quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TAKE DE FILME


Eis um frame analógico. Um take fabril, da gélida região industrial da urbe. Um frame do rolo de filme, da forma vetusta de fotografar. Minha câmera tem filme ASA 1600 e tem sede de sensibilizar a atmosfera do lugar. Cidade hexágona, que funde e solda em ritmo ininterruptível. A noite na região industrial é fria e tem odor químico, ora de plástico, ora de borracha queimada. O silêncio noturno se dá na forma de ruídos constantes, de maquinários incessantes. É uma ilha urbana, conectada à metrópole por trilhos e vias expressas, desprovida de entretenimentos. O regime de ordem é o trabalho. A máquina. A solda. O forno. O trem carregado com rolos de cabo de aço. O metrô. 

Boa noite!

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