quinta-feira, 31 de julho de 2014

SUL


O Vetor Sul da Grande Belo Horizonte é a mais valorizada área de toda a metrópole. Nela há bairros dentre os mais caros do Brasil, com valores de imóveis que ultrapassam os 30 mil reais o metro quadrado. Dentro do município de BH praticamente não há mais lotes vagos em seu reduzido espaço. Porém, com a expansão populacional para além dos limites municipais, a cidade vem crescendo expressivamente nesse vetor, fazendo com que a área urbana de BH se amplifique muito além das divisas políticas. O Vetor Sul, onde residem cerca de 1 milhão de habitantes, abrange algumas regionais de BH (Centro-Sul, Barreiro e parte da Oeste) e alguns municípios da Grande BH, como Nova Lima e Ibirité. Não tenho certeza, mas acredito que alguns condomínios de Brumadinho também pertençam ao Vetor Sul. É uma região belíssima, com lindas avenidas e praças; ótimos shoppings, restaurantes, bares, cafés e badaladas casas noturnas. Suas grandes avenidas rasgam suas quadras como navalhas; e são movimentadíssimas, graças ao perfil empresarial e comercial da área. Apesar de consolidada, sua expansão só está começando. São centenas de novos condomínios que estão surgindo; e vai ser construído o maior centro empresarial e comercial do país; um megaempreendimento próximo ao Alphaville Sul que reúne hotéis, imóveis, edifícios empresariais, centro cultural, uma fábrica de cervejas e um shopping (Iguatemi). Uma das características marcantes do Vetor Sul são suas favelas, duas dentre as maiores da cidade, como o Morro do Papagaio e o Aglomerado da Serra. Por outro lado, sua beleza arquitetônica e natural encantam os cidadãos e visitantes como poucas cidades no mundo o fazem.  

Tenham uma ótima noite!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

ICE CITY


Eis mais um dia gelado na nossa imponente Belo Horizonte. Brisas frias despencaram a temperatura a tarde, deixando BH com com a sensação térmica de míseros 13º, em plena 14h da tarde, momento o qual costuma ser o mais quente do dia. Segundo meteorologistas, essa madrugada pode ser a mais fria do ano, com temperaturas mínimas que podem chegar a 6º. Coloquem o chocolate quente no forno e dupliquem os edredons!

Tenham uma ótima noite.

terça-feira, 29 de julho de 2014

GRANDE AFONSO PENA


A Afonso Pena é uma das principais avenidas do Brasil e a principal via da Região Central de BH. Seus 5 quilômetros de extensão se estendem de noroeste a sudeste, encontrando-se no trecho grande diversidade e riqueza arquitetônica em estilos de diferentes épocas. Larga, a via possui em alguns trechos mais de oito faixas de rolamento para veículos. A avenida forma um enorme cânion de aço e concreto, graças ao adensamento de edifícios. É uma das vias mais democráticas da metrópole, ligando o coração comercial da urbe, na Praça Sete, ao coração empresarial e financeiro, na Savassi. Calcula-se que quase dois milhões de pessoas passam pela Afonso Pena todos os dias.

Tenham uma ótima noite!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

CÉUS ANALÓGICOS


E mais uma vez, como todos os dias, o sol surge como um fogo, nas proximidades da Serra da Piedade, corado em tons alaranjados, alumbrando a alvorada na Grande Belo Horizonte. Apesar do frio intenso que os belo-horizontinos têm vivido nas últimas semanas, com mínimas batendo recordes no ano, a intensa baixa climática é acompanhada de uma das mais belas representações abstrato-artísticas que a natureza nos oferece diariamente: as nuances celestes. O take acima foi feito anteontem, com meu mais novo brinquedinho analógico, uma Pentax ME de 1979. O mais interessante ao se fotografar com filme é a expectativa para vê-lo revelado. As fotografias são mais bem pensadas e enquadradas, já que em cada novo rolo temos apenas 36 chapas e só poderemos saborear o resultado depois de queimar o filme todo. Uma experiência única e insubstituível.

Tenham uma ótima noite!

domingo, 27 de julho de 2014

FUNCIONÁRIOS E A SERRA


Alguns bairros em BH nasceram pobres e foram se enriquecendo, conforme a cidade se desenvolvia, já que a proximidade com o Centro enobreceu inúmeras regiões. Outros nasceram aristocratas, mas foram se empobrecendo, ao passo em que os interesses de seus habitantes iam dissolvendo-se em novas localidades. Mas existem alguns bairros e regiões na cidade que nasceram nobres, cresceram nobres e permanecem nobres, mesmo depois de 100 anos de sua concepção. O perfil abastado de determinados bairros parece estar enraizado nos leitos que acomodam suas edificações. Esse é o caso do Bairro Funcionários, na Região Central de Belo Horizonte; que foi reservado - ainda quando BH só existia nas pranchetas de Aarão Reis - às residências dos funcionários públicos que viriam trabalhar na nova capital, transferidos de Ouro Preto. As primeiras moradias possuíam distintivos alfabéticos para categorizar a classe hierárquica dentro do posto público que o funcionário ocupava. Outra coisa que distinguia a nobreza da época era o número de janelas: quanto mais janelas, mais nobre era o patrono. Com o crescimento explosivo da cidade, os patrícios casarões foram cedendo espaço à imponentes espigões de prédios, restando nos dias de hoje pouquíssimos exemplares do passado em suas ruas. Apesar disso, a prosperidade continua reinando, sendo o Funcionários um dos bairros mais caros da metrópole mineira.

Tenham uma excelente noite!

sábado, 26 de julho de 2014

COMPLEXA


Única e incomparável. Berço das lideranças políticas de maior relevância no Brasil, Belo Horizonte hoje se encontra entre as 40 maiores metrópoles do mundo, contando atualmente com quase 6 milhões de habitantes em todo seu território urbano. Enérgica, cosmopolita, caótica e sublime; a cidade impressiona cada vez mais pela potência e excita um encanto inebriante. Capital das artes, BH possui hoje cerca de 110 espaços culturais num raio de 20km da Região Central, dentre eles, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade (o maior complexo cultural da América Latina). Temos também Inhotim, que atualmente é o maior museu de arte a céu aberto do mundo! Tanta cultura não merece ser apreciada de estômago vazio. Por isso, BH é também capital gastronômica, possuindo mais de 20 mil bares e restaurantes, o maior índice nacional - literalmente, a cozinha do Brasil. É impossível não se curvar diante de tamanha astúcia, seja qual for a origem do visitante. Ao se aproximar da infindável urbe, o cidadão logo fica chocado pelas dimensões: centenas de milhares de quilômetros de avenidas, cada vez mais largas, cada vez mais insuficientes; edifícios que parecem querer tocar os céus (já está em construção na cidade o maior do Brasil), indústrias dentre as mais poderosas do continente. O burburinho citadino se dá na forma do intrincado vai-e-vem de pessoas, carros, ônibus, caminhões, trens e demais elementos que circulam 24 horas por dia, estando presentes em tudo; nas baladas, nas farras, nos outrdoors, nos footings, nos trilhos, nas serras e nas cervejas geladas! Grande urbe dos incontáveis povos e sotaques. Complexa metrópole das intermináveis avenidas, dos emaranhados sabores, polo financeiro, potência nacional. Uma cidade magnânima; acomodada entre vales, com culturas e tradições que vão se moderando e alternando conforme vamos nos avançando em suas longínquas regiões. Como costumo dizer, Belo Horizonte pulsa e o mundo toma nota. E conforme o tempo avança, a cidade se transforma, afim de se destacar cada vez mais entre o olimpo das maiores metrópoles do planeta. 

Tenham uma excelente noite!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

COLD


Eis que nos surpreendemos com as chuvas inesperadas que caíram sobre toda a Grande Belo Horizonte desde a noite passada. O inverno seco, com temperaturas ora frias, ora amenas, cedeu espaço para uma deliciosa tempestade, baixando consideravelmente o nível dos termômetros da metrópole nessa madrugada, sugerindo bons cobertores e ótimos corujões!


Boa noite a todos e até amanhã!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

DIAGONAL


A cidade é um cerne, o miolo da colmeia humana. No cair do astro maior, parei no topo de um grande arranha céu, entreposto por agitadas artérias centrais. Observei a inquietante urbe e pus-me a meditar sobre o que via. Cidadãos afadigados, perambulantes e aflitos, vítimas do acaso, mas crentes no transcendente físico. Deus? Jovens e velhos, ansiosos pelos feriados e fins de semana, abalroados pela cultura de massa, a qual os faz acreditar que os fins são os meios. Somos detentores de limitado período de vida, e ainda assim, nos arrastamos em prol de um simples pedaço de chão, um pedaço de pão e uma certa ostentação. E não adianta falarmos de visão de vida, atitudes diligentes e pensamentos progressistas. Sempre querem viver o fulano way of life. Originalidade é para poucos. Daí chegamos a conclusão que as pessoas sofrem de extrema falta de conteúdo. E não adianta discutir, pois julgam os ousados de irresponsáveis. Nem costumam dialogar sobre, o que não passa de uma atitude apática. Receio à discussão é recalque de passivo. Por isso eu digo: saber transpor a cidade e o ser humano é uma virtude que vai muito além do alarido filosófico. Quando estimulamos isso, estamos nos permitindo seguir o fluxo de modo não encontrar barreiras na vicissitude da vida. Essencial para pessoas que buscam algo além do convencional. Fé na tábua!

Tenham uma ótima quinta-feira.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

AUTÔNOMA


Belo Horizonte e seus infinitos horizontes, infindável imensidão; traços que vão além de onde a vista alcança; dos incontáveis quilômetros, das sinceras ternuras. Cidade das linhas indomadas, da pujança imedida; capital da cultura, da moda, das artes... da gastronomia! Se Minas é a cozinha do Brasil, BH é seu fogão. A cidade evoca nos cidadãos a sensação do sublime, do intenso. Ela irradia cosmopolitismo e multiculturalidades, emanando a sensação do fogo que arde sem se ver, da ferida que dói e não se sente. Nobre por natureza, cultural por aptidão, boêmia por opção e cosmopolita por vocação, BH ignora cerimônias, rejeita concorrência e pulsa, irreverentemente despretensiosa, cintilando e perpetuando a sentença brava e elegante dos metropolitanos. Ora é pão de queijo com café, ora vinho e canapé, mas não dispensa a boa companhia. Grande capital dos mineiros. Grande metrópole de imensurável tamanho e plasticidade. Uma das maiores do mundo. Se Minas não há mais, BH nunca é demais.

Tenham uma excelente noite!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

JUNTO & MISTURADO


Uma das coisas mais interessantes em Belo Horizonte é sua miscigenação racial, étnica e social. Mesmo que muitos não concordem com esse fato (os quais normalmente preferem viver numa vida segregada), na grande metrópole mineira temos contato com todo tipo de gente, o tempo todo, seja numa feira, num bar, no centro da cidade, num shopping ou num grande evento. Os bairros mais pobres da metrópole se fundem com os mais ricos de uma forma orgânica e impessoal. Se misturam sem pedir licença. As camadas sociais estão interpostas de tal maneira que é comum não sabermos onde nos enquadrar nessa história toda. Enquadrar pra quê? Não sou socialista, mas não concordo com segregação. Me inspira ver o Morro do Papagaio (uma favela) entre o São Pedro e o São Bento (dois conhecidos bairros nobres da cidade). Sou completamente contra qualquer tipo de preconceito, seja por qual for o motivo. Nos isolar não resolve, muito menos, isolar os menos favorecidos. Se temos problemas sociais, uma das melhores maneiras de exterminá-lo é o conhecendo e convivendo com ele. 

Tenham uma ótima noite!

sábado, 19 de julho de 2014

RUBEM


"O voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Rubem Alves

Minha singela homenagem a um dos mais mineiros dentre os escritores mineiros. Pessoa de coração desatado, que proferiu palavras das mais sólidas e coesas; obra de lucidez extraordinária para a nossa época. Um homem singular, à frente do seu tempo, que hoje partiu, deixando um legado de valor inestimável para nós brasileiros. Vá em paz, Rubem.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

SÃO BENTO


Nobreza e tradição... essas são uma das principais características do São Bento. Encravado no miolo da Zona Sul de Belo Horizonte, o bairro se situa no vale onde circundam as avenidas Raja Gabáglia e Nossa Senhora do Carmo. Nobre, o bairro se integra à Zona Sul de Belo Horizonte, sendo formado predominantemente por mansões pequenos prédios. Vizinho dos badalados Belvedere, Santa Lúcia, Estoril, Buritis, Cidade Jardim, Vila Paris e Sion, o São Bento recebe um fluxo alto de veículos, que cortam o bairro afim de desviarem das constantemente congestionadas avenidas que o circundam. Graças a isso, a região conta com excelente infra-estrutura comercial, abrigando vários restaurantes conhecidos, bares, cafés, supermercados e dois pequenos shoppings. O São Bento é banhado pela Barragem Santa Lúcia, a qual foi transformada em parque, com pistas de cooper, quadras de esporte e playgrounds. Democrático, o bairro é frequentado por cidadãos de todas as classes, pois é vizinho também do Morro do Papagaio, uma das maiores e mais conhecidas favelas da região. A grande maioria dos seus moradores são idosos; e as casas da região possuem curiosamente os mais altos muros da cidade, alguns deles podendo chegar a 20 metros de comprimento.

Tenham uma ótima noite!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

RUTILANTE


Apesar do frio intenso que os belo-horizontinos têm vivido nas últimas semanas - com mínimas batendo recordes no ano - a intensa baixa climática é acompanhada de uma das mais belas representações abstrato-artísticas que a natureza nos oferece diariamente: o céu. Muitos consideram um céu bonito aquele que não possui nuvem alguma, com azul intenso e apenas isso. Eu já fico encantado quando o céu nos presenteia belas formações nebulosas, carregadas ou não, compondo o visual com o tradicional azul atmosférico, comum nessa época do ano. Tudo isso acompanhado de brisas pra lá de gostosas e nostálgicas.

Tenham uma ótima noite!

sábado, 12 de julho de 2014

LUAR DA SERRA


Eis um take do luar escarlate de hoje, iluminando a noite belo-horizontina. O poético satélite estava impressionantemente grande e vistoso; e nasceu aos nossos olhos por detrás da suntuosa Serra do Curral.

Tenham uma ótima noite!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

CATEDRAL DA BOA VIAGEM


Situada na Zona Central de Belo Horizonte, a Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem impressiona pela suntuosidade de sua arquitetura neogótica. É circundada por jardins e detalhes ornamentais que transformam o templo em uma verdadeira ilha de paz e contemplação dentro da região mais movimentada da cidade. A catedral é a sede da Arquidiocese de Belo Horizonte, comandada pelo bispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Fica no bairro homônimo, na confluência entre as ruas Timbiras, Aimorés, Sergipe e Alagoas. Independente da crença; seja judeu, ateu, palestino ou protestante; vale uma visita a este maravilhoso edifício.

Tenham um ótimo fim de semana!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ABÍLIO BARRETO


Fundado em 18 de fevereiro de 1945, o Museu Histórico Abílio Barreto é um recanto do passado, encravado no modernista Cidade Jardim, na Zona Sul da cidade. Ele divide-se entre dois edifícios: um casarão histórico construído no século XIX e um contemporâneo (foto) projetado em 1994. Em seu acervo consta um conjunto de itens, os quais constituem uma gama de documentos que compõem a trajetória da cidade e de todos os seus cidadãos. São objetos, mapas, fotografias e obras de arte centenárias, cujos exemplares estão cada vez mais raros; dentre eles um belíssimo vagão de bonde, que circulou em Belo Horizonte até 1963. Vale uma visita a este latíbulo histórico da cidade. Em breve posto uma fotografia do casarão principal.

Tenham uma ótima noite!

terça-feira, 8 de julho de 2014

RESILIÊNCIA


Hoje Belo Horizonte viveu seu pior dia na história do futebol brasileiro. O maior jogo que o Mineirão já recebeu em seus 50 anos de vida foi também o mais vexativo. O Brasil jogou contra a Alemanha no Mineirão, na disputa por uma vaga na final do mundial. Catastrófico, os germanos abalroaram a seleção canarinho com uma goleada cujo placar eu prefiro nem citar por aqui. Apesar disso, a copa continua; e a vitoriosa Alemanha segue com garra, fazendo por merecer; bem como o Brasil, que ainda segue sendo o maior campeão de futebol de todos os tempos. E fazendo bonito acolhendo a Copa do Mundo, assim como em 1950. Segundo um trecho que retirei do Wikipedia, a Copa do Mundo de 1950 teve partidas realizadas em sete cidades brasileiras: Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Os estádios já estavam prontos na época e o Brasil foi escolhido por unanimidade como anfitrião, sendo um sucesso em infraestrutura e instalações: um exemplo para o mundo. E, como podemos ver, nosso querido país repetiu o feito em 2014. Perdemos em campo, mas continuamos vitoriosos, fazendo a maior e melhor copa de toda a história do futebol. Não podemos esquecer que devemos ser patriotas nas vitórias e nas derrotas, dentro e fora dos campos. Sábado tem mais em Brasília: que venha o 3º lugar!

Tenham uma ótima noite!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

MAZELAS DOS OUTROS


Toda cidade esconde seus segredos, suas mazelas, delírios e confissões. As metrópoles possuem seus esgotos, abarrotados de restos históricos, alimentados de recessos. Esgotos imundos, cheios de bifurcações, que ora levam nossos excessos aos rios limpos e mares, ora levam à outros esgotos ainda mais sujos. Cruzamentos semelhantes aos das ruas ou avenidas, que contam com interseções que costumam me colocar em profunda reflexão. Ali, naquele ponto, você tem várias opções de caminho a seguir. Caminhos bons, caminhos ruins. Costumo pensar nas divergências que a vida nos impõe. No descrédito que temos com as nas bifurcações da vida. Costumamos já ter em mente qual percorrer... ou estar predestinados a seguir determinado percurso. Mas já parou pra pensar que, ali, você está num ponto o qual costuma ter três, quatro ou mais destinos distintos? Nunca se perguntou onde daria cada uma daquelas vias que ali se intersectam? A vida costuma nos pregar peças parecidas. Te coloca em situações em que você pode escolher pegar o caminho mais fácil e confortável, o qual você já está acostumado e sabe onde vai dar. Conhece cada centímetro daquilo ali. Parece bom... mas é fastio! O cidadão urbano moderno é criado para percorrer caminhos já exaustivamente seguidos pelos outros, como se aquilo ali fosse o sinônimo do sucesso. Raramente paramos num cruzamento para analisar onde cada um daqueles caminhos podem nos dar e quais surpresas nos esperam no final de cada percurso. Essas encruzilhadas ferem, instigam, deprimem e/ou excitam as almas mais inquietas. Na Região Central de Belo Horizonte todas as interceptações entre avenidas recebem o nome de praças. Praça da Savassi, Praça Sete, Praça Tiradentes, Praça do ABC, Praça da Bandeira, dentre muitas outras. Essas praças nada mais são que avenidas que se fundem, mesmo por um breve momento, para depois cada uma seguir novamente para onde foram predestinadas. Numa praça um cidadão faz uma pausa, senta-se, relaxa, reflete sobre sua vida para depois continuar seguindo. Poética a forma que a capital mineira distingue seus cruzamentos entre vias.

Tenham uma excelente noite!

domingo, 6 de julho de 2014

PAMPULHA


Linda... sublime... moderna... sedutora! São inúmeros os adjetivos da suntuosa Pampulha, região que se localiza no Vetor Norte de Belo Horizonte. A Lagoa da Pampulha nasceu na década de 30, quando Otacílio Negrão de Lima ainda administrava o município de BH, sendo sua finalidade neutralizar enchentes e colaborar para o abastecimento de água da capital. Porém, Juscelino Kubitschek, já na década de 40, em seus planos de modernização da cidade, aproveitou a lagoa para construir um projeto arquitetônico desenhado por Oscar Niemeyer, conjunto o qual fez de BH uma metrópole mundialmente conhecida. A ideia de JK era criar um bairro na cidade que destoasse a atmosfera metropolitana do bairros centrais, os quais passavam por um intenso processo de verticalização na época. Com isso, nasceu o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que é composto por quatro grandes obras de Niemeyer: a Igrejinha, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube; obras as quais foram o início da carreira de grande sucesso do referido arquiteto. Em seguida, vieram as mansões residenciais e outras áreas de lazer, como o Mineirão, o Mineirinho, o Zoológico Municipal, o Parque Guanabara, o Parque Ecológico, o Centro de Preparação Equestre e o Aeroporto da Pampulha, que foi por muito tempo o principal aeroporto da cidade. Modernista, a Lagoa da Pampulha tem 19km de orla, circundada por uma avenida e por áreas de lazer, como ciclovias e pistas de cooper. A região atualmente é um grande e badalado centro gastronômico da cidade, acomodando ótimos restaurantes e bares, especialmente na Avenida Fleming. Além disso, recebe anualmente a Volta Internacional da Pampulha, um dos maiores eventos esportivos do país. E, vai ser na Pampulha, mais especificamente no Mineirão, que BH receberá nesta próxima terça-feira um dos mais emblemáticos jogos da história do futebol brasileiro: Brasil versus Alemanha, na semi-final da Copa do Mundo no Brasil. A Pampulha vai brilhar, juntamente com nossa Seleção, mostrando para o mundo uma das regiões mais simbólicas da terceira maior metrópole do Brasil.

Tenham uma excelente semana!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

CUSTOSO ALVORECER


Eis que a sol surge como um fogo, nas proximidades da Serra da Piedade, corado em tons alaranjados, alumbrando a alvorada na Grande Belo Horizonte. Sábado de renovação, de luto e de vitória na metrópole mineira. Hoje foram enterradas as vitimas fatais da queda do viaduto na Av. Pedro I, na Região Norte da cidade. Hoje a seleção ganhou da Colômbia por 2x1, classificando-se para as semi-finais do mundial. E a vida segue com suas indignações e expectativas. 2x1 pro Brasil... 1x0 pro viaduto.

Boa noite.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

LUTO


Hoje não postarei foto do dia em respeito às vitimas do viaduto que desmoronou na Av. Pedro I. Que a paz permaneça no coração de amigos e familiares.

- Charles Tôrres

quarta-feira, 2 de julho de 2014

METRÓPOLE LUZ


E eis que a cidade nos alimenta com panoramas espetaculares, semióticas urbanas, construídas pela gigante metrópole mineira que absortamente se converte sob o bailar celeste intangível e ininterrupto. A noite aos poucos adentra a polis magnus et Pulchri Horizontis, deixando esplendentes tons violáceos nas retas de betão armado. Grandes são as metrópoles que amparam seus rebentos inteiramente, sem utopias de convivência e sintetismos de modo de proliferação. Grandes são as urbes que abreviam o contato entre a natureza e o progresso. Grande, a perder de vista, como nossa cidade... sem fins... e Confins.

Tenham uma excelente noite!