrôs e filas de banco... até instalarmos o Angry Birds.

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quarta-feira, 9 de março de 2016

ENSAIO SOBRE O AMANHÃ


Belo Horizonte... uma grande metrópole brasileira, capital de um dos estados mais belos e carismáticos do Brasil, machucada pelos episódios políticos e econômicos que vem assolando o país de forma agressiva e devastadora. Obstáculos que nos impedem de ir mais longe; desbravar as fronteiras do desconhecido, bater nos portais do futuro. Estamos paralisados em função de algumas dúzias de senhores feudais que comandam a Cidade Administrativa, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Beagá, cidade que tem apreço pelo amanhã, que anseia o desfrute dos tempos vindouros, porém, imobilizada   como um cão de corrida galgo preso a uma coleira amarrada no poste. Mas eu penso que nossa cidade é muito maior que isso. Maior que que atos de corrupção e as pesadas doses de incompetência que regem os governantes. Belo Horizonte e toda sua extensa região metropolitana, terceira maior metrópole do Brasil, segundo maior polo industrial, terceiro maior centro financeiro e cultural da nação, vai passar por cima disso tudo e se transformar em muito breve. Se transformar em uma capital digna, sóbria e ainda mais surpreendente. Uma megalópole do futuro, sem corrupção, sem sujeira. Uma cidade que abolirá as diferenças sociais, que retirará dos dicionários as palavras racismo, preconceito e desigualdade. Uma urbe magnânima e poderosa, autossustentável, com veículos e edifícios ecológicos, consumindo energia limpa e renovável. Um lugar onde todos serão tratados de forma honrosa, independente do sexo, cor, orientação ou opinião. Uma cidade onde as praças, as ruas e o transporte público favorecerão sempre a eficiência e a inclusão. Uma metrópole que promoverá o desenvolvimento da ciência, das artes e da filosofia, sem a enganação barata que algumas igrejas promovem nos dias de hoje. Belo Horizonte se erguerá dessa sujeira política e renascerá como uma fênix, olhando para frente, para o futuro, e se destacará no Olimpo das grandes capitais do planeta. Eu creio em BH, e por isso, batalho para fazer um futuro melhor; pra mim, pra você e para todos os brasileiros. Eu não lamento. Eu trabalho!

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segunda-feira, 7 de março de 2016

BAIXO CENTRO


Selva de concreto aparente, zunidos infinitos, barulhos constantes, promoções intermináveis, motores, trens, helicópteros, motocicletas, sapateados, burburinhos vocais, espirros da época, apitos corretivos, zangados, amáveis, freadas, construções, marteladas, alarmes, sirenes, o patrão enlouqueceu e a oferta é exclusiva! Citadinos do Baixo Centro belo-horizontino em seu habitat mais envolvente. Gostem ou não gostem, isso é BH em seu elixir popular. Faz a metrópole ser pluricultural e rítmica. És bela, és forte, impávido colosso mineiro.

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domingo, 6 de março de 2016

LARGO DA ESTAÇÃO


Um dos poucos espaços abertos sem interceptações que temos em local público de Belo Horizonte, numa fração de tempo entre uma chuva e outra.

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sábado, 5 de março de 2016

SEXTA-FEIRA 2


O tolo manifesta no Facebook
O esperto manifesta nas ruas da cidade
O sábio trabalha por um Brasil melhor.

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SEXTA-FEIRA


Em um dia extremamente agitado em Belo Horizonte, dentre manifestações políticas e trânsito impraticável, nada melhor que as chuvas para acalmar os ânimos dos cidadãos.

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quinta-feira, 3 de março de 2016

FELICIDADE


Almejada por muitos, alcançada por poucos, a felicidade é uma dádiva da vida, atrevidamente representada pelo bem estar franco e despretensioso. Costumamos ficar alegres momentaneamente por situações ápices em nossa existência, como a compra de um bem novo, o aumento de salário ou o sabor de um brigadeiro. Mas a felicidade não é um verbo efêmero. Ser feliz envolve um sentimento de difícil compreensão, já que os que não são felizes estão sempre em busca da alegria material. Ou acham que a felicidade está no outro, o que é pior, já que comprar algo para saciar as tristezas é fácil; difícil é encontrar uma pessoa compatível para se relacionar e buscar a felicidade nela. Tristes são as pessoas que pregam felicidade nas músicas que escutam, nos falsos sorrisos, nas atitudes mesquinhas, mas não sabem apreciar a doçura de um alvorecer ou a singeleza dos animais. Tristes são as pessoas que não sabem acordar de bem com a vida e não conseguem sentir prazer nem no doce sabor do café da manhã. O fato é que a felicidade não envolve bens, salários, doces ou pessoas. A felicidade nada mais é do que o simples prazer em estar vivo. Ser feliz é desfrutar o hoje, independente do que pode vir a acontecer amanhã. Ser feliz é ver beleza até nos mais simples acontecimentos da vida, sem se preocupar com vicissitudes cotidianas. Ser feliz é ter um enorme apreço pelo presente. Ser feliz é amar o seu trabalho e gostar mais da trajetória do que dos resultados. Ser feliz é se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa e construir um castelo ao lado dela, sem despejar suas frustrações como se ela fosse a resolução dos seus problemas. Ser feliz é acreditar que o paraíso é o próprio meio ambiente em que vivemos, que o céu que tanto almejamos nós já alcançamos, e se chama Planeta Terra.

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quarta-feira, 2 de março de 2016

CARPE DIEM


Ver o pôr do sol é bom... mas melhor ainda é ver o pôr do sol de BH, o mais lindo do Brasil.

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terça-feira, 1 de março de 2016

TRIBUNA SOCIAL


As senzalas estão enormes e cada vez mais inchadas. O meu gueto é uma lenda; só existe nos fatos, nos retratos, nas notícias e gazetas. Entre paus, pedras, tijolos, rebocos e bostas de pombos, nos erguemos em constantes tombos. Tiros são ruídos costumeiros aos ouvidos dos engaiolados; as balas passam tão rápidas que ajudam a refrescar em dias quentes. Um morto na esquina se mistura ao lixo; amanhece com a boca cheia de formiga; ninguém vê, ninguém viu, ninguém quer saber. O morto é um indigente: não estudou, vagabundou, foda-se. Já na Casa Grande o morto é celebridade. Manchete! Culpa da polícia. Da Dilma. Da crise. O morto na rua é um escândalo. E você, bacana, foge de sua rua recolhido na proteção do vidro fumê. Eu amo a rua! Ela é minha sala de estar. A aristocracia flutua pela urbe em rápidas gotas metálicas, desprezando minha casa como se a mesma não existisse. O que não sabem é que seus filhos escutam músicas criadas em minhas quebradas. As minorias sociais urram poesias nos fones de ouvido dos cidadãos, do metrô ao ofurô. Problema meu? Problema seu, dos seus filhos, falta solução para o seu futuro. Periferia é onde fica seu sítio, marginal é a via que cola nas tangentes de vias expressas. Minha quiçaça está no âmago da metrópole, na serra escancarada da vista de sua varanda. Aliás, minha vista é melhor que a sua. Na verdade, a terra não me pertence; eu apenas ocupo por falta de espaço na colmeia. Você pode até achar que não venci porque não quis, que a oportunidade existe pra todos. Não! Brother meu ganhou prêmio de matemática e está vendendo coxinha na padaria ao pé do morro. Coxinha! Não senhor, minha favela não é apenas um problema. Minhas favela não é seu quintal de serviçais. Minha favela é um retrato social. O retrato musical e artístico. O retrato da expressão do proletariado baixo. O avesso inverso desrevestido do Brasil.

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