quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ABRIGO DA PONTE



Seguindo a corrente levando em frente descendo a ponte que mora o carente que bebe aguardente rente ao requinte da forma inerente da vida incessante de um pobre gerente. Este é o abrigo que mora o perigo não pago nem ligo pro joio ou pro trigo eu quero um amigo que não ligue pro umbigo do antigo fulano  que não anda comigo que come figo no próprio jazigo. Moro em Beagá que só anda devagá se o carro estragá ou o se bebum embriagá com o próprio paladá ou pará pra cagá. Moro no Centro sem anfiteatro a um centímetro do bueiro nojento que cheira gasômetro. Minha vida é esta subir Bahia descer Floresta com sol na testa olhei pela fresta me chamaram de besta do boom econômico e o planalto faz festa. Peguei o metrô pra casa num vô feliz num estô sou dono da rua nem lar me sobrô.

Boa noite, dotô!

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