quinta-feira, 15 de outubro de 2015

13%


Super comum nas capitais do Centro-Oeste e principalmente em Brasília, onde morei por dez anos, a baixa humidade relativa do ar é um indicador sobre a relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura. E, nos últimos dias, o percentual baixou drasticamente em Belo Horizonte, fato que está assustando os moradores. Não que BH seja uma capital de clima húmido, como nas cidades litorâneas, mas o clima por aqui já foi considerado um dos melhores do país, atraindo pessoas de todos os estados para tratamento de doenças respiratórias. Não era seco demais nem úmido demais. Não era frio demais nem quente demais. Era ideal! Em tempos de baixa humidade raramente o percentual ficava abaixo dos 40%; e 30% já era considerando alarmante. A temperatura média anual ficava na casa dos 20º. Pois bem, hoje os tempos são outros. Acabo de saber que ontem fez 13% de humidade relativa do ar na cidade, um nível considerado crítico para a saúde dos cidadãos. Em Brasília isso era relativamente comum. Cheguei a pegar 7% lá. Mas aqui em BH 13% é um nível assustadoramente alarmante e revelador. No Deserto do Saara, por exemplo, costuma fazer entre 15 e 20% de humidade relativa do ar nos tempos mais secos. Soma-se a isso um calor insuportável, que está chegando na casa dos 34º no meio da tarde, e tem-se um clima desagradável, insuportável e desestimulante, gerando dores de cabeça e náuseas nos cidadãos. Esperamos que chova nos próximos dias.

- Charles Tôrres

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