quinta-feira, 9 de agosto de 2012

MARCHA LUNAR


Andar perene, solene, ao véu do sol. Luz aterra a lua, ofusca o lume fixo e seduz o seu freguês. O poeta já entende e o amante é professor. O croma deste brilho desperta... sou amador!

Continuo pelo torto pois há paus e pedras no meio do caminho. Afim de encontrar, uma jornada lunar. Pois me entrego ao esforço aflito e sei que estou num errado lugar.

Procuro o comandante do caminhar sincronizado, ao astro dominante, à musa dos inquietos. Quero extorquir dessa viagem sem volta para o indecifrável ser humano; e para o questionamento misto... o veredicto do funcionamento, da máquina circulante.

Observo a companheira da toca humana. Um passeio interessante ao aspecto nulo, todo-poderoso. Observo ainda que sou filho desse aspecto. E como bom herdeiro, acabo me entregando.

Enfim, vou pesquisar: obcecado ou indiferente? Eclipse em nossas cabeças, escurecendo o caminhar. Talvez, um destino sem respostas. Não desistirei afinal... continuarei tentando achar... a minha marcha lunar.

Charles Tôrres

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