quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ATOS, FATOS E CONTRATOS



A noite adentra os becos, ilumina os guetos e clareia os tetos da metrópole apática de gente empática. Cidade luz, cidade treva, setembro chove na mente parva, que anda nas infinitas highways travadas no rush. Labuta engrenada, hora de pico no ócio, jantar de negócio, passeio no feriado, caço no aço do passadiço, fio que desengrena a treliça fundada ao poste, trem da carga vencida que volta ao posto fabril, me sinto liberto na praça cultural, o Vesúvio por lá é manso como roça, o papa que pôs seu pseudônimo aos pés da praça, a venda é antiga mas dizem ser esbelta, renasce no bairro-tecido a voz da musa, colégio de crente, lagoa pequena, o fim pode ser bom segundo o logradouro, catequizaram o pobre do Eustáquio, dizem que neva no riacho a noroeste metropolitano, o barro volta rolar no de cima e no de baixo, foto que fora um fato na hora da foto, alguém pintou a linha de verde e a faixa de azul, ainda bem que deixaram a tinta vermelha no Rio, antes era marrom e agora Eldorado, moça que sobe a serra e tropeça na pedra. Milhares de atos, fatos e contratos. Esquinas? Mais de um milhão.

- Charles Tôrres

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