sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PESSIMISMO


Imensa Belo Horizonte... terra amada que sofre... sofre com uma administração precária, uma política cada vez mais tosca, um sistema corrupto que persiste. São notícias e mais notícias indigestas. Já não dá mais pra ser otimista.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

COMPLEMENTAR


- Charles Tôrres

terça-feira, 27 de outubro de 2015

FÉRTIL


Uma luz acesa que revela um inquieto cidadão no meio da madrugada. Estado de vigília, insônia. Planos a criar, uma cidade a desvendar, mistérios a apurar, problemas a resolver. O sobretudo escuro camuflará o agente noir e seu chapéu fedora marrom conhaque nas ruas cínicas do baixo downtown chuvoso. Quanto mais tempo de cintilância, melhor será o arranjo esquemático. Pobres gangues dos galpões abandonados da Andradas; não estimam o terror que será quando o Sr. Luz Acesa os descobrir. Quem será o nobre por detrás daquele basculante? Quais serão suas façanhas noturnas? Devo segui-lo com minha 56mm f/1.2 japonesa? Porém, do nada, a luz se apaga, esvairando a fértil imaginação fotógrafo. Era apenas xixi.

- Charles Tôrres.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VOYAGE DE NUIT


A noite belo-horizontina na segunda-feira é mais silenciosa. É mais pão de queijo que pimenta. Mais Floresta que Santa Tereza. Mais caldo de mandioca que feijoada. Mais café que cachaça. Mais Netflix que Belas Artes. Mais Woody Allen que Tarantino. Mais Tom Jobim que Sade. Mais lounge que jazz. Mais pantalona que jardineira. Mas não deixa de ser elegante e charmosa, com esguiez e discrição, no aquecimento para se esbanjar numa promissora semana.

- Charles Tôrres

domingo, 25 de outubro de 2015

COROA


A clássica cidade de Ouro Preto e suas charmosas ruas diagonais. A mãe de Belo Horizonte segue inteirona, sendo uma das mais interessantes paradas turísticas da América Latina.

- Charles Tôrres

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

JÚBILO PARA DEPRESSÃO


Deprimido? Não, você não está deprimido. Você está distraído! Está alheio às coisas que lhe rodeiam, às belezas da vida e da natureza, à diversidade humana e à beleza do mundo. Está perturbado com coisas pequenas, insignificantes. Seu calcanhar de Aquiles são suas viseiras. Por mais patológica que seja tal condição, o melhor remédio está ao seu alcance e é mais fácil de encontrar que água... se chama LEVEZA. Levar uma vida mais leve, despretensiosa. Amar o sol, sentir o ar e agradecer ao planeta por te acolher tão bem e lhe dar todos os subsídios para lhe manter vivo de forma plena e sã. Basta você escolher seu caminho e trilhá-lo. A depressão nada mais é que a vida dos que estão dentro da caverna de Platão. É só espiar o que você tem à sua volta e perceber o quão precário é a prisão psicológica que você mesmo construiu para você. Um único golpe é capaz de libertar-lhe por toda a sua vida. Não mais que QUERER torna-se sua única cura. Poupe-se de você mesmo.

Texto e foto > Charles Tôrres
Louco pulador > Lucas Santos

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUENTE!


E os recordes de temperatura não para de ser quebrados na Grande Belo Horizonte. Hoje novamente a ocorrência ultrapassou todos os limites registrados anteriormente, chegando a 37,7°C na capital. Um desastre ecológico-climático para a cidade e seus habitantes, que sempre estiveram acostumados com máximas de, no máximo, 28°C na primavera e no verão. Não dá mais vontade de sair do ar condicionado do carro, das agências bancárias, ou do escritório da esposa. Isso sem contar a secura, que hoje ficou na casa dos 20% de umidade relativa do ar. Nem mesmo a chuvinha recuada que caiu no final da tarde refrescou os ânimos. Será que bateremos outro recorde esse ano?


- Charles Tôrres

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CAPOEIRISTAS


Roda de capoeira na vizinha Ouro Preto, mãe de Belo Horizonte e antiga capital de Minas Gerais.

- Charles Tôrres

sábado, 17 de outubro de 2015

SEM FIRULA


A beleza da fotografia está no olhar simples e mundano, no quadro inocente e acessível. A magia da fotografia não está na pirotecnia barata; e sim na supremacia do olhar do fotógrafo.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

13%


Super comum nas capitais do Centro-Oeste e principalmente em Brasília, onde morei por dez anos, a baixa humidade relativa do ar é um indicador sobre a relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura. E, nos últimos dias, o percentual baixou drasticamente em Belo Horizonte, fato que está assustando os moradores. Não que BH seja uma capital de clima húmido, como nas cidades litorâneas, mas o clima por aqui já foi considerado um dos melhores do país, atraindo pessoas de todos os estados para tratamento de doenças respiratórias. Não era seco demais nem úmido demais. Não era frio demais nem quente demais. Era ideal! Em tempos de baixa humidade raramente o percentual ficava abaixo dos 40%; e 30% já era considerando alarmante. A temperatura média anual ficava na casa dos 20º. Pois bem, hoje os tempos são outros. Acabo de saber que ontem fez 13% de humidade relativa do ar na cidade, um nível considerado crítico para a saúde dos cidadãos. Em Brasília isso era relativamente comum. Cheguei a pegar 7% lá. Mas aqui em BH 13% é um nível assustadoramente alarmante e revelador. No Deserto do Saara, por exemplo, costuma fazer entre 15 e 20% de humidade relativa do ar nos tempos mais secos. Soma-se a isso um calor insuportável, que está chegando na casa dos 34º no meio da tarde, e tem-se um clima desagradável, insuportável e desestimulante, gerando dores de cabeça e náuseas nos cidadãos. Esperamos que chova nos próximos dias.

- Charles Tôrres

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CRÔNICA DO MINEIRO




Repostando um texto que escrevi há tempos atrás:

Que mineiro é desconfiado, ninguém duvida. Mineiro desconfia se o pão de queijo assou por dentro; se o bujão de gás foi comprado cheio; se o motorista vai parar no sinal fechado; desconfia da esmola farta e da recompensa enxuta; desconfia da vizinha; do chefe; da empregada; do açougueiro; do turista; do fotógrafo de rua; do maquinista do metrô; do político Joaquim e da santa do pau oco. Mineiro é tão desconfiado que tem semblante hostil mesmo sendo um poço de delicadeza. Crocante por fora, macio por dentro. Nacionalmente idolatrado por sua maestria em acolher bem, possui uma dificuldade enorme em abrir seu coração de primeira. Por outro lado, após aberto, é amigo pro resto da vida, daqueles que podemos contar pro que der e vier. Trabalhador por natureza, o próprio gentílico denuncia: mineiro é competente em tudo o que faz. Belo Horizonte é uma terra formada por essa gente... gente com fé na tábua e suor na enxada. Gente que soube transformar uma cidade de vários milhões de habitantes em um lugar aconchegante e maravilhoso de se viver. Metrópole do café, do queijo, da boa prosa e dos grandes amigos. Cidade das artes, da cultura singular e dos grandes movimentos. Terra de gigantes pela própria natureza.

- Charles Tôrres

terça-feira, 13 de outubro de 2015

CAOS


Caos climático, secura, calor, queimadas, sangue no nariz e ardência nos olhos são situações que presenciei nos dez anos que morei em Brasília; acreditando jamais passar por algo semelhante em BH. Ledo engano. O clima mudou drasticamente de seis anos pra cá. A secura e o calor extremo, antes raros na cidade, agora fazem parte do cotidiano da população, até mesmo no inverno. As elevadas temperaturas persistem já faz cerca de um mês na Grande BH, causando estragos no entorno natural, nos parques e na saúde da população. As queimadas já atingem regiões muito próximas aos bairros, deixando os moradores em estado de alerta. Segundo especialistas, a semana continuará quente e seca, havendo probabilidade de chuvas somente no próximo domingo. Até lá, devemos beber muita água, consumir alimentos leves e tomar banhos mornos para não ressecar a pele.

- Charles Tôrres
BOA TARDE


Que a tarde de todos os belo-horizontinos seja maravilhosa e recheada de boas expectativas!

- Charles Tôrres

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

MUSA DO FOTÓGRAFO


E hoje a homenagem vai para a grande musa do fotógrafo do BH - Uma Foto Por Dia; a linda fotógrafa e artista plástica Lígia Tôrres, apreciando um maravilhoso pôr do sol na belíssima e única paisagem belo-horizontina.

- Charles Tôrres

sábado, 10 de outubro de 2015

LOUCA ABÓBODA CELESTE


Os tons irradiantes de um feriado quente em Belo Horizonte definem a atmosfera e tingem nosso juízo troposférico com cores impressionistas impressionantes.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

JANELAS


Quem faz uma fotografia abre uma janela mostrando uma porção do mundo onde se está inserido para pessoas inseridas em outras porções. Expõe um fragmento de uma realidade distinta e comove o expectador com o instante de uma história; uma cena que jamais se repetirá.

- Charles Tôrres

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

AMENO


E BH amanhece com um clima fresco e gostoso, além de um céu maravilhosamente azul.

- Charles Tôrres

terça-feira, 6 de outubro de 2015

BY NIGHT


As luzes e cores da Região Central de BH City.

- Charles Tôrres

domingo, 4 de outubro de 2015

LUZES DA PRAÇA


O lindíssimo e iluminado entorno da Praça da Liberdade na efervescente noite de hoje.

- Charles Tôrres

sábado, 3 de outubro de 2015

UMA ORAÇÃO À MÃE NATUREZA


Oremos: CÉU NOSSO

Céu nosso que estás nos sobre nossas cabeças, maravilhosas sejam suas nuvens. Venha a nós a fresca chuva. Seja feita a nossa vontade, assim no Centro como em Venda Nova. O sol nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai os nossos carbonos, assim como nós perdoamos os relâmpagos caídos. E não nos deixai entrar num furacão, mas livrai-nos do calor.
Amém.

- Charles Tôrres

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

LUAR DA MADRUGADA


A lua vermelha é um fenômeno muito bacana, fato. Mas nada seduz mais que o luar cheio, branco e misterioso, especialmente no fim da madrugada. Eu possuo um certo fascínio pela noite. Não o período onde os cidadãos chegam em casa para ver o Jornal Nacional, momento o qual ainda há um burburinho na cidade e nas redes sociais. Me refiro à madrugada... o momento que antecede a aurora celeste; especialmente aquelas noites onde estamos sob o testemunho do luar. Depois que a maioria dos cidadãos adormece, tudo fica mais sereno e os inquietos põe-se a criar. É impressionante olhar pela janela e ver uma cidade com vários milhões de habitantes em plena calmaria, equilibradamente acesa, porém fria. A madrugada é contemplativa, inspira a criatividade, a filosofia e o bate-papo. Ela me remete ao jazz tocado pela dupla piano & saxofone, no volume mínimo do rádio, apenas para uma delicada ambientação. Café para acompanhar um filme policial no corujão ou um vinho francês Baron D'arignac para seduzir as partidas de canastra com a esposa. O safra ruim também é bem vindo, como já dizia Gadú. A noite é uma criança... ou faz uma criança! Foi pra lá da madrugada que os grandes ritmos fizeram nome, que os poetas criaram os versos que alteraram os rumos da literatura. Na década de 50, surgiu um movimento artístico-musical nos Estados Unidos denominado JAM Session, que significa "jazz after midnight session", ou sessão de jazz depois da meia-noite, pois a maior parte destas sessões acontecem bem tarde, quando o público pagante de determinada apresentação de jazz já havia se retirado. Os músicos permaneciam no local (que costumava ser um bar, um pub ou um café) e punham-se a improvisar freneticamente, ousando e criando escalas que mudaram o rumo da história da música no planeta. Não há dúvidas que após a meia noite nós ficamos mais propícios à criação. Nos tornamos mais observadores e mais compenetrados em nossos afazeres. Mesmo que tal ocupação seja apenas uma apreciação do céu. Quem ainda não experimentou, fica a dica!

- Charles Tôrres

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ATOS, FATOS E CONTRATOS



A noite adentra os becos, ilumina os guetos e clareia os tetos da metrópole apática de gente empática. Cidade luz, cidade treva, setembro chove na mente parva, que anda nas infinitas highways travadas no rush. Labuta engrenada, hora de pico no ócio, jantar de negócio, passeio no feriado, caço no aço do passadiço, fio que desengrena a treliça fundada ao poste, trem da carga vencida que volta ao posto fabril, me sinto liberto na praça cultural, o Vesúvio por lá é manso como roça, o papa que pôs seu pseudônimo aos pés da praça, a venda é antiga mas dizem ser esbelta, renasce no bairro-tecido a voz da musa, colégio de crente, lagoa pequena, o fim pode ser bom segundo o logradouro, catequizaram o pobre do Eustáquio, dizem que neva no riacho a noroeste metropolitano, o barro volta rolar no de cima e no de baixo, foto que fora um fato na hora da foto, alguém pintou a linha de verde e a faixa de azul, ainda bem que deixaram a tinta vermelha no Rio, antes era marrom e agora Eldorado, moça que sobe a serra e tropeça na pedra. Milhares de atos, fatos e contratos. Esquinas? Mais de um milhão.

- Charles Tôrres