terça-feira, 17 de julho de 2012

FILHO DA SOARES


Uma das coisas mais interessantes em Belo Horizonte é sua miscigenação racial, étnica e social. Mesmo que muitos não concordem com esse fato, especialmente os mais abastados (os quais normalmente preferem viver numa vida segregada), na grande metrópole mineira temos contato com todo tipo de gente, o tempo todo, seja numa feira, num bar, no centro da cidade, num shopping ou num grande evento. Os bairros mais pobres da metrópole se fundem com os mais ricos de uma forma orgânica e impessoal. Se misturam sem pedir licença. As camadas sociais estão interpostas de tal maneira que é comum não sabermos onde nos enquadrar nessa história toda. Enquadrar pra quê? Não sou socialista, mas não concordo com segregação. Me inspira ver o Morro do Papagaio (uma favela) entre o São Pedro e o São Bento (dois entre os mais nobres da cidade). Sou completamente contra qualquer tipo de preconceito, seja por qual for o motivo. Se temos problemas sociais, uma das melhores maneiras de exterminá-lo é o conhecendo e convivendo com ele. E o Concórdia é um exemplo desse tipo de  unificação. Encravado no coração da metrópole, entre as duas principais avenidas que ligam o centro à região norte da cidade, é dos bairros mais antigos de Belo Horizonte. Nasceu a partir de um loteamento criado no local para abrigar famílias que moravam na Praça Raul Soares. Fica ao lado de bairros nobres como o Silveira e o Cidade Nova, bairros de classe média como o Bairro da Graça e Renascença; e uma favela, a Pedreira Prado Lopes.

Tenham uma ótima noite e até amanhã!

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