PERSONAGEM DA SEMANA: O CALDEIRA DO CAFÉ
Para comemorar o início do ano e a volta da série "Personagens", eu e minha esposa fomos proferir uma das especialidades mineiras: tomar café comendo pão de queijo! E para tanto, recorremos ao tradicionalíssimo Café Nice, no Centro de Belo Horizonte, para degustar um delicioso café coado na hora e bater um papo com um dos proprietários do estabelecimento, o empresário Renato Moura Caldeira. Morador do bairro Floresta, o homem nasceu e cresceu na capital mineira; e junto com seus nove irmãos, viu a casa cafeeira fazer parte da história da cidade como nenhum outro local. Fundado em 1939, o Café Nice foi palco de discursos políticos e encontros que definiram o destino dos candidatos. Caldeira conta que em 1998 ele ofereceu um cafezinho ao Lula, então candidato à presidência do país. Como costumam fazer os pretendentes ao leito temporário no Palácio da Alvorada, Lula havia acabado de chegar de uma caminhada, a qual partia da Praça da Liberdade e terminava na Praça Sete. Cansado e acalorado, Lula recusou o café e pediu um suco de laranja. E o resultado das eleições naquele ano foi a derrota de Lula para Fernando Henrique Cardoso. Já em 2002 o ex-metalúrgico não exitou em aceitar o cafezinho... e todos já sabemos o resultado. Não deve ser atoa que o nome "Nice" significa "deusa da vitória" em grego. Superstições à parte, a casa continua funcionando em pleno vapor, como convém à uma autêntica cafeteira. Renato trabalha ali há 38 anos; e divide com seu irmão, Tadeu de Moura Caldeira, a administração do local. Ele conta que o lugar não apenas faz parte de sua vida, como é a sua própria vida, já que ele se dedica à loja desde os 17 anos de idade. Hoje, com 55, diz que já viu um pouco de tudo acontecer aos pés da loja; de afamadas campanhas políticas à protestos violentos, como os que ocorreram na época da privatização da Usiminas e a greve de pedreiros; dentre outros fatos. Mas é a fiel clientela que faz a o entusiasmo de Caldeira. São fregueses que frequentam o café diariamente, vindos de diversas regiões da cidade. Ele abre a casa inclusive aos domingos, para não contrariar o ritual tradicional diário dos seus leais clientes. Afinal, quem recusa um bom cafezinho, torrado, moído e coado na hora?
Tenham um ótima noite!
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Café com pão de queijo! ♥
ResponderExcluirE a deliciosa companhia de minha esposa! =]
ExcluirO meu avô que faleceu em Bsb com 103 anos frequentou muito esta casa de café, e eu também fui, ou seja esta casa faz parte da História de BH. Aproveito e desejo ao dono do Blog um Próspero e Feliz Ano Novo, cheio de realizações.
ResponderExcluirE um ícone este café mas, ele se projetou mesmo foi após o fechamento do café Pérola, onde hoje funciona o Mc Donalds (houve até campanha para que não se frequentasse o Mc em protesto contra o fechamento). Meu avô foi proprietário da banca de revistas em frente o Nice, isto nos anos 50! Nos anos 90, ao frequentar um curso no centro, tomei um cafezinho alí várias vezes mas, hoje, prefiro um espresso bem encorpado. Charles, parabéns pelo registro e que 2013 te traga muitas alegrias.
ResponderExcluirFernando, queira me desculpar, mas você é mal informado, o Café Nice é o mais antigo de BH, o também tradicional Café Pérola que você menciona, veio bem depois do Nice! Quando seu avô chegou à Praça Sete o Café Nice já estava lá há muito tempo! Tenho idade para ser seu avô e lembro bem dos políticos que frequentavam o Nice tais como Magalhães Pinto, Juscelino Kubsticheck, Rondon Pacheco, Maurício Campos, Francelino Pereira e muita gente mais que fez história nessa cidade!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirValeu, Camila!!
ExcluirQue!!!!!! saudaaaaades daquele cafezinho gostoso ... pena que estou longe agora.
ResponderExcluirÉ um ótimo café! Tomo um gole por lá quase todos os dias! Não mora mais em BH?
ExcluirInfelizmente não moro mais.
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