terça-feira, 29 de dezembro de 2015

RETO SOBRE LINHAS TORTAS


Centro forte e rasgado, o metrô passa ao seu lado
Centro quadra e quadrado, sei de cor e salteado
Centro verticalizado, imponente e bagunçado

Centro grande e cobiçado, viaduto reforçado
Centro frio requentado, sujo e maltratado
Centro desmoralizado, rico e embaraçado

Centro lar enferrujado, torto e rabiscado
Centro multifacetado, bonito e arrojado
Centro proletariado, pobre recalcado

Centro hipérbole e humilde
Centro metrópole e luz

Centro paixão, cultura e arte
Centrão por toda parte!

© Charles Tôrres

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

GEOMETRIA CENTRAL


Inspirada no urbanismo parisiense e washingtoniano, a área planejada de Belo Horizonte possui traçado geométrico, com ruas paralelas e perpendiculares que formam um imenso tabuleiro de xadrez; e avenidas diagonais, as quais cortam as quadras ao meio, criando quarteirões triangulares por onde passam. Contando com apenas 8.815.382 m², a área planejada da cidade ultrapassou seus limites idealizados ainda no início do século passado, possuindo hoje uma área urbana que conta com cerca de 900km² em toda a metrópole, aproximadamente. Ou seja, em pouco mais de 90 anos, a cidade ultrapassou em mais de cem vezes o tamanho do seu raio preconcebido. E ainda sim não deixou de ser uma cidade geométrica, pois mesmo com uma expansão desenfreada, houve uma preocupação maior em manter a linearidade e a organização dos novos loteamentos que iam, aos poucos, se transformando em bairros. Há quem diga que BH é uma cidade desorganizada. Eu discordo. Com exceção dos aglomerados, BH é uma cidade com urbanismo preceituado em quase todas as situações. Claro que, com relevo acidentado em praticamente todo o território, não é sempre que os bairros conseguiam manter uma organização simétrica. Algumas regiões, como o São Bento, o Tupi, o Buritis, o Santa Lúcia, o Betânia, o Mangabeiras e outras centenas de localidades, possuem ruas e avenidas que acompanham o traçado dos morros e montanhas. E isso não é ruim. Faz parte do charme da grande urbe das Minas Gerais.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 27 de dezembro de 2015

GRANDIOSO HORIZONTE


Tarde lindíssima em BH nesse exato momento!

- Charles Tôrres

sábado, 26 de dezembro de 2015

FAUVISTA


Apesar do calor intenso que os belo-horizontinos têm vivido nos últimos dias - com máximas batendo recordes atrás de recordes, junto com pancadas de chuvas isoladas - a intensa variação climática é acompanhada de uma das mais belas representações abstrato-artísticas que a natureza nos oferece diariamente: o céu. Muitos consideram um céu bonito aquele que não possui nuvem alguma, com azul intenso, sol, e apenas isso. Eu já fico encantado quando o céu nos presenteia belas formações de nuvens, carregadas ou não, compondo o visual com o tradicional azul atmosférico. O céu define a paisagem de nossa cidade e modifica as perspectivas conforme os dias avançam em direção às novas estações. O céu dita as regras do cromo da atmosfera, em sintonia com a intensidade do fulgor e o desenho das nuvens. Particularmente, desde menino eu sou apaixonado por essa imensa abóbada celeste que nos envolve e, ao mesmo tempo, nos faz livres para nos lançarmos ao ar, até onde a troposfera nos permite... ou não. Desde a antiguidade, o céu intriga o ser humano. Já almejamos as nuvens; e conquistamos. Já almejamos a lua terrestre; conquistamos. Já almejamos colocar nossos brinquedinhos eletrônicos no espaço; e lá se vão eles... um acaba de pousar em Marte, a fim de buscar um traço da humilde e ingênua existência terrestre no planeta vermelho. Cheios de questionamentos, o homem procura nos céus as respostas para suas questões. O espaço está sempre em movimento, as nuvens e os astros rodopiam; enquanto nós estamos enraizados junto às plantas e outros animais. Digo 'outros animais' pois as vezes nos esquecemos que não passamos de um, com um cérebro potencializado. Somos inteligentes, criamos nossas cidades, avançamos contra a vontade da natureza, usamos e esgotamos todas as fontes e recursos, buscando chegar à algum lugar que ninguém sabe onde. Enquanto isso, o céu nos observa, sóbrio, de forma parecer estar nos velando. Numa troca de 'olhares', nos damos conta da pequeneza humana; e da grandeza majestosa do universo. O céu por si só é o maior espetáculo que nós presenciaremos enquanto vivos. Só nos resta saber qual é a função disso tudo... se é que há uma função.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER


Já parou para pensar em tudo o que você podia ser ou fazer? E continua aí sentado com essa sua bunda ficando cada vez mais quadrada? Então, levante-se e viva! Faça 2016 valer a pena e ser um ano definitivo em sua vida. Vamos tomar fôlego para tocarmos adiante nossas apostas pessoais. A vida, como um todo (e não apenas os fins de semana e feriados), há de ser prazerosa. O trabalho pode se tornar tão aprazível quanto o lazer; e quando isso acontece, sua vida passa a fazer mais sentido. Lembrando que nunca é tarde para recomeçar e empreender por novos estímulos, mirar em novos alvos: redescobrirmos! Foco é a palavra de ordem. Que venham os novos desafios! Vamos alimentar expectativas por novos projetos e pela continuidade dos que já estão em pauta. O relógio não para e sua vida está com pressa. Descubra qual é seu propósito e faça acontecer. É o único jeito de viver uma vida plena - todos os dias! Lembre-se: sua existência é única. Lets go!

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

CIDADE LUZ


E eis que a cidade nos alimenta com panoramas espetaculares. Semiótica urbanas, constituindo a gigante metrópole mineira que absortamente se converte sob o bailar celeste intangível e ininterrupto. A noite aos poucos adentra a polis magnus et Pulchri Horizontis, deixando esplendentes tons violáceos nas retas de betão armado. Grandes são as metrópoles que amparam seus rebentos inteiramente, sem utopias de convivência e sintetismos de modo de proliferação. Grandes são as urbes que abreviam o contato entre a natureza e o progresso. Grande, a perder de vista, como nossa cidade... sem fins... e Confins.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

DESCENDO O MORRO


Serra que vira bairro, que cresce até transbordar o morro
Rio que vira avenida, mas na canção de Milton, é apenas poesia
Nuvem que desaba em água, para limpar o céu e nos mostrar a lua
Gente que vira máquina, que dobra a esquina com a força da palavra

Cidade que vira metrópole, registrada pelos topos com minha pinhole
Minas, estado diamante, terra fértil, nobre, de cultura rica, forte e brilhante
Brasil, impávido colosso, um país do futuro, que por ora passa por um grande apuro
Belo Horizonte, uma foto por dia, imagens do topo dos montes: a captura da melodia.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

domingo, 20 de dezembro de 2015

INFORMAÇÃO VERSUS CONTEMPLAÇÃO



Milhares de luzões, vidrado na luzinha.

© Charles Tôrres

sábado, 19 de dezembro de 2015

BOA TARDE


Uma tarde belíssima e inspiradora a todos os mineiros!

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

AFONSO PENA


Majestosa Avenida Afonso Pena, que sutilmente rasga ao meio a grande e interminável Região Central de Belo Horizonte. É uma das principais avenidas do Brasil, palco de grandes articulações políticas e financeiras que traçam os destinos da cidade e de todo o país. Seus 5 quilômetros de extensão se estendem de noroeste a sudeste, encontrando-se no trecho grande diversidade e riqueza arquitetônica em estilos de diferentes épocas. Larga, a via possui em alguns trechos mais de dez faixas de rolamento para veículos. A avenida forma um enorme cânion de aço e concreto, graças ao adensamento de edifícios, exceto na parte onde se encontra o suntuoso Parque Municipal Américo René Gianetti. É uma das vias mais democráticas da metrópole, ligando o coração comercial da urbe, na Praça Sete, ao coração empresarial e financeiro, na Savassi. Calcula-se que quase dois milhões de pessoas cruzem a Afonso Pena todos os dias.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

GRANDE METRÓPOLE DE MINAS GERAIS


Única e incomparável. Berço das lideranças políticas de maior relevância no Brasil, a Grande Belo Horizonte hoje se encontra entre as 40 maiores metrópoles do mundo,  terceira maior do país, contando atualmente com quase 6 milhões de habitantes em todo seu território urbano. Enérgica, cosmopolita, caótica e sublime; a cidade impressiona cada vez mais pela potência e excita um encanto inebriante. Capital das artes, BH possui hoje cerca de 110 espaços culturais num raio de 20km da Região Central, dentre eles, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade (o maior complexo cultural da América Latina). Temos também Inhotim, que atualmente é o maior museu de arte a céu aberto do mundo! Tanta cultura não merece ser apreciada de estômago vazio. Por isso, BH é também capital gastronômica, possuindo mais de 20 mil bares e restaurantes, o maior índice nacional - literalmente, a cozinha do Brasil. É impossível não se curvar diante de tamanha astúcia, seja qual for a origem do visitante. Ao se aproximar da infindável urbe, o cidadão logo fica chocado pelas dimensões: centenas de milhares de quilômetros de avenidas, cada vez mais largas, cada vez mais insuficientes; edifícios que parecem querer tocar os céus (já está em construção na cidade o maior do Brasil), indústrias dentre as mais poderosas do continente. O burburinho citadino se dá na forma do intrincado vai-e-vem de pessoas, carros, ônibus, caminhões, trens e demais elementos que circulam 24 horas por dia, estando presentes em tudo; nas baladas, nas farras, nos outrdoors, nos footings, nos trilhos, nas serras e nas cervejas geladas! Grande urbe dos incontáveis povos e sotaques. Complexa metrópole das intermináveis avenidas, dos emaranhados sabores, polo financeiro, potência nacional. Uma cidade magnânima; acomodada entre vales, com culturas e tradições que vão se moderando e alternando conforme vamos nos avançando em suas longínquas regiões. Como costumo dizer, Belo Horizonte pulsa e o mundo toma nota. E conforme o tempo avança, a cidade se transforma, afim de se destacar cada vez mais entre o olimpo das maiores metrópoles do planeta.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

BELO HORIZONTE


...e seus infindáveis horizontes...

- Charles Tôrres

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

PAMPULHA FITNESS


BH não tem praia. Mas tem a linda Pampulha, lugar que é sinônimo de descontração, entretenimento, baladas, prática de esportes e boa gastronomia. É na Pampulha que se encontram os maiores e melhores restaurantes de comida mineira da cidade, tais como o Xapuri e o Paladino. É lá que acontece a maior concentração de esportistas da cidade, todos os dias. Enquanto o Rio de Janeiro tem seu calçadão de Copacabana, nós temos o entorno da Lagoa da Pampulha, que conta com 19km de pista de cooper e 18km de ciclovias / ciclofaixas, que selam um gigantesco parque entranhado pelas avenidas da região. Um dos maiores e melhores complexos para prática de esportes do Brasil. Mas a maior atração que acontece na Pampulha todos os dias é o maravilhoso por-do-sol, que se subtancia por detrás das charmosas casas e ruas de vegetação frondosa da orla. Um espetáculo relaxante e revigorante. Na foto, minha digníssima esposa apreciando a paisagem enquanto faz um vôo raso com os pés a bordo de seus patins.

- Charles Tôrres

sábado, 12 de dezembro de 2015

LEIA CELTON!


E hoje, para o aniversário de Belo Horizonte, eu trago para vocês um grande personagem da cidade: Lacarmélio Alfeo de Araújo, que também atende pelo nome do principal personagem que criou, Celton. Conhecido por grande parte dos motoristas da cidade, Lacarmélio é um quadrinista de rua, e faz parte da mesma cena cultural que elegeu outros grandes cartunistas mineiros, como Henfil, Ziraldo, Zélio Alves Pinto, Fernando Pieruccetti, Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi, dentre muitos outros. Lacarmélio é um artista independente, pois toda a confecção da revista é feito por ele: do o roteiro ao acabamento; dos desenhos à diagramação; do marketing à divulgação. E este último ponto é o fato mais marcante de seu trabalho, pois Lacarmélio vende suas revistas na rua! É isso mesmo; ele procura pelos grandes engarrafamentos da cidade e vai de carro em carro vendendo suas revistas, sempre com uma roupa clara (muitas vezes, um terno amarelo ouro) e uma enorme placa amarela com uma breve chamada para a publicação vigente. As histórias sempre tem Belo Horizonte como palco principal, e muitas vezes o autor faz adaptações e releituras de mitologias e lendas urbanas conhecidas na capital mineira, como a Loura do Bonfim ou o Capeta do Vilarinho. Ele conta que escreve quadrinhos desde 1981, mas começou a vender revistas nas ruas de BH em 1998; e não parou mais. Lacarmélio é um exemplo de dedicação e perseverança, pois faz o que ama sem se preocupar com julgamentos, não desistiu, nadou contra a maré das publicações em quadrinhos, que são reféns de grandes editoras; e tem o merecido retorno financeiro. De 1998 pra cá, lançou 15 revistas e vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Reconhecido como o maior vendedor independente de quadrinhos do Brasil, é uma lenda urbana de Belo Horizonte, onde ganhou uma notoriedade que não para de crescer. Enquanto eu o entrevistava, recebíamos buzinadas e gritos de motoristas mexendo com Lacarmélio, chamando ele e dando tchauzinho. Me senti ao lado de uma estrela de Hollywood! Mas não deixa de ser; pois um futuro ainda mais promissor aguarda esse sujeito cheio de vida e vontade de vencer. Ele se inspira em BH pra fazer suas revistas... e BH se inspira nele, como pessoa, cidadão e profissional autônomo.

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

SEMANA DE ANIVERSÁRIO


E a poderosa Belo Horizonte, capital das alterosas, vai se aproximando do seu 118º aniversário mais bela do que nunca! Sim, eu sei... Belo Horizonte ainda tem muito a melhorar, assim como toda grande metrópole brasileira. Nosso metrô não atende a cidade toda, os engarrafamentos são quilométricos e constantes, a gestão pública é atrasada, o sistema de saúde é deficitário. Como dizem, não existe rosa sem espinhos, e BH não foge a regra. Mas, no contexto brasileiro, a grande metrópole mineira é referência em vários quesitos. Para começar, a Grande BH reina isoladamente em expansão populacional, econômica e financeira, sendo a metrópole brasileira que mais cresceu nos últimos seis anos, além de ocupar por mais de 50 anos o posto de terceira maior área urbana do país, terceiro maior polo comercial e empresarial, terceiro maior polo cultural e segundo maior polo industrial da nação. É sede de oito entre as cem maiores empresas brasileiras, ocupando também o terceiro lugar no ranking nacional desta classificação. São vários os adjetivos da cidade... moderna, dinâmica, acolhedora... aliás, esse último é uma das principais qualificações da urbe. Mesmo em uma massa urbana que acomoda quase 6 milhões de habitantes, o cidadão conseguiu preservar o mais carismático perfil acolhedor, incomum nos cidadãos de outras grandes cidades. BH é a cidade sorriso, pois são muitos os que recebemos todos os dias. E depois de amanhã, a maneirada estará em festa!

- Charles Tôrres

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A MELHOR CAPITAL DO BRASIL


Nada do que já não sabíamos, mas é sempre bom reforçar, para levantar a auto-estima dos belo-horizontinos. Pode parecer um tanto prepotente e bairrista o título, mas não é. Um levantamento realizado pela Delta Economics & Finance, maior e mais respeitada empresa brasileira de consultoria econômica e financeira, classificou Belo Horizonte como a melhor capital do Brasil, desbancando cidades que sempre foram referência em qualidade de vida, como Curitiba ou Vitória. E dentre todos os municípios do país (incluindo as não-capitais), ela fica em segundo lugar, ficando atrás apenas de Santos. A pesquisa avaliou  77 quesitos em mais de 5.500 municípios do país, como economia, bem-estar, saúde, educação, segurança, escolaridade; dentre outros. A seleção é baseada em dados coletados em diversas fontes, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IBGE, os ministérios das Comunicações, Fazenda, secretaria da Juventude, Conselho Nacional de Medicina e de Odontologia. A apreciação teve como objetivo mensurar o desenvolvimento socioeconômico das cidades brasileiras e seus habitantes, tendo como foco as condições de vida em cada uma delas. O fato é que todos nós sabemos que BH tem muito a melhorar. Estamos inseridos em uma metrópole com quase 6 milhões de habitantes, a terceira maior do Brasil, e não é fácil gerir a coisa toda, ainda mais com um histórico governamental sucateado como o brasileiro. Mas é bom termos ciência que, apesar de todos os problemas, Belo Horizonte não vive de maquiagens. Conheço as principais capitais brasileiras e sei o quanto são disfarçadas as suas mazelas. Sou belo-horizontino; e apesar de não ter vivido toda a minha vida aqui, conheço BH como ninguém e sei de todas as suas peculiaridades. Posso afirmar com veemência que a capital mineira é, de fato, a melhor capital do país. Somos referência cultural, polo tecnológico, segundo maior parque industrial do Brasil, terceiro maior polo financeiro e primeiro lugar em carisma e hospitalidade. Que continuemos avante e confiante para transformarmos essa metrópole cheia de potencial em uma referência mundial em todos os quesitos. 

© Charles Tôrres / BH - Uma Foto por Dia

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

NATAL NA PRAÇA DA LIBERDADE


E o natal vem chegando, juntamente com a esperança de um 2016 sensacional.

- Charles Tôrres


domingo, 6 de dezembro de 2015

ÁSIA


Congestionamentos gigantescos assustam Belo Horizonte diariamente. A metrópole mineira está cada vez mais com cara de megalópole asiática, dadas suas dimensões, caos  urbano e falta de planejamento em alguns locais. Na região metropolitana é ainda pior: engarrafamentos daqueles que dirigimos a 1km/h; ziguezagues oblíquos que dão um verdadeiro nó em nossas cabeças (e no GPS); planejamento urbano precário e desorganizado; endereços cada vez mais distantes; veículos cada vez mais rodados. Nosso pequeno metrô gradativamente vai ficando menor em relação à cidade. Isso sem contar na enorme presença de chineses em BH, especialmente na região do Baixo Centro e nos shoppings populares. São dezenas de olhos puxados imigrando todos os meses ao Brasil e dando preferência a cidades como BH ou Rio de Janeiro, dada a saturação do mercado em São Paulo, segundo Lam Chong, dono do restaurante chinês Macau, um dos mais tradicionais da Zona Sul da capital. Além disso, temos ainda a frequente frota de veículos de origem chinesa nas ruas, tais como Chana, Chery, Jac, Lifan, dentre outras. Só nos resta termos uma Chinatown, um bairro destinado a moradia e comércio dos chineses na cidade, como acontece em Nova Iorque. Sugiro a criação de algo do tipo na Lagoinha, que está vazia e pouco habitada. Acho que poderia se chamar ChinaUai... ou Chinaqueijo?

- Charles Tôrres

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

BAIXO CENTRO


Toda cidade esconde seus segredos, suas mazelas, delírios e confissões. As metrópoles possuem seus esgotos, abarrotados de restos históricos, alimentados de recessos. Esgotos imundos, cheios de bifurcações, que ora levam nossos excessos aos rios limpos e mares, ora levam à outros esgotos ainda mais sujos. Cruzamentos semelhantes aos das ruas ou avenidas, que contam com interseções que costumam me colocar em profunda reflexão. Ali, naquele ponto, você tem várias opções de caminho a seguir. Caminhos bons, caminhos ruins. Costumo pensar nas divergências que a vida nos impõe. No descrédito que temos com as nas bifurcações da vida. Costumamos já ter em mente qual percorrer... ou estar predestinados a seguir determinado percurso. Mas já parou pra pensar que, ali, você está num ponto o qual costuma ter três, quatro ou mais destinos distintos? Nunca se perguntou onde daria cada uma daquelas vias que ali se intersectam? A vida costuma nos pregar peças parecidas. Te coloca em situações em que você pode escolher pegar o caminho mais fácil e confortável, o qual você já está acostumado e sabe onde vai dar. Conhece cada centímetro daquilo ali. Parece bom... mas é fastio! O cidadão urbano moderno é criado para percorrer caminhos já exaustivamente seguidos pelos outros, como se aquilo ali fosse o sinônimo do sucesso. Raramente paramos num cruzamento para analisar onde cada um daqueles caminhos podem nos dar e quais surpresas nos esperam no final de cada percurso. Essas encruzilhadas ferem, instigam, deprimem e/ou excitam as almas mais inquietas. Na Região Central de Belo Horizonte todas as interceptações entre avenidas recebem o nome de praças. Praça da Savassi, Praça Sete, Praça Tiradentes, Praça do ABC, Praça da Bandeira, dentre muitas outras. Essas praças nada mais são que avenidas que se fundem, mesmo por um breve momento, para depois cada uma seguir novamente para onde foram predestinadas. Numa praça um cidadão faz uma pausa, senta-se, relaxa, reflete sobre sua vida para depois continuar seguindo. Poética a forma que a capital mineira distingue seus cruzamentos entre vias.

- Charles Tôrres

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

GOLDEN HOUR


A Pampulha desnuda-se ao cair do sol e joga-se ao fotógrafo, compactuando uma relação amorosa, tal qual um casal em seu mais íntimo momento.

- Charles Tôrres

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ESCREVA SUA PRÓPRIA MUSICA


- Charles Tôrres

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CIDADE MÁQUINA


A metrópole, na calada da noite: um complexo labirinto organico-geométrico que esconde os mais intrínsecos pensamentos ideológicos sobre nossa existência. Trabalhamos em escritórios, em indústrias, em salas de aulas, nos guetos e apertos. Almoço, janta, televisão, sexo, filho, viagem, chefe, crise, congestionamento, promoção, arroz e feijão. Até que acordamos na madrugada com o "porquê" martelando a cuca. Eis que se manifesta a fadiga. E é graças à exaustão de uma vida automatizada que surge a autoconsciência. A partir de então, nossa vida se inicia de fato. Escutemos mais nossos anseios e sejamos mais nossas ambições.

- Charles Tôrres

sábado, 28 de novembro de 2015

ARBORIZADA


Com cerca de uma árvore por habitante, Belo Horizonte é a segunda cidade mais arborizada do Brasil, perdendo o primeiro lugar para Goiânia. É notória a frondosa flora urbana da metrópole mineira; e por isso, ela carrega desde sua concepção o título "Cidade Jardim". Além disso, a cidade possui 70 parques apenas no município e cerca de 150 em toda a região metropolitana. Graças à essa característica, em outrora a cidade foi polo de tratamento de tuberculose e outras doenças respiratórias, por conta do clima  puro e ameno que a intensa arborização proporcionava. Nos dias de hoje a numerosa formação arbórea da urbe não inibe mais a poluição do progresso, e BH está entre as cidades com o ar mais prejudicado do país. BH é a segunda mais arborizada, mas é também a terceira mais motorizada, com cerca de dois veículos para cada três habitantes. E o índice não para de aumentar, já que as ruas de BH recebem cerca de 600 novos automóveis todos os dias. Ao mesmo tempo que é uma cidade jardim, é uma cidade asfalto, cidade concreto. Ao mesmo tempo que morde, assopra.
- Charles Tôrres

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

EFEITO BORBOLETA


Ser humano: uma eterna e caótica caixinha de surpresas. Agradáveis e desagradáveis.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ESTÚDIO ABERTO


A cidade é meu ateliê
O céu é minha tela
A rua é meu godê
A chuva, minha cela

- Charles Tôrres

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ÁPICE NO AGUACEIRO


Paz que me envolve na chuva que cai. A flor do frio toque da água sobre meus pulsos arrefece meu inquieto coração e põe-me a meditar sobre esse maravilhoso momento. A chuva é a recompensa da natureza pelos acalorados dias, pelos agitados períodos que vive nossa gente. Na rua, o piso molhado rebate as luzes da cidade, intensificando a luminosidade, tornando o objeto urbano mais vívido, mesmo sob o negrume noturno. Os cidadãos, acolhidos por suas umbelas molhadas, fecham-se em sua própria atmosfera e põem-se a  contemplar os próprios pensamentos. Flagrante oportuno para meu click!

- Charles Tôrres

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PROCESSO & CRIAÇÃO


A arte e a chuva... muitas horas de concepção, poucos minutos de apreciação.

- Charles Tôrres

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

RED GATE


O Baixo Centro de Belo Horizonte e suas entranhas escarlates, cavernas urbanas em tons aguçados no mais belo neon cintilante. O vermelho pincela a rua e os reflexos da chuva, transformando o panorama citadino em um take cinematográfico in real time. Jazz em forma de fotografia.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

METRÓPOLES NOTURNAS


Um rolé pela colmeia com mais de um milhão de esquinas. Ousadia na chuva que cai no Baixo Centro underground da urbe pujante. Vejo rostos marcados, bueiros quebrados, odores azedos. Vejo gente real, desembrulhada, sem disfarce. O enquadramento estruturado faz do clique uma grande aventura. Composição que dialoga no íntimo do fotógrafo. Cenas as quais nos fazem mergulhar no instante e quase nos esquecermos da câmera fotográfica. Temos que tomar cuidado, pois abre-se o sinal e lá se vai o frame. Passeio fotográfico vivo, interessante e instigante. Uma hora depois, convicto, volto ao meu escritório com um certeiro pensamento: A cidade é uma fonte inesgotável de expressão humana.

- Charles Tôrres

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ECOS METROPOLITANOS


E a vida segue surpreendendo, positivamente e negativamente; porém, fazendo do amanhã a nossa maior expectativa.

- Charles Tôrres

terça-feira, 17 de novembro de 2015

ABASTADO POVOADO


Continuando na mesma linhagem da foto de ontem, eis um take chuvoso da charmosa Ouro Preto, vizinha/mãe de Belo Horizonte.

- Charles Tôrres

domingo, 15 de novembro de 2015

CIDADE OURO


E, mais uma vez, Ouro Preta desponta aqui no BH - Uma Foto por Dia em caráter extraordinário, mesmo não fazendo parte da Região Metropolitana de BH. Minha justificativa é sempre a mesma: são cidades que se relacionam intimamente. Primeiro porque Ouro Preto foi capital de Minas antes de BH. E depois pelas estreitas relações comerciais / econômicas / turísticas / culturais entre as urbes. Isso sem falar na proximidade: são apenas 100km que separam essas duas jóias de MG. Ouro Preto sempre me impressiona. Venho à cidade (estou em Ouro Preto nesse exato momento) praticamente todo mês e, ainda assim, saio sempre satisfeito com o que vivencio por aqui. É uma cidade completa, com ares de metrópole cosmopolita, mesmo possuindo parcos 75 mil habitantes. A intensidade e a densidade cultural de seu belíssimo centro histórico põe no chinelo (sim, no chinelo!) qualquer metrópole de caráter nacional, seja Belo Horizonte, seja São Paulo, seja Curitiba ou Salvador. Em meros 100 metros de uma única rua pude escutar 4 restaurantes tocando música ao vivo. Música das boas! Sem desmerecer outros estilos, mas por aqui só se ouve jazz, mpb e rock dos bons. Em menos de 24h pude presenciar, num raio de 500 metros da praça principal, apresentações musicais, pintores, escultores, danças de rua, teatro. Isso sem falar na culinária... um espetáculo! Amigos, por favor, não confundam quantidade com densidade. É óbvio que BH ou RJ, por exemplo, possuem maior oferta cultural que Ouro Preto. O que estou colocando em questão é a densidade, ou seja, manifestação cultural por metro quadrado. Não precisa andar muito (aliás, quase nada) para se comer bem e apreciar cultura de verdade. Bom, Ouro Preto é, sem dúvidas, um dos mais instigantes destinos turísticos do país. Não vou estender por aqui, mas em breve publicarei uma matéria completa sobre a cidade no blog da Metrópole Escola de Fotografia: www.olhardefotografo.com. Fiquem ligados!

- Charles Tôrres

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

THE MAN MACHINE


A rotina, que faz com que nos conformemos com o mesmo, abdicando nossos desígnios, freando o ímpeto mais profundo que move nossa vontade de mudar. Máquinas somos nós,  operantes de um sistema que nem sabemos onde vai chegar, declinando nossos caprichos em prol do medo de fazer diferente. Maquinas operando máquinas. Nos habituamos com o que é nos imposto, a fim de não desapontarmos as origens, o leito inicial, nossas tradições arcaicas.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

RECHEIO


Belo Horizonte, uma cidade acolhida por um imenso vale formado por serras mineiras, é o exemplo de que uma grande cidade não é apenas uma urbe tomada por enormes edifícios, largas avenidas e densa população. Uma grande cidade, para ser considerada como tal, precisa de cultura. Uma cidade sem cultura é a mesma coisa que um rochedo no meio da selva. Sem conteúdo a cidade deixa de ser orgânica, se torna fria e artificial.

- Charles Tôrres

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CONSCIÊNCIA


As boas fotografias são como os mais profundos sentimentos: elas sempre vão significar muito mais do que conseguimos expressar.

- Charles Tôrres

domingo, 8 de novembro de 2015

TÓRRIDA URBE


As vezes, quando saio do escritório, do carro, de uma agência bancária ou de qualquer lugar com ar-condicionado, tenho a certeza de que tal aparelho foi uma das mais geniais invenções do homem.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ATÉ QUANDO?


E nosso querido astro rei segue castigando impiedosamente nossas cabeças. A secura é insuportável, o calor bate recordes atrás de recordes. Apenas de vez em quando a chuva das as caras por aqui, e mesmo assim, em níveis insignificantes. A pergunta que não quer calar é: até quando?

- Charles Tôrres

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

ESPLENDOR


E o grande astro solar adormece em mais uma agitada quarta-feira na poderosa metrópole do mais cativante panorama. Belo Horizonte possui um nome privilegiado, pois explica nele próprio a sua origem. Não temos o nome de um santo conhecido; nem de um político famoso; de um rio; e muito menos de origem indígena, como outras cidades. Temos um nome sugestivo, que de cara explicita o perfil de uma urbe que soma quase 6 milhões de habitantes em toda a mancha urbana. Viva a capital de Minas Gerais e seus infinitos horizontes.

- Charles Tôrres

terça-feira, 3 de novembro de 2015

FOTÓGRAFO VERDE E AMARELO


Explorações urbanas são a minha sina. Em minhas veias rasgam avenidas e linhas de metrô. Meus olhos são clarabóias de grande diametragem e intensa absorção, capazes de deixar até o mais delgado fio de luz acessar o interior. Meus nervos são fibras-óticas vigorosas como uma internet oriental. Os ouvidos sensíveis caçam até o som do unieverso em expansão no momento em que a luz do sol toca a superfície da Terra. E em meus pulmões assopram os castos ares dos parques e das colinas mineiras. Sou fotógrafo, cidadão do mundo, brasileiro com orgulho, habitante da maior metrópole do pão de queijo que existe no planeta.

- Charles Tôrres

domingo, 1 de novembro de 2015

CUBISMO SOLITÁRIO


E as memórias da cidade vão sendo apagadas para dar lugar aos blocos soviéticos do desenvolvimento individualista.

- Charles Tôrres

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PESSIMISMO


Imensa Belo Horizonte... terra amada que sofre... sofre com uma administração precária, uma política cada vez mais tosca, um sistema corrupto que persiste. São notícias e mais notícias indigestas. Já não dá mais pra ser otimista.

- Charles Tôrres

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

COMPLEMENTAR


- Charles Tôrres

terça-feira, 27 de outubro de 2015

FÉRTIL


Uma luz acesa que revela um inquieto cidadão no meio da madrugada. Estado de vigília, insônia. Planos a criar, uma cidade a desvendar, mistérios a apurar, problemas a resolver. O sobretudo escuro camuflará o agente noir e seu chapéu fedora marrom conhaque nas ruas cínicas do baixo downtown chuvoso. Quanto mais tempo de cintilância, melhor será o arranjo esquemático. Pobres gangues dos galpões abandonados da Andradas; não estimam o terror que será quando o Sr. Luz Acesa os descobrir. Quem será o nobre por detrás daquele basculante? Quais serão suas façanhas noturnas? Devo segui-lo com minha 56mm f/1.2 japonesa? Porém, do nada, a luz se apaga, esvairando a fértil imaginação fotógrafo. Era apenas xixi.

- Charles Tôrres.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VOYAGE DE NUIT


A noite belo-horizontina na segunda-feira é mais silenciosa. É mais pão de queijo que pimenta. Mais Floresta que Santa Tereza. Mais caldo de mandioca que feijoada. Mais café que cachaça. Mais Netflix que Belas Artes. Mais Woody Allen que Tarantino. Mais Tom Jobim que Sade. Mais lounge que jazz. Mais pantalona que jardineira. Mas não deixa de ser elegante e charmosa, com esguiez e discrição, no aquecimento para se esbanjar numa promissora semana.

- Charles Tôrres

domingo, 25 de outubro de 2015

COROA


A clássica cidade de Ouro Preto e suas charmosas ruas diagonais. A mãe de Belo Horizonte segue inteirona, sendo uma das mais interessantes paradas turísticas da América Latina.

- Charles Tôrres

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

JÚBILO PARA DEPRESSÃO


Deprimido? Não, você não está deprimido. Você está distraído! Está alheio às coisas que lhe rodeiam, às belezas da vida e da natureza, à diversidade humana e à beleza do mundo. Está perturbado com coisas pequenas, insignificantes. Seu calcanhar de Aquiles são suas viseiras. Por mais patológica que seja tal condição, o melhor remédio está ao seu alcance e é mais fácil de encontrar que água... se chama LEVEZA. Levar uma vida mais leve, despretensiosa. Amar o sol, sentir o ar e agradecer ao planeta por te acolher tão bem e lhe dar todos os subsídios para lhe manter vivo de forma plena e sã. Basta você escolher seu caminho e trilhá-lo. A depressão nada mais é que a vida dos que estão dentro da caverna de Platão. É só espiar o que você tem à sua volta e perceber o quão precário é a prisão psicológica que você mesmo construiu para você. Um único golpe é capaz de libertar-lhe por toda a sua vida. Não mais que QUERER torna-se sua única cura. Poupe-se de você mesmo.

Texto e foto > Charles Tôrres
Louco pulador > Lucas Santos

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUENTE!


E os recordes de temperatura não para de ser quebrados na Grande Belo Horizonte. Hoje novamente a ocorrência ultrapassou todos os limites registrados anteriormente, chegando a 37,7°C na capital. Um desastre ecológico-climático para a cidade e seus habitantes, que sempre estiveram acostumados com máximas de, no máximo, 28°C na primavera e no verão. Não dá mais vontade de sair do ar condicionado do carro, das agências bancárias, ou do escritório da esposa. Isso sem contar a secura, que hoje ficou na casa dos 20% de umidade relativa do ar. Nem mesmo a chuvinha recuada que caiu no final da tarde refrescou os ânimos. Será que bateremos outro recorde esse ano?


- Charles Tôrres